You are currently browsing the tag archive for the ‘Cinema europeu’ tag.
ROSAS DE SANGUE½
Diário de Filmes 2021: 12
Roger Vadim aborda a história insinuante de Carmilla, a vampira de Karnstein, com a esposa da vez, a dinamarquesa Annette Stroyberg (na época, Annette Vadim). Vadim era ótimo em revelar atrizes lindas, mas não era lá um grande diretor. O filme é correto, tem um certo ar erótico entre suas duas atrizes, mas pouco mais que isso. Carmilla voltou outras vezes ao cinema, como a principal representante do filão das vampiras lésbicas.
Et Mourir de Plaisir, 1960
Direção: Roger Vadim. Elenco: Annette Stroyberg, Mel Ferrer, Elsa Martinelli.
20 – UM GATO EM PARIS (Une Vie de Chat)
Uma animação estilosa sobre um gato que se divide entre dois donos: uma menina que é filha de uma delegada de polícia; e um ladrão super habilidoso.
França/ Bélgica. Direção: Jean-Loup Felicioli e Alain Gagnol. Roteiro: Alain Gagnol e Jacques-Rémy Girerd (diálogos). Vozes na dublagem original: Dominique Blanc, Bernadette Lafont, Bruno Salomone. Vozes na dublagem brasileira: Denise Reis, Arlette Montenegro, César Marcheti.
***

19 – INCONTROLÁVEL (Unstoppable)
Geralmente exagerado, Tony Scott foi na medida neste ótimo filme de ação sobre dois maquinistas tentando parar um trem desgovernado.
Estados Unidos. Direção: Tony Scott. Roteiro: Mark Bombach. Elenco: Denzel Washington, Chris Pine, Rosario Dawson, Kevin Dunn.
***

18 – SENNA (Senna)
Documentário sobre o piloto, que consegue expressar muito bem as rivalidades e velocidade da Fórmula-1.
Reino Unido/ França/ Estados Unidos. Direção: Asif Kapadia. Roteiro: Manish Pandey.
***

17 – O PRIMEIRO AMOR (Flipped)
Rob Reiner faz uma espécie de Harry & Sally juvenil: menina e menino nos anos 1960 vivem um relacionamento complicado, que é visto pelo espectador ora na visão dela, ora na visão dele.
Estados Unidos. Direção: Rob Reiner. Elenco: Rob Reiner e Andrew Scheinman, baseado em romance de Wendelin Van Draanen. Elenco: Madeline Carroll, Callan McAuliffe, Rebecca De Mornay, Anthony Edwards, John Mahoney, Penelope Ann Miller, Aidan Quinn.
***

16 – COMO TREINAR O SEU DRAGÃO (How to Train Your Dragon)
A animação da DreamWorks é dirigida pelos cineastas de Lilo & Stitch e, embora agora seja um trabalho digital, há bastante aqui do charme do que a dupla havia feito na Disney.
Estados Unidos. Direção: Dean DeBlois e Chris Sanders. Roteiro: William Davies, Dean DeBlois e Chris Sanders, com Adam F. Goldberg (material adicional) e Marc Hyman (colaborador), baseado no livro de Cressida Cowell. Vozes na dublagem original: Jay Baruchel, Gerard Butler, America Ferrera, Jonah Hill, Kristen Wiig, David Tennant. Vozes na dublagem brasileira: Gustavo Pereira, Mauro Ramos, Luisa Palomanes.
***

15 – UMA NOITE EM 67
O documentário sobre a espetacular final do Festival de Música Popular Brasileira de 1967 não se afasta do formato entrevistas mais cenas de arquivo. E nem precisava: as cenas da nata da MPB no palco são impressionantes e as curiosas entrevistas nos bastidores são uma delícia de assistir.
Brasil. Direção: Ricardo Calil e Renato Terra.
***

14 – NAMORADOS PARA SEMPRE (Blue Valentine)
Apesar do título brasileiro enganoso, o filme é um drama melancólico sobre um amor se desfazendo, apoiado em dois atores ótimos.
Estados Unidos. Direção: Derek Cianfrance. Roteiro: Derek Cianfrance, Joey Curtis e Cami Delavigne. Elenco: Ryan Gosling, Michelle Williams, Faith Wladyka.
***

13 – 127 HORAS (127 Hours)
Danny Boyle conta a história de um montanhista que fica preso num canyon e tenta sobreviver do jeito que puder. James Franco segura bem o filme atuando praticamente sozinho o tempo todo.
Estados Unidos/ Reino Unido/ França. Direção: Danny Boyle. Roteiro: Danny Boyle e Simon Beaufoy, baseado no livro de Aron Ralston. Elenco: James Franco, Kate Mara, Amber Tamblyn, Treat Williams.
***
12 – ILHA DO MEDO (Shutter Island)
Scorsese adapta o livro de Dennis Lehane, viaja ao filme noir e encontra espaço para citar visualmente o Expressionismo Alemão em geral e O Gabinete do Dr. Caligari em particular. Quem já tem alguma estrada nesse negócio de ver filmes sabe que o mistério que se apresenta não tem muitas opções de conclusão. Mas o diálogo na cena final, que maravilha. Leia mais: crítica.
Estados Unidos. Direção: Martin Scorsese. Roteiro: Laeta Kalogridis, baseado no romance de Dennis Lehane. Elenco: Leonardo DiCaprio, Mark Ruffalo, Ben Kingsley, Max von Sydow, Michelle Williams, Emily Mortimer, Patricia Clarkson, Jackie Earle Haley.
***

11 – VIAJO PORQUE PRECISO, VOLTO PORQUE TE AMO
Uma experiência curiosa de um road movie onde nunca vemos o protagonista, apenas ouvimos sua voz. Assim, ele vai apresentando e refletindo o interior do Nordeste.
Brasil. Direção: Karim Ainouz e Marcelo Gomes. Narração: Irandhir Santos.
***

10 – O DISCURSO DO REI (The King’s Speech)
O rei gago vai tomar aulas de dicção com um professor que não está muito aí para sua realeza. Ele vai precisar ajudar o monarca a fazer um discurso importante incentivando o país na guerra contra os nazistas. Dentro de uma narrativa tradicional, o diretor Hooper tem uma preferência visual interessante por enquadramentos fora do padrão, mas que não “gritam”. Leia mais: crítica.
Reino Unido/ Estados Unidos/ Austrália. Direção: Tom Hooper. Roteiro: David Seidler. Elenco: Colin Firth, Geoffrey Rush, Helena Bonham Carter, Michael Gambon, Guy Pearce, Claire Bloom, Derek Jacobi, Timothy Spall.
***

9 – TROPA DE ELITE 2 – O INIMIGO AGORA É OUTRO
O Capitão Nascimento retorna, agora às voltas com as ligações entre política e o crime organizado. O diretor Padilha se queimou depois com a equivocada série O Mecanismo, e um pouco daquele simplismo está aqui, mas o filme questiona um pouco mais e mais claramente o papel de Nascimento, o que é muito bom. Leia mais: crítica.
Brasil. Direção: José Padilha. Roteiro: Bráulio Mantovani e José Padilha, de argumento de Mantovani, Padilha e Rodrigo Pimentel. Elenco: Wagner Moura, Irandhir Santos, André Ramiro, Milhem Cortaz, Maria Ribeiro, Seu Jorge, Sandro Rocha, Tainá Muller, André Mattos.
***

8 – CÓPIA FIEL (Copie Conforme)
Kiarostami na Itália. Na história do escritor britânico que conhece uma mulher francesa, uma dicussão sobre se a cópia da arte também é arte evolui para os recém-conhecidos se comportando como se fossem casados. O fingimento, se bem vivido, vira uma realidade?
França/ Itália/ Bélgica/ Irã. Direção: Abbas Kiarostami. Roteiro: Abbas Kiarostami, com Caroline Eliacheff (colaboradora). Elenco: Juliette Binoche, William Shimell, Jean-Claude Carrière.
***

7 – INCÊNDIOS (Incendies)
Na jornada de um casal de gêmeos pela história da mãe no Líbano, os segredos vão revelando quem era essa mulher. O destino é encontrar o pai que não conhecem e um irmão que não sabiam que existia. O filme lida bem demais com seus segredos e revelações e a vida que se vira no meio da violência.
Canadá/ França. Direção: Denis Villeneuve. Roteiro: Denis Villeneuve, com Valérie Beaugrand-Champagne (colaboradora), baseado na peça de Wajdi Mouawad. Elenco: Lubna Azabal, Mélissa Désormeaux-Poulin, Maxim Gaudette.
***
6 – A REDE SOCIAL (The Social Network)
Um filme de tribunal que conta a origem do Facebook e explora a personalidade muito particular de seu fundador, Mark Zuckerberg. Um estudo de personagem, que tem milhões de amigos virtuais, mas não consegue manter nenhum em um nível pessoal. E um final brilhante, que é um pequeno “Rosebud”. Leia mais: crítica.
Estados Unidos. Direção: David Fincher. Roteiro: Aaron Sorkin, baseado no livro de Ben Mezrich. Elenco: Jesse Eisenberg, Andrew Garfield, Justin Timberlake, Rashida Jones, Armie Hammer, Rooney Mara, Dakota Johnson, Aaron Sorkin.
***

5 – HARRY POTTER E AS RELÍQUIAS DA MORTE – PARTE 1 (Harry Potter and the Deathly Hallows – Part 1)
O sétimo filme da franquia é um dos melhores, com o jovem trio de protagonistas em uma busca que os mantém sozinhos boa parte do filme, relações com uma estética nazista acentuando o tom político, um conto narrado em bela animação, emoções mais intensas. É O Império Contra-Ataca da série Harry Potter. Leia mais: crítica.
Reino Unido/ Estados Unidos. Direção: David Yates. Roteiro: Steve Kloves, baseado no romance de J.K. Rowling. Elenco: Daniel Radcliffe, Emma Watson, Rupert Grint, Ralph Fiennes, Alan Rickman, Julie Walters, Robbie Coltrane, Helena Bonham Carter, Bonnie Wright, Evana Lynch, Tom Felton, Brendan Gleeson, Timothy Spall, Helen McCrory, Jason Isaacs, Richard Griffiths, Bill Nighy, Rhys Ifans, Fiona Shaw, Michael Gambon, John Hurt, Imelda Staunton. Voz: Toby Jones.
***

4 – CISNE NEGRO (Black Swan)
Uma bailarina sob pressão, em uma turbulência psicológica. Aronofsky usa e abusa dos maneirismos para esse mergulho na psiquê de uma artista atormentada por sua arte e por seu lado ‘cisne negro’. Leia mais: crítica.
Estados Unidos. Direção: Darren Aronofsky. Roteiro: Mark Heyman, Andres Heinz e John J. McLaughlin, de argumento de Heinz. Elenco: Natalie Portman, Mila Kunis, Vincent Cassel, Barbara Hershey, Winona Ryder.
***

3 – TOY STORY 3 (Toy Story 3)
Dez anos depois do segundo filme, o terceiro expandiu um tema que já estava no segundo: brinquedos órfãos de sua criança que cresceu. Isso, combinado com um “filme de prisão”, que leva a uma reta final sensacional, com suspense e lágrimas. Leia mais: crítica.
Estados Unidos. Direção: Lee Unkrich. Roteiro: Michael Arndt, com argumento de John Lasseter, Andrew Stanton e Lee Unkrich. Vozes na dublagem original: Tom Hanks, Tim Allen, Joan Cusack, Ned Beatty, Michael Keaton, Jodi Benson, Wallace Shawn, Don Rickles, Estelle Harris, Laurie Metcalf, Timothy Dalton, Bonnie Hunt, Whoopi Goldberg, R. Lee Ermey.
***
2 – BRAVURA INDÔMITA (True Grit)
Os irmãos Coen revisitam o faroeste clássico e fazem uma versão melhor que a original, estrelada por John Wayne em 1969. Um road movie do faroeste, com excelentes atuações de Jeff Bridges e Hailee Steinfeld. Ela, em particular, simboliza o espírito do filme: entre o deslumbramento e a descrença dos mitos. Leia mais: crítica.
Estados Unidos. Direção e roteiro: Joel Coen e Ethan Coen, baseado no romance de Charles Portis. Elenco: Jeff Bridges, Hailee Steinfeld, Matt Damon, Josh Brolin.
***
1 – A ORIGEM (Inception)
Um filme sobre sonhos dentro de sonhos, misturado com espionagem, vertiginoso nas imagens e na narrativa. Uma equipe em um plano para implantar uma ideia em um sujeito através dos sonhos. Explicações complicadas para não levar muito a sério: um truque engenhoso, delirante e sofisticado. Leia mais: crítica.
Estados Unidos/ Reino Unido. Direção e roteiro: Christopher Nolan. Elenco: Leonardo DiCaprio, Elliot Page, Joseph Gordon Levitt, Marion Cotillard, Michael Caine, Tom Hardy, Ken Watanabe, Cillian Murphy, Tom Berenger, Pete Postlethwaite.
***
* Esta é uma lista pessoal. Com 100% de certeza, você não vai concordar com 100% dela. Tudo bem — eu gostaria de saber a sua lista, que filmes você tiraria e quais incluiria (me diga nos comentários!). Outra coisa: a percepção sobre os filmes mudam com o tempo. Esta é a minha percepção agora, limitada ao que vi, naturalmente — esta lista pode mudar à medida em que for revisitando alguns filmes ou assistir a outros que ainda não conheço deste ano específico.
***
OUTRAS LISTAS DE MELHORES:
Pai, mãe e filho vivem em uma casa de arquitetura modernosa e impessoal. Mas o menino tem um tio, o Sr. Hulot, que vive em um outro bairro: pobre, bagunçado, mas muito mais humano. Hulot apresenta ao menino este outro lado da vida.
Meu Tio é a obra-prima de Tati, que usa Hulot para apresentar sua visão de mundo. Mais uma vez ele faz um filme puramente visual, praticamente sem nenhum diálogo importante e com um tema musical que se repete.
A arquitetura cheia de pose e nada prática dá pano para muito riso e debate. Assim como a necessidade de ostentar um status (a mulher liga a fonte sempre que chega uma visita – mas se é o irmão, Hulot, ela logo desliga).
Assim como o contraste com a área pobre, com uma vila labiríntica, ruínas de muros (em contraposição aos muros altos das casas ricas), e cachorros vadios que correm soltos pelas ruas (como as crianças).
Tati nunca perde de vista o foco em seus personagens. É algo com que o filme seguinte, Playtime, sofreria. Mas aqui o equilíbrio é perfeito.
Diário de Filmes 2020: 22
MEU TIO (Mon Oncle, 1958)
Direção: Jacques Tati. Elenco: Jacques Tati, Alain Bécourt, Jean-Pierre Zola, Adrienne Servantie.
Em DVD: na coleção Jacques Tati, do selo Obras-Primas do Cinema
As Férias do Sr. Hulot é o segundo longa de Jacques Tati e o primeiro com o personagem que ele interpretaria aí e em mais três filmes posteriores. Como ele também voltaria a fazer, não há bem uma história, mas uma situação estabelecida na qual ele desfila uma série de esquetes e personagens, observando com humor a relação entre as pessoas, convenções sociais e modismos.
Ancorado pelo gentil e desengonçado Hulot vai, como tanta gente, a um balneário. Não é um filme mudo, mas os diálogos são muito poucos e quase nenhum com alguma importância.
Mesmo a trilha é franciscana: consiste basicamente de um mesmo tema musical que se repete ocasionalmente. O humor é basicamente visual e, nisso, muito preciso.
Como a cena em que Hulot tenta pintar um bote à beira-mar e nunca acha a lata de tinta porque o mar a leva para o outro lado do barquinho. Ou sua luta para segurar as rédeas de um cavalo, que o faz aparecer e desaparecer de cena por trás de um casebre — uma aula de pantomima.
Diário de Filmes 2020: 17
AS FÉRIAS DO SR. HULOT (Les Vacances de Monsieur Hulot, 1953)
Direção: Jacques Tati. Elenco: Jacques Tati, Nathalie Pascaud, Micheline Rolla.
Em DVD: na Coleção Jacques Tati, do selo Obras-Primas do Cinema.
1917
O cinema em movimento
⭐⭐⭐⭐
Diário de Filmes 2020: 12
Espectadores têm interesses diferentes quando vão assistir a um filme. Alguns esperam que uma produção apontada como um grande filme seja algo que os arrebate, uma catarse emocional. Outros se interessam mais pela história em si ou por um conteúdo “importante”.
Este crítico até escreveu brevemente sobre isso uma vez.
Nesta visão pessoal, o cinema é como aquela história: mais importante que a piada, é o jeito como ela é contada. A história de um filme é importante, mas, mais importante ainda é como ela é narrada. A narrativa é tudo.
1917 se encaixa aí. Lembra um filme de Howard Hawks: homens com um trabalho a cumprir, custe o que custar. Em volta disso, há os dramas pessoais e o comentário sobre o cenário geral. Que, no caso, é a I Guerra Mundial.
A partir de um momento idílico, do descanso sob uma árvore em campo aberto, a câmera acompanha dois soldados convocados enquanto entram nas trincheiras e tudo vai ficando gradativamente mais apertado e claustrofóbico. Eles guiam o espectador para dentro da guerra.
É o começo do brilhante trabalho de Sam Mendes, o diretor, e Roger Deakins, o diretor de fotografia, na condução da série de planos-sequências — editados como se fossem dois, longuíssimos. Dois segmentos de narração como se fossem filmados em tempo real na jornada dos soldados que devem chegar a tempo para avisar uma tropa a não realizar um ataque que, na verdade, é uma armadilha. Se conseguirem, evitarão mais de mil mortes do lado britânico.
Nessa corrida, eles vão tendo que lidar com diversas situações que servem como um panorama da I Guerra Mundial, mesmo que alguns detalhes possam soar, ao pé da letra, como incorreção histórica. Algumas acontecem para propósitos dramáticos, outras provavelmente para de alguma maneira ampliar o confinamento narrativo do filme e trazer certas informações (como, por exemplo, o indiano que aparece servindo junto a um regimento de soldados brancos — indianos eram colocados em seu próprio regimento).
Como escreveu o Verissimo, a decisão dos planos-sequência encadeados e disfarçados como se fossem um só passa longe de um maneirismo vazio e exibicionista. É uma estética que serve ao movimento constante dos personagens e da ação. O movimento é a alma do filme, os planos-sequência também.
Seria um filme muito diferente e bem menos interessantes, caso não tivesse optado por essa maneira de contar a história? Certamente. Mas é por isso que é cinema: porque a maneira de contar a história é crucial. 1917 é um “filme-filme”, como escreveu a Ana Maria Bahiana. Ser cinema é a própria razão de ser do filme.

Ingrid Bergman em “Uma Noite em Junho” (1940), seu último filme sueco
Ingrid Bergman, prestes a ganhar o mundo
por Renato Félix
Uma das maiores estrelas da história de Hollywood só chegou por ali aos 24 anos, para rodar seu 13º filme. Até então, até ser notada e contratada por David O. Selznick, ela vinha construindo uma sólida carreira no cinema de sua Suécia natal. Os quatro filmes da coleção Ingrid Bergman, que o selo Obras-Primas do Cinema lança em um digipack, mostram esta Ingrid pré-Hollywood, pouco assistida pelos cinéfilos.
A atriz é mais conhecida por Casablanca (1942), os filmes com Hitchcock, como Interlúdio (1944), sua fase neorrealista, com Stromboli (1950) e outros, e pelos papéis pelos quais ganhou seus três Oscars: À Meia-Luz (1944), Anastácia, a Princesa Esquecida (1956) e Assassinato no Expresso Oriente (1974).

Gösta Ekman e Ingrid Bergman, em “Intermezzo”: Selznick viu e a levou para Hollywood
Mas antes desses filmes houve a Ingrid do cinema sueco. O espectador pode conferir o que já havia ali da estrela que ganharia o mundo pouco depois. Os filmes da coleção são de épocas diferentes desta fase da atriz: O Grande Pecado (1935), Intermezzzo (1936), A Mulher que Vendeu a Alma (1938) e Uma Noite em Junho (1940).
O Grande Pecado é de 1935, que pode ser entendido como seu primeiro ano de fato no cinema. Seu primeiro filme é de 1932, uma aparição não creditada como uma moça esperando na fila, e ela só voltaria a aparecer nas telas três anos depois. Nesse intervalo, ela cursou uma escola de teatro em Estocolmo.
O retorno foi com muito trabalho. Ela apareceu simplesmente em quatro filmes em 1935, entre os quais O Grande Pecado. Nele, Ingrid é uma secretária apaixonada pelo chefe. A esposa do homem faz um aborto ilegal. A coisa se complica envolvendo uma chantagem e uma confusão onde a personagem de Ingrid é tida como a mulher que fez o aborto.
Intermezzo (1936) é o filme onde Selznick a descobriu — a estreia de Ingrid em Hollywood foi justamente em uma refilmagem deste filme, no qual ela é a pianista que se apaixona por um violinista famoso.

“Ingrid Bergman”, digipack com quatro filmes em dois DVDs
Em A Mulher que Vendeu a Alma (1938), o plot é mirabolante. Sua personagem é Anna, que queimou o rosto quando criança. Depois, integrou um grupo de chantagistas e conseguiu fazer uma cirurgia plástica, se tornando linda. Aí, se empregou como babá de um garoto rico, que um tio quer ver morto — e, para isso, contrata os antigos aliados da babá.
Já Uma Noite em Junho (1940) foi sua despedida da Suécia antes de se mudar para os Estados Unidos. A essa altura, a refilmagem de Intermezzo (1939), já havia estreado e feito sucesso nos EUA. Aqui, ela é uma moça que levou um tiro do namorado, quando tenta deixá-lo. Ela sobrevive e tenta uma nova vida em Estocolmo e vai conseguindo, até que os jornais a descobrem e tentam explorar sua história.
A partir daqui, a estrela sueca subiria rápido os degraus do estrelato mundial a bordo dos filmes americanos. Dois anos depois viria Casablanca e sua carreira mudaria para sempre. No fim da década de 1940, largaria tudo poucos anos depois para viver um amor e uma parceria artística na Itália com Roberto Rossellini. Retornaria a Hollywood nos anos 1950 para ser acolhida em seu posto de uma estrela que nunca perdeu a majestade.
- Versão estendida de matéria publicada no Correio da Paraíba, em 1º de janeiro de 2020

Rita Hayworth em “Gilda” (1946)
50. ‘I WANNA BE LOVED BY YOU’, de Quanto Mais Quente Melhor (1959)
Com Marilyn Monroe. Direção: Billy Wilder. Coreografia: Jack Cole. Canção de Herbert Stothart, Harry Ruby e Bert Kalmar.
“Boop-boop-a-doop”. A canção de 1928 é a cara da Betty Boop e não por acaso: a interpretação de Helen Kane, com sua voz meio infantil cantando esse “boop-boop-a-doop” inspirou a criação da personagem dos desenhos animados, em 1930. Como Quanto Mais Quente Melhor se passa em 1929, caiu como uma luva para Marilyn desfilar sua sensualidade brejeira na canção. Como Billy Wilder dizia, filmar com Marilyn podia ser um pesadelo, mas o resultado compensava de longe.
***
49. ‘SO LONG, FAREWELL’, de A Noviça Rebelde (1965)
Com Charmian Carr, Nicholas Hammond, Heather Menzies-Urich, Duane Chase, Angela Cartwright, Debbie Turner e Kym Karath. Direção: Robert Wise. Coreografia: Marc Breaux e Dee Dee Wood. Canção de Richard Rodgers e Oscar Hammerstein II.
O capitão Von Trapp não que transformar sua família num grupo musical, mas está difícil. No final de uma festa em casa, seus sete filhos se despedem dos convidados com este encantador número musical. Uma das forças desse filme é o carisma das crianças. “So long, farewell, auf wiedersehen, adieu”, em um número reprisado mais tarde no filme (e rever sempre é muito bem-vindo).
***
48. ‘CABARET’, de Cabaret (1972)
Com Liza Minnelli. Direção e coreografia: Bob Fosse. Canção de John Kander e Fred Ebb.
Liza, sozinha em cena: e precisa mais? A canção-título do filme estabelece que esse não é um musical inocente como a maioria do que vieram antes dele. E, três anos após a morte da mãe Judy Garland, Liza chama o trono para si com toda a justiça, ao menos nesse filme. A vida é um cabaré, old chum, apesar dos profetas do pessimismo.
***
47. ‘A WHOLE NEW WORLD’, de Aladdin (1992)
Com Brad Kane e Lea Salonga (vozes). Direção: John Musker e Ron Clements. Canção de Alan Menken e Tim Rice.
Aladdin joga baixo para conquistar a princesa Jasmine: a leva em um passeio de tapete mágico pelo mundo. As maravilhas que vai encontrando são embaladas pela maravilha que é essa canção vencedora do Oscar. A animação é um deslumbre.
***
46. ‘THE BALLET OF RED SHOES’, de Sapatinhos Vermelhos (1948)
Com Moira Shearer, Alan Carter, Joan Harris. Direção: Michael Powell e Emeric Pressburger. Coreografia: Robert Helpmann. Música de Brian Esdale.
Bailarina de carreira consolidada nos anos 1940, a escocesa Moira Shearer estreou no cinema no papel principal de Sapatinhos Vermelhos. E o ponto alto do filme é o balé que dá nome ao filme, um número espetacular de quase 15 minutos, que soma recursos cinematográficos à atmosfera da dança no palco para ir além da fábula dançada e representar o turbilhão emocional da protagonista: closes, planos de detalhe, câmera lenta, sobreposição de imagens. Este número impressionou tanto Gene Kelly que o inspirou para Sinfonia de Paris (1951).
***
45. ‘ALWAYS LOOK ON THE BRIGHT SIDE OF LIFE’, de A Vida de Brian (1979)
Com Eric Idle. Direção: Terry Jones. Canção de Eric Idle.
Essa música adorável e incrivelmente otimista, com assobios e tudo, é um dos momentos mais clássicos do grupo Monty Python. Contribui para isso, é claro, o fato de ela ser cantada por um grupo que está sendo crucificado na Judeia dos tempos de Cristo. O tipo de nonsense que foi a genialidade do grupo inglês.
***
44. ‘CAN’T BUY ME LOVE’, de A Hard Day’s Night (1964)
Com The Beatles. Direção: Richard Lester. Canção de Paul McCartney (creditada a John Lennon e Paul McCartney).
A Hard Day’s Night acompanha os Beatles no que seria seu cotidiano típico de correrias para fugir das fãs, compromissos comerciais e entrevistas chatas pra caramba. Em um momento de descuido dos outros, eles escapolem por uma porta, dão numa escada externa e se divertem a valer em campo aberto, filmados de helicóptero em patetices de cinema mudo. Sua descida pelas escadas é uma das mais célebres do grupo.
Para assistir, clique aqui.
***
43. ‘PUT THE BLAME ON MAME’, de Gilda (1946)
Com Rita Hayworth (voz de Anita Ellis). Direção: Charles Vidor. Coreografia: Jack Cole. Canção de Allan Roberts e Doris Fischer.
Pê da vida com o marido, (“nunca houve uma mulher como”) Gilda irrompe no palco do nightclub que ele dirige e canta “Put the blame on Mame”. Não só isso, como tira uma das luvas — e é o bastante para que seja um dos mais sexy strip-teases da história. O vestido tomara-que-caia ajuda: nos closes é como se Gilda… bem… não estivesse usando nada.
***
42. ‘BELLE’, de A Bela e a Fera (1991)
Com Paige O’Hara, Richard White, Alec Murphy, Mary Kay Bergman, Kath Soucie e coro (vozes). Direção: Gary Trousdale e Kirk Wise. Canção de Alan Menken e Howard Ashman.
Após um breve prólogo, A Bela e a Fera já mostra a que veio: a cena de apresentação da protagonista e seu vilarejo acanhado e o vilão valentão que a deseja é um espetáculo, com todo o jeito de Broadway. Dá para imaginar os cantores e bailarinos pelo palco. Mas aqui é cinema, há planos clássicos e divinos: Bela deslizando pelas prateleiras de livros em direção à câmera, ou a câmera girando em torno dela quando ela diz que quer “mais que essa vida provinciana”.
***
41. ‘WOULDN’T BE LOVERLY?’, de My Fair Lady — Minha Bela Dama (1964)
Com Audrey Hepburn (voz de Marni Nixon). Direção: George Cukor. Coreografia: Hermes Pan. Canção de Alan Jay Lerner e Frederick Loewe.
A florista pobre Eliza Doolittle tem sua canção de “eu quero” após ser desmerecida pelo irritante professor de dicção. Ela canta nesse momento adorável, errando todas as palavras que pode (canta “ands” em vez de “hands”, por exemplo). Sonha com um mundo de elegância e amor em meio aos restos e aos desvalidos. Audrey, que sempre apareceu como dama nos filmes, brilha como a pobretona inculta que, no fim, vai embora em sua carruagem: uma carroça de lixo.
***
LEIA MAIS:
1 <<
2 <<
3 <<
4 <<
5 <<
6 <<
7 <<
8 <<
9 <<
10 <<
11 — 20 <<
21 — 30 <<
31 — 40 <<
>> 51 — 60
>> 61 — 70
>> 71 — 80
>> 81 — 90
>> 91 — 100
>> 111 — 120
>> 121 — 130
>> 131 — 140
>> 141 — 150
>> 151 — 160
>> 161 — 170
>> 171 — 180
>> 181 — 190
>> 191 — 200
SIMPLESMENTE FELIZ (Mike Leigh, 2008)
⭐⭐⭐⭐
Diário de Filmes 2019: 43
Às vezes, um filme é sua atriz principal (ou ator). Depende fundamentalmente de achar a pessoa certa para encarnar a protagonista. É uma simbiose, Se dá certo, a mágica acontece. E aconteceu isso em Simplesmente Feliz, com Sally Hawkins como a professora londrina que é alegre à toda prova, de um jeito que influi diretamente em – ou até incomoda – quem está próximo. Seu cotidiano inclui um verdadeiro duelo de humores com seu neurastênico professor de direção. Hawkins é luminosa e sua interpretação foi premiada pelo Gllobo de Ouro, o Festival de Berlim e o Círculo de Críticos de Nova York.
O PEQUENO PRÍNCIPE (Mark Osborne, 2015)
⭐⭐⭐⭐
Diário de Filmes 2019: 14
Segunda vez no ano porque é hit com Arthur aqui em casa. A interação entre a parte nova, da garotinha adulta, com a adaptação propriamente dita do livro (esta em stop-motion com papel) sempre me encanta.
VISAGES VILLAGES (Agnes Varda e JR, 2017)
⭐⭐⭐⭐
Diário de Filmes 2019: 13
JR é um fotógrafo e artista plástico que gosta de fazer murais com fotos gigantes. A veterana Agnes Varda é uma das grandes cineastas do mundo. Essa dupla improvável viaja por vilarejos franceses para registrar as pessoas, conhecê-las e trocar impressões. Funciona bastante bem, com um olhar carinhoso para as pessoas comuns, retratados em sua grandeza nos murais que vão ficando pelo caminho.
O PEQUENO PRÍNCIPE (Mark Osborne, 2015)
⭐⭐⭐⭐
Diário de Filmes 2019: 10
Fazer uma adaptação do clássico de Saint-Exupéry em que metade ou mais da metade é uma história nova e moderna é uma temeridade. Mas funciona aqui – e bem. O filme consegue vincular as duas tramas, fazer uma influenciar a outra e as demarca com inteligência através do uso de duas técnicas de animação diferentes. A parte moderna, em CGI; a adaptação direta do livro, em stop-motion com papel. A reta final é o resgate da infância para uma menininha muito adulta (em “um mundo que ficou adulto demais”) e um tom de aventura, mas sem perder a obra original de vista.
Começa nesta quinta a 10ª edição do Festival Varilux do Cinema Francês, em 77 cidades do país. Em João Pessoa, as sessões serão novamente no Centerplex, no MAG Shopping: quatro filmes por dia, até o dia 19. São 16 filmes da mais recente produção francesa inéditos no Brasil , e mais um clássico — no caso, Cyrano (1990), de Jean-Paul Rappeneau e com Gérard Depardieu, grande filme que vi no Cine Banguê lá no começo dos anos 1990.
Confira aqui nesta post um guia do festival. Primeiro, os filmes, com seus trailers e os dias e horários das sessões de cada um. Lá embaixo, a programação por dia.
— OS FILMES:
— AMOR À SEGUNDA VISTA: Homem se dá conta que está vivendo em uma realidade paralela, onde sua esposa não o conhece mais e tenta conquistá-la de novo. É do diretor de Uma Família de Dois. Qui 6, 16h35; Sex 7, 18h50; Qua 12, 18h45; Dom 16, 21h10.
***
— ASTERIX E O SEGREDO DA POÇÃO MÁGICA: Todo ano o festival programa um filme infantil, geralmente uma animação. Este ano é a nova animação com os personagens dos quadrinhos de René Goscinny e Albert Uderzo. Desta vez, a trama não é baseada em nenhum dos álbuns clássicos, mas uma história original. Pela primeira vez, também, Asterix estrela uma animação digital. Sab 8, 17h15; Dom 9, 14h30; Dom 16, 17h15.
***
— ATRAVÉS DO FOGO: É um drama sobre um bombeiro que se fere num incêndio e fica com o rosto desfigurado. Agora, terá que aprender a viver de novo. Sex 7, 16h35; Seg 10, 14h30; Ter 18, 21h05.
***
— BOAS INTENÇÕES: O filme segue uma professora que ensina francês para imigrantes, mas não consegue deixar de extrapolar a ajuda para outras áreas. Seg 10, 16h45; Dom 16, 15h15; Qua 19, 20h45.
***
— CYRANO: O clássico do festival é o filme de 1990 dirigido por Jean-Paul Rapenneau e estrelado por Gérard Depardieu, adaptação da peça clássica sobre o poeta narigudo que é apaixonado pela bela Roxane (Anne Girardot), mas, complexado com a própria aparência, acaba ajudando um rival bonito, mas tapado (Vincent Pérez), a conquistá-la. Dom 9, 16h15; Seg 17, 14h45.
***
— CYRANO, MON AMOUR: Além de Cyrano, o festival traz essa comédia que narra o processo de criação da peça pelo autor, Edmond Rostand. É uma adaptação de um sucesso dos palcos franceses. Dom 9, 18h50; Qui 13, 17h15; Sex 14, 15h00; Sab 15, 21h15.
***
— OS DOIS FILHOS DE JOSEPH: Menino de 13 anos que está amadurecendo começa a repensar o pai e o irmão mais velho como exemplos a seguir. Sex 7, 14h45; Qui 13, 21h15; Ter 18, 19h15; Qua 19, 16h50.
***
— FILHAS DO SOL: O filme mostra a luta das guerreiras de um batalhão de soldadas curdas na guerra do Curdistão, acompanhadas por uma fotógrafa francesa. Seg 10, 20h50; Ter 11, 14h40; Ter 18, 17h00.
***
— FINALMENTE LIVRES: Esta comédia teve nove indicações ao César (o Oscar francês), incluindo melhor filme, direção, ator (Pio Marmal), atriz (Adèle Haenel), ator coadjuvante (Damien Bonnard), atriz coadjuvante (Audrey Tautou, sempre lembrada como a Amélie Poulain) e roteiro original. É a história de uma policial que descobre que o marido, que morreu como herói, não era boa peça. Então tenta reparar os erros dele. Sab 8, 19h00; Qua 12, 15h00; Dom 16, 19h00.
***
— GRAÇAS A DEUS: O novo filme de François Ozon é sobre um grupo de homens que decide enfrentar o padre que abusou deles quando eram crianças e a instituição que insiste em protegê-lo. Levou o Grande Prêmio do Júri no Festival de Berlim. Dom 9, 21h00; Sab 15, 18h35; Seg 17, 21h00.
***
— UM HOMEM FIEL: Dirigido por Louis Garrel, com ele, Laetitia Casta e Lily-Rose Depp (a filha de Vanessa Paradis e Johnny Depp, e a cara da mãe), mostra um intrincado triângulo amoroso com ramificações familiares. Ter 11, 21h15; Qua 12, 17h10; Sab 15, 15h00; Seg 17, 17h20.
***
— INOCÊNCIA ROUBADA: Uma bailarina enfrenta as memórias de um abuso na infância e as implicações dessa revelação. Qui, 14h30; Sex 14, 17h10; Seg 17, 18h55.
***
— MEU BEBÊ: Uma mulher com dificuldades de encarar a filha mais velha saindo de casa. Sab 8, 21h10; Qui 13, 19h25; Qua 19, 15h.
***
— O MISTÉRIO DE HENRI PICK: Um filme de mistério literário. Uma editora encontra um manuscrito e, ao publicá-lo, o livro vira um best seller. Mas a viúva do autor, um pizzaiolo morto dois anos antes da publicação, diz que ele nunca escreveu nada. E um crítico (Fabrice Luchini) resolve investigar e provar que se trata de uma fraude. Sex 7, 21h10; Ter 11, 19h15; Sab 15, 16h35; Ter 18, 15h.
***
— O PROFESSOR SUBSTITUTO: Mais um filme de mistério. Um professor substituto lida com uma classe de alunos muito inteligentes, muito unidos, mas também perturbadores. Seg 10, 18h45; Qui 13, 15h10; Qua 19, 18h40.
***
— QUEM VOCÊ PENSA QUE SOU: A grande Juliette Binoche é uma mulher que cria um perfil falso mais jovem e vai se enredando no relacionamento virtual com um rapaz. Qui 6, 21h15; Sab 8, 15h15; Qua 12, 21h05; Sex 14, 19h15.
***
— A REVOLUÇÃO EM PARIS: Mês que vem, a Revolução Francesa completa 230 anos. E este filme volta àqueles dias em que o povo se rebelou contra a monarquia em tom épico, contando histórias de pessoas comuns e de personagens como o rei Luís XVI. Qui 6, 18h55; Ter 11, 16h55; Sex 14, 21h15.
***
— A PROGRAMAÇÃO POR DIA:
— QUINTA, 6:
14h30: Inocência Roubada
16h35: Amor à Segunda Vista
18h55: A Revolução em Paris
21h15: Quem Você Pensa que Sou?
— SEXTA, 7:
14h45: Os Dois Filhos de Joseph
16h35: Através do Fogo
18h50: Amor à Segunda Vista
21h10: O Mistério de Henri Pick
— SÁBADO, 8:
15h15: Quem Você Pensa que Sou
17h15: Asterix e o Segredo da Poção Mágica
19h: Finalmente Livres
21h10: Meu Bebê
— DOMINGO, 9:
14h30: Asterix e o Segredo da Poção Mágica
16h15: Cyrano
18h50: Cyrano, Mon Amour
21h: Graças a Deus
— SEGUNDA, 10:
14h30: Através do Fogo
16h45: Boas Intenções
18h45: O Professor Substituto
20h50: Filhas do Sol
— TERÇA, 11:
14h40: Filhas do Sol
16h55: A Revolução em Paris
19h15: O Mistério de Henri Pick
21h15: Um Homem Fiel
— QUARTA, 12:
15h: Finalmente Livres
17h10: Um Homem Fiel
18h45: Amor à Segunda Vista
21h05: Quem Você Pensa que Sou
— QUINTA, 13:
15h10: O Professor Substituto
17h15: Cyrano, Mon Amour
19h25: Meu Bebê
21h15: Os Dois Filhos de Joseph
— SEXTA, 14:
15h: Cyrano, Mon Amour
17h10: Inocência Roubada
19h15: Quem Você Pensa que Sou
21h15: A Revolução em Paris
— SÁBADO, 15:
15h: Um Homem Fiel
16h35: O Mistério de Henri Pick
18h35: Graças a Deus
21h15: Cyrano, Mon Amour
— DOMINGO, 16:
15h15: Boas Intenções
17h15: Asterix e o Segredo da Poção Mágica
19h: Finalmente Livres
21h10: Amor à Segunda Vista
— SEGUNDA, 17:
14h45: Cyrano
17h20: Um Homem Fiel
18h55: Inocência Roubada
21h: Graças a Deus
— TERÇA, 18:
15h: O Mistério de Henri Pick
17h: Filhas do Sol
19h15: Os Dois Filhos de Joseph
21h05: Através do Fogo
— QUARTA, 19:
15h: Meu Bebê
16h50: Os Dois Filhos de Joseph
18h40: O Professor Substituto
20h45: Boas Intenções
A última impressão é a que fica? Aqui está uma lista de meus 50 finais preferidos de filmes.
50. NOIVO NEURÓTICO, NOIVA NERVOSA. Woody Allen, 1977
ALVY: “Eu, eu pensei naquela velha piada, sabe, um, um cara vai a um psiquiatra e diz: ‘Doutor, hã, meu irmão está louco. Ele pensa que é uma galinha’. E, hã, o doutor diz: ‘Bem, por que você não o interna?’. E o cara diz: ‘Eu ia, mas eu preciso dos ovos’. Bem, acho que isso é muito como eu me sinto sobre relacionamentos. Você sabe, eles são totalmente irracionais e loucos e absurdos e… mas, hã, acho que continuamos com eles porque, hã, a maioria de nós precisa dos ovos”.
***
49. O BEBÊ DE ROSEMARY. Roman Polanski, 1968
ROSEMARY: “Você está balançando muito rápido”.
***
48. A DOCE VIDA. Federico Fellini, 1960
MARCELLO: “Não consigo escutar!”.
***
47. O SÉTIMO SELO. Ingmar Bergman, 1957
JOF: “E a Morte, a mestre severa, os convida para dançar”.
***
46. OS INTOCÁVEIS. Brian de Palma, 1987
ELLIOT NESS: “Acho que vou tomar um drinque”.
***
45. CHINATOWN. Roman Polanski, 1974
WALSH: “Esqueça, Jake. É Chinatown”.
***
44. BONEQUINHA DE LUXO. Blake Edwards, 1961
HOLLY: “O Gato… Onde está o Gato?…”
***
43. A SEPARAÇÃO. Asghar Farhadi, 2011
JUIZ: “Você quer que eles esperem lá fora, se for difícil para você?
TERMEH: “Eles podem?”
***
42. A VIDA DE BRIAN. Terry Jones, 1979
SR. FRISBEE: “Olhe sempre o lado bom da vida”.
***
41. CLUBE DOS CINCO. John Hughes, 1985
BRIAN: “Mas o que descobrimos é que cada um de nós é um cérebro…”
ANDREW: “…e um atleta…”
ALLISON: “…e uma inútil…”
CLAIRE: “…e uma princesa…”
BENDER: “…e um criminoso.”
***
41. PACTO DE SANGUE. Billy Wilder, 1944
KEYES: “Você não vai chegar nem ao elevador”.
***
40. BUTCH CASSIDY. George Roy Hill, 1969
BUTCH: “Tenho uma grande ideia de onde deveríamos ir depois daqui”.
***
39. A MONTANHA DOS SETE ABUTRES. Billy Wilder, 1951
CHUCK: “Gostaria de ganhar mil dólares por dia, Sr. Boot? Sou um jornalista que vale mil dólares por dia. Pode ficar comigo por nada”.
***
38. DEUS E O DIABO NA TERRA DO SOL. Glauber Rocha, 1964
CORISCO: “Mais fortes são os poderes do povo!”.
***
37. OS BONS COMPANHEIROS. Martin Scorsese, 1990
HENRY: “Sou um ninguém. Vou viver o resto da minha vida como um merda”.
***
36. TOY STORY 3. Lee Unkrich, 2010
WOODY: “Até mais, parceiro”.
***
35. CAVADORAS DE OURO DE 1933. Mervyn LeRoy, 1933
CAROL: “Lembre-se do meu homem esquecido”.
***
34. HOMEM DE FERRO. Jon Favreau, 2008
TONY STARK: “Eu sou o Homem de Ferro”.
***
33. DONA FLOR E SEUS DOIS MARIDOS. Bruno Barreto, 1976
TRILHA SONORA: “O que será, que será, que andam suspirando pelas alcovas?”
***
32. SOCIEDADE DOS POETAS MORTOS. Peter Weir, 1989
KEATING: “Obrigado, garotos. Obrigado”.
***
31. OURO E MALDIÇÃO. Erich von Stroheim, 1924
***
29. A PRINCESA E O PLEBEU. William Wyler, 1953
ANN: “Muito feliz, Sr. Bradley”.
***
28. A MALVADA. Joseph L. Mankiewicz, 1950
ADDISON: “Você deve perguntar à Srta. Harrington como conseguir um. A Srta. Harrington sabe tudo sobre isso”.
Assista!
***
27. 8 ½. Federico Fellini, 1963
GUIDO: “Esta confusão… sou eu”.
***
26. INIMIGO PÚBLICO. 1931
MIKE: “Mãe, estão trazendo Tom para casa!”.
***
25. OS INCOMPREENDIDOS. François Truffaut, 1959
***
24. THELMA & LOUISE. Ridley Scott, 1991
THELMA: “Apenas vamos em frente”.
***
23. TEMPOS MODERNOS. Charles Chaplin, 1936
CARLITOS: “Sorria!”
***
22. OS SUSPEITOS. Bryan Singer, 1995
VERBAL: “O maior truque do diabo foi convencer o mundo de que ele não existe”.
***
21. CINEMA PARADISO. Giuseppe Tornatore, 1988
***
20. …E O VENTO LEVOU. Victor Fleming, 1939
RHETT: “Francamente, minha querida, estou cagando pra isso”.
***
19. OS PÁSSAROS. Alfred Hitchcock, 1963
CATHY: “Posso levar os periquitos, Mitch? Eles não machucaram ninguém”.
***
18. LADRÕES DE BICICLETA. Vittorio de Sica, 1948
BRUNO: “Papai! Papai!”
***
17. SE MEU APARTAMENTO FALASSE. Billy Wilder, 1960
FRAN KUBELIK: “Cale a boca e dê as cartas”.
***
16. CASABLANCA. Michael Curtiz, 1942
RICK: “Louis, acho que este é o início de uma bela amizade”.
***
15. O PLANETA DOS MACACOS. Franklin J. Schaffner, 1968
GEORGE TAYLOR: “Seus maníacos! Vocês estragaram tudo! Malditos sejam!”.
***
14. A PRIMEIRA NOITE DE UM HOMEM. Mike Nichols, 1967
TRILHA SONORA: “Olá, escuridão, velha amiga”.
***
13. DE VOLTA PARA O FUTURO. Robert Zemeckis, 1985
DOUTOR BROWN: “Ruas? Para onde vamos não precisamos… de ruas”.
***
12. 2001 – UMA ODISSEIA NO ESPAÇO. Stanley Kubrick, 1968
***
11. BONNIE AND CLYDE – UMA RAJADA DE BALAS. Arthur Penn, 1967
***
10. RASTROS DE ÓDIO. John Ford, 1956
***
9. CIDADÃO KANE. Orson Welles, 1941
JERRY THOMPSON: “Talvez ‘Rosebud’ seja alguma coisa que ele não conseguiu. Ou algumas coisa que ele perdeu”.
***
8. PSICOSE. Alfred Hitchcock, 1960
NORMA BATES: “Ele vão dizer: ‘Ela não mataria uma mosca’…”.
***
7. QUANTO MAIS QUENTE MELHOR. Billy Wilder, 1959
OSGOOD: “Ninguém é perfeito”.
***
6. NOITES DE CABÍRIA. Federico Fellini, 1957
***
5. MANHATTAN. Woody Allen, 1979
TRACY: “Nem todo mundo se corrompe. Você tem que ter um pouco de fé nas pessoas”.
***
4. A FELICIDADE NÃO SE COMPRA. Frank Capra, 1946
HARRY: “Ao meu irmão George: o homem mais rico da cidade”.
***
3. O PODEROSO CHEFÃO. Francis Ford Coppola, 1972
KAY: “É verdade? É?”
MICHAEL: “Não”.
***
2. CREPÚSCULO DOS DEUSES. Billy Wilder, 1950
NORMA DESMOND: “Está bem, Sr. DeMille, estou pronta para o meu close-up”.
***
1. LUZES DA CIDADE. Charles Chaplin, 1931
CARLITOS: “Você consegue ver agora?”
FLORISTA: “Sim, eu consigo ver agora”.

“Ilha dos Cachorros”, de Wes Anderson
São quatro as estreias nos cinemas paraibanos hoje (veja todos os filmes em cartaz na Paraíba, locais e horários de exibição aqui). A que me interessa mais é Ilha dos Cachorros (2018), de Wes Anderson, animação stop-motion do diretor cujos filmes têm um dos visuais mais interessantes do cinema americano hoje. O filme entra em cartaz na sessão Cinema de Arte, do Cinépolis Manaíra.
É a segunda vez que ele realiza uma obra no formato. A outra foi O Fantástico Sr. Raposo (2009). Mas o filme mantém, nos talentos vocais, seu hábito de dirigir grandes elencos, com seus colaboradores habituais: Edward Norton, Bill Murray, Tilda Swinton, Bob Balaban e Frances McDormand vivem aparecendo nos filmes de Anderson. Em João Pessoa (Cinépolis Manaíra).

Jeff Goldblum e Jodie Foster em “Hotel Artemis”
Em Hotel Artemis (2018), Jodie Foster volta a aparecer como atriz, cinco anos após Elysium. Ela é a enfermeira que comanda um ala que cuida de criminosos perigosos e descobre que um dele está para cometer um assassinato. Em João Pessoa (Cinépolis Manaíra, Centerplex MAG).
O blockbuster da semana é O Predador (2018), quarto da série que começou com… O Predador (1987). Sim, a continuação tem o mesmo nome do primeiro filme. Em João Pessoa (Cinépolis Manaíra, Centerplex MAG, Cinesercla Tambiá, Cinépolis Mangabeira), Campina (Cinesercla Partage) e Patos (Cine Guedes).
E Marvin (2017) é mais um filme francês egresso do Festival Varilux que entra em cartaz. É sobre um jovem que quer ser ator e foge da família opressora para tentar viver esse sonho. Isabelle Huppert está no elenco, interpretando ela mesma. Em João Pessoa (Centerplex MAG).
FESTIVAL VARILUX DE CINEMA FRANCÊS – PROGRAMAÇÃO COMPLETA EM JOÃO PESSOA .
Começa nesta quinta mais uma edição do Festival Varilux de Cinema Francês. Este ano, o evento chega a 61 cidades brasileiras, exibindo 20 filmes novos e inéditos no país, mais um clássico – que, este ano, é Z, de Costa-Gavras. Os filmes serão exibidos apenas no Centerplex do MAG Shopping (ano passado, a mostra chegou também ao Cinépolis do Manaíra Shopping), ao longo de duas semanas. Os filmes passam duas ou três vezes, e o clássico tem sessão única.
A seguir veja quais são os filmes e seus dias e horários de exibição, e seus trailers. Mais abaixo, a programação por dia.
NOS VEMOS NO PARAÍSO, de Albert Dupontel
Neste vencedor de cinco Césars (o Oscar da França), uma dupla de soldados (um artista e um contador) tenta desmascarar um militar que lucra com os corpos na guerra.
Sex. 8, 20h50; qui. 14, 16h55; dom. 17, 18h
***
O AMANTE DUPLO, de François Ozon
Um suspense sobre mulher (Marine Vacht, de Jovem e Bela, do mesmo Ozon) que se relaciona com seu terapeuta, e passa a se tratar com o irmão gêmeo dele, de quem ela nunca tinha ouvido falar.
Sab. 9, 21h10; seg. 11, 16h55; qui. 14, 19h10
***
O ORGULHO, de Yvan Attal
Indicado ao César de filme e vencedor do prêmio de atriz revelação (Carmélia Jordana), é sobre uma aluna e professor que enfrentam o preconceito um do outro, enquanto trabalham juntos para que ela enfrente um concurso de eloquência.
Dom. 10, 21h10; qui. 14, 15h; sex. 15, 18h55; seg. 18, 17h
***
PRIMAVERA EM CASABLANCA, de Nabil Ayouch
Do diretor de Muito Amadas, outra cutucada nos tabus marroquinos, mostrando cinco vidas diferentes e uma revolta que se aproxima.
Qui. 7, 21h15; qua. 13, 15h; ter. 19, 16h50
***
A RAPOSA MÁ, de Benjamin Renner, Patrick Imbert
A animação do festival, baseada nos quadrinhos de Benjamin Renner, traz um bosque cheio de animais meio malucos, com destaque para a raposa que acaba criando pintinhos. A exibição é dublada.
Sab. 9, 15h; sáb. 16, 15h30.
***
CARNÍVORAS, de Jérémie Renier, Yannick Renier
Suspense sobre duas irmãs que vivem um conflito de identidade quanto ao trabalho de atriz de uma delas. A outra, que sempre quis ser atriz, começa a crer que pode assumir os papéis que a outra vai negligenciando.
Sab. 9, 19h10; sex. 15, 15h; seg. 18, 21h30
***
GAUGUIN – VIAGEM AO TAITI, de Edouard Deluc
Vincent Cassel é o pintor francês Paul Gauguin redescobrindo a vida no Taiti em 1891.
Sex. 8, 18h50; qua. 13, 17h20; seg. 18, 15h
***
PROMESSA AO AMANHECER, de Eric Barbier
Uma história de mãezona, com Charlotte Gainbourg como a mãe excêntrica do filho que se torna aviador na II Guerra.
Sab. 9, 16h40; ter. 12, 21h15; dom. 17, 20h15
***
50 SÃO OS NOVOS 30, de Valérie Lemercier
Comédia romântica sobre mulher, separada e demitida aos 50, que é obrigada a morar na casa dos pais.
Dom. 10, 15h; ter. 12, 17h15; qua. 20, 19h
***
O PODER DE DIANE, de Fabien Gorgeart
Mulher aceita ser a barriga de alguel para um casal amigo. E surge uma paixão no caminho. O filme foca na variedade de possibilidades das famílias.
Qui. 7, 17h15; sab. 16, 17h10; ter. 19, 19h10
***
O RETORNO DO HERÓI, de Laurent Tirard
Jean Dujardin (de O Artista) e Melanie Laurent (de Bastardos Inglórios e O Concerto) se elgafinham nesta comédia, até ele começar uma farsa.
Sex. 8, 17h; dom. 10, 16h55; sab. 16, 18h55
***
TROCA DE RAINHAS, de Marc Dugain
Luís XV, de 11 anos, se casa com Anna, princesa espanhola de 4 anos, em um jogo de poder. E o regente casa sua filha, de 12, com o herdeiro do trono da Espanha. E o filme conta a vida dessas moças e suas novas vidas.
Sex. 8, 15h; qua. 13, 19h20
***
A APARIÇÃO, de Xavier Giannoli
Repórter faz parte de investugação sobre jovem que afirma ter visto a Virgem Maria.
Qui. 14, 21h15; seg. 18, 18h55
***
CUSTÓDIA, de Xavier Legrand
Um garoto fica no fogo cruzado entre seus pais, que disputam a sua guarda.
Qua. 13, 21h20; sex. 15, 17h; qua. 20, 15h
***
O ÚLTIMO SUSPIRO, de Daniel Roby
Ficção científica sobre pessoas que se refugiam nos tetos das casas quando uma névoa mortal toma Paris.
Seg. 11, 19h; ter. 19, 15h
***
MARVIN, de Anne Fontaine
Jovem precisa se afastar da família para viver sua identidade. Isabelle Huppert interpreta ela mesma. A diretora é a mesma de Coco Antes de Chanel (2009) e Gemma Bovery (2014).
Qui. 7, 19h; ter. 12, 15h
***
DE CARONA PARA O AMOR, de Franck Dubosc
Conquistador finge usar cadeira de rodas para se dar bem com uma mulher. Mas aí conhece a irmã dela, que é cadeirante.
Ter. 12, 19h10; sab. 16, 20h45
***
Z, de Costa-Gavras
O clássico do festival, este ano, é um dos grandes filmes políticos da história, vencedor do Oscar de melhor filme de língua não inglesa. Mostra um investigador seguindo as pistas do assassinato de um político de esquerda na Grécia, enquanto o governo vai usando sua rede de corrupção para abafar o caso. Costa-Gavras narra os eventos envolvendo o caso Lambrakis, ocorrido em 1963, na Grécia. Após um discurso pacifista, Grigoris Lambrakis foi atacado e golpeado na cabeça por extremistas de direita, morrendo dos ferimentos. “Z” se tornou uma pichação comum nos muros gregos, em memória de Lambrakis, significando “Ele está vivo” em grego antigo. Com Yves Montand, Irene Papas e Jean-Louis Trintignant.
Dom 10, 18h45
PROGRAMAÇÃO POR DIA:
QUINTA 7
15h10 | A Excêntrica Família de Gaspard |
17h15 | O Poder de Diane |
19h | Marvin |
21h15 | Primavera em Casablanca |
***
SEXTA 8
15h | Troca de Rainhas |
17h | O Retorno do Herói |
18h50 | Gauguin – Viagem ao Taiti |
20h50 | Nos Vemos no Paraíso |
***
SÁBADO 9
15h | A Raposa Má |
16h40 | Promessa ao Amanhecer |
19h10 | Carnívoras |
21h10 | O Amante Duplo |
***
DOMINGO 10
15h | 50 São os Novos 30 |
16h55 | O Retorno do Herói |
18h45 | Z |
21h10 | O Orgulho |
***
SEGUNDA 11
15h10 | A Busca do Chef Ducasse |
16h55 | O Amante Duplo |
19h | O Último Suspiro |
20h50 | A Noite Devorou o Mundo |
***
TERÇA 12
15h | Marvin |
17h15 | 50 São os Novos 30 |
19h10 | De Carona para o Amor |
21h15 | Promessa ao Amanhecer |
***
QUARTA 13
15h | Primavera em Casablanca |
17h20 | Gauguin – Viagem ao Taiti |
19h20 | Troca de Rainhas |
21h20 | Custódia |
***
QUINTA 14
15h | O Orgulho |
16h55 | Nos Vemos no Paraíso |
19h10 | O Amante Duplo |
21h15 | A Aparição |
***
SEXTA 15
15h | Carnívoras |
17h | Custódia |
18h55 | O Orgulho |
20h50 | A Excêntrica Família de Gaspard |
***
SÁBADO 16
15h30 | A Raposa Má |
17h10 | O Poder de Diane |
18h55 | O Retorno do Herói |
20h45 | De Carona para o Amor |
***
DOMINGO 17
18h | Nos Vemos no Paraíso |
20h15 | Promessa ao Amanhecer |
***
SEGUNDA 18
15h | Gauguin – Viagem ao Taiti |
17h | O Orgulho |
18h55 | A Aparição |
21h30 | Carnívoras |
***
TERÇA 19
15h | O Último Suspiro |
16h50 | Primavera em Casablanca |
19h10 | O Poder de Diane |
20h55 | A Busca do Chef Ducasse |
***
QUARTA 20
15h | Custódia |
16h55 | A Excêntrica Família de Gaspard |
19h | 50 São os Novos 30 |
20h55 | A Noite Devorou o Mundo |
DIÁRIO DE FILMES 2018: 11 – EU, DANIEL BLAKE
Em uma poderosa denúncia sobre um sistema que esmaga pessoas, Ken Loach mostra a crueldade da lógica da desumanização dos serviços em uma sociedade tida por muitos como um paraíso desejado. Daniel Blake é jogado em um labirinto burocrático kafkiano, onde sua médica o proíbe de voltar ao trabalho após um ataque cardíaco, mas a empresa que avalia o seguro-saúde para o governo britânico nega a ele o benefício. Ainda assim, ele encontra tempo e disposição para ajudar uma mãe e os filhos dela que parecem em situação ainda pior. Sóbrio, mas muito contudente.
Eu, Daniel Blake. I, Daniel Blake. Reino Unido/ França/ Bélgica, 2016. Direção: Ken Loach. Elenco: Dave Johns, Hayley Squires, Brianma Shann, Sharon Percy. Na Netflix.