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No meio de um dos maiores faroestes de todos os tempos, o diretor Howard Hawks arrumou um tempo para aproveitar o talento dos dois cantores de seu elenco: o crooner Dean Martin e o astro jovem Ricky Nelson. Eles cantam “My rifle, my pony and me” e “Get along home, Cindy” e criam um momento de camaradagem entre os delegados que estão segurando um assassino na cadeia e aguentando a pressão da gangue que quer soltá-lo. Até o Walter Brennan acompanha, faltou só o John Wayne cantar também.
Onde Começa o Inferno. Rio Bravo. Estados Unidos, 1959. Direção: Howard Hawks. Elenco: John Wayne, Dean Martin, Angie Dickinson, Ricky Nelson, Walter Brennan.
Cena anterior: Cabaret.
Liza Minnelli puxou a mãe, Judy Garland, em talento (em problemas também, mas isso é outra história). Infelizmente, ela apareceu para o cinema quando os grandes musicais já tinham saído de cena. Mas ainda deu tempo deu tempo de um trabalho para marcar época: Cabaret (1972), de Bob Fosse, pelo qual ganhou o Oscar de melhor atriz.
Um dos maiores cômicos da face deste planeta, Groucho Marx não seria ninguém no cinema mudo. Seu gênio estava no disparar de frases certeiras. Mas o momento mais antológico dos irmãos Marx é uma gag visual: o camarote minúsculo onde não pára de entrar gente. Mas as piadas verbais de Groucho tornam tudo ainda melhor. Uma moça bate à porta procurando a tia e ele diz: “Pode procurar. Se ela não estiver aí, você talvez encontre outra pessoa que sirva”.
Uma Noite na Ópera (1935), direção de Sam Wood, roteiro de George S. Kaufman e Morrie Ryskynd.
Depois de um tempo na prisão, Carlitos, absolutamente na pior, reencontra a florista cega que ajudou a voltar a enxergar. Pra mim, um dos melhores finais de todos os tempos: em plena aurora do cinema falado, Chaplin mostra que pode haver coisas mais importantes e reconhecíveis que a palavra.
Luzes da Cidade (1931), direção e roteiro de Charles Chaplin.
Um Frank Capra mais capriano do que nunca e um James Stewart fenomenal. Essa combinação foi fundamental para que A Felicidade Não se Compra se tornasse um favorito dos natais americanos e de inúmeros cinéfilos. Nâo é um filme natalino, propriamente, é um filme sobre a amizade, sobre um homem tão bom que não consegue não ajudar os outros. E que, quando precisa, é lembrado de como foi e é importante para tanta gente. Seu reencontro com a própria vida e o reconhecimento dos amigos a quem ajudou foi copiada, citada, imitada e ainda faz muita gente chorar.
A Felicidade Não se Compra (1946), dirigido por Frank Capra; roteiro de Frances Goodrich, Albert Hackett e Frank Capra, de história de Philip Van Doren Stern; cenas adicionais de Jo Swerling e contribuição não creditada de Michael Wilson.
O gênio Woody Allen se pautou em George Gershwin para compor o roteiro e a direção de Manhattan. E, como não poderia deixar de ser, o final é um gran finale: depois de uma decepção amorosa e de enumerar as coisas que fazem a vida valer à pena (cena que poderia estar aqui, aliás), Isaac chega ao rosto de Tracy, a namoradinha de 17 anos que ele dispensou pelo amor que não deu certo. Com Gershwin retumbante, ele corre para evitar que ela viaje para Londres – como ele sugeriu. E, chegando lá, ela se mostra mais uma vez mais madura do que ele. “O que são seis meses, se nos amamos?”, ela pergunta. “Não seja tão madura, ok?”, ele responde.
Manhattan (1979), dirigido por Woody Allen; roteiro de Woody Allen e Marshall Brickman.
François Truffaut declara seu amor à arte de fazer filmes, sob a linda trilha de Georges Delerue e com a ajuda do belíssimo rosto de Jacqueline Bisset.
A Noite Americana (1973), dirigido por François Truffaut; roteiro de François Truffaut, Jean-Louis Richard e Suzanne Schiffman.
Elia Kazan leva o cinema dos anos 1950 além do limite da sensualidade permitida pelo famigerado Código de Produção, através de Marlon Brando e Kim Hunter. Se alguém gritar “Stella!!” em um filme – qualquer um – saiba: é referência a esta cena.
Uma Rua Chamada Pecado (1951), dirigido por Elia Kazan; roteiro de Tennessee Williams, baseado em sua peça.
Para começar essa séria série, acho adequado que seja a minha cena favorita do meu filme favorito. Acompanhem Gene Kelly e Donald O’Connor, se puderem, em “Moses supposes” e reparem quantos cortes tem a cena. A dança não é construída na edição aqui, não, amigo: eles dançam mesmo.
Cantando na Chuva (1952), dirigido por Gene Kelly e Stanley Donen; roteiro de Betty Comden e Adolph Green; “Moses supposes” composta por Roger Edens, Betty Comden e Adolph Green.
O gênio Woody Allen se pautou em George Gershwin para compor o roteiro e a direção de Manhattan. E, como não poderia deixar de ser, o final é um gran finale: depois de uma decepção amorosa e de enumerar as coisas que fazem a vida valer à pena (cena que poderia estar aqui, aliás), ele Isaac chega ao rosto de Tracy, a namoradinha de 17 anos que ele dispensou pelo amor que não deu certo. Com Gershwin retumbante, ele corre para evitar que ela viaje para Londres – como ele sugeriu. E, chegando lá, ela se mostra mais uma vez mais madura do que ele. “O que são seis meses, se nos amamos?”, ela pergunta. “Não seja tão madura, ok?”, ele responde.
Manhattan (1979), dirigido por Woody Allen.