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Turismo de aventura

Tom Hanks e Ayelet Zurer na correria por Roma

Tom Hanks e Ayelet Zurer na correria por Roma

Havia uma má vontade muito grande com O Código DaVinci (2006), uma espécie de “torcida pelo fracasso” que acontece com determinados projetos que atraem muita atenção. O filme não foi uma obra-prima, mas também esteve longe de ser ruim. O diretor Ron Howard, Tom Hanks e o roteirista Akiva Goldsman voltaram para a continuação Anjos e Demônios (Angels & Demons, Estados Unidos, 2009). Com mais correria e menos polêmica, o grupo entregou outra boa aventura de mistério, desta vez sem polêmica.

O livro (e depois o filme) O Código DaVinci ganhou manchetes por falar em sua trama de um segredo envolvendo uma descendência de Cristo. Embora o livro Anjos & Demônios seja anterior a O Código DaVinci, o novo filme situa a história após o primeiro. Agora, o simbologista Robert Langdon é chamado pelo próprio Vaticano para ajudar a decifrar enigmas que ajudarão a encontrar quatro cardeais sequestrados e evitar a explosão de uma bomba de antimatéria (!) na sede da Igreja Católica.

Tudo remete aos Illuminatti, grupo secreto que estaria querendo vingança pelo que a Igreja fez a Galileu Galilei na época da Inquisição. Tudo acontece em seguida à morte de um papa e durante o conclave para a eleição do seguinte. Langdon e a cientista Vittoria Vetra (a israelense Ayelet Zurer, fazendo as vezes de italiana) precisam percorrer Roma para evitar a tragédia.

Como em O Código DaVinci, a regra aqui é não exigir muito. A corrida contra o tempo garante o entretenimento, embora falte na receita o elemento histórico universalmente conhecido, como a obra de Leonardo DaVinci para o filme anterior. Há bons momentos de suspense (apesar da alguns exageros), e Roma mostra mais uma vez (como em tantos outros filmes) como é belíssima. Procurar profundidade excessiva ou veracidade histórica demais é uma certa incoerência.

Anjos e Demônios. (Angels & Demons). Estados Unidos, 2009. Direção: Ron Howard. Elenco: Tom Hanks, Ewan McGregor, Ayelet Zurer, Stellan Skasgard, Pierfrancesco Favino, Armin Mueller-Stahl. Atualmente em cartaz em João Pessoa.