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20 – ROMANCE NA ITÁLIA ou VIAGEM À ITÁLIA (Viaggio in Italia)
Mídia física: DVD, em edições da Versátil, Cinemax e Silver Screen. Streaming: Filmbox Plus. YouTube: legendado.

Terceiro longa da parceria cinematográfico-romântica entre Ingrid Bergman e o diretor Roberto Rossellini (descontado o segmento em Nós, as Mulheres), é o filme que tem aparecido do cineasta na lista dos 100 melhores da Sight and Sound. Aqui ele deixa um pouco de lado o neorrealismo, centrando o foco no casal britânico na Itália, com passeios por museus e ruínas que representam a desagregação desse casamento. O final pouco inspirado não chega a arranhar seriamente o filme.
Itália/ França. Direção: Roberto Rossellini. Roteiro: Vitaliano Brancati e Roberto Rossellini, com colaboração de Antonio Pietrangeli, baseado em romance de Collette. Elenco: Ingrid Bergman, George Sanders, Maria Mauban, Anna Proclemer.

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19 – GUERRA DOS MUNDOS (The War of the Worlds)
Mídia física: DVD, em edições da Obras-Primas e da Paramount. Streaming: Não disponível no Brasil. Aluguel ou compra digitais: Apple TV/ iTunes, Amazon, Microsoft Store.

Muitos foram os filmes sobre invasões alienígenas nos anos 1950, muitos ecoando a paranoia anticomunista da guerra fria. Essa adaptação do livro clássico de H.G. Wells vai menos nisso e conta a chegada dos extraterrestres como um terror mais global, com a ambientação atualizada e efeitos especiais que ganharam o Oscar. É um marco do gênero.
Estados Unidos. Direção: Byron Haskin. Roteiro: Barré Lyndon, baseado em romance de H.G. Wells. Elenco: Gene Barry, Ann Robinson, Les Tremayne, Robert Cornthwaite, Cedric Hardwicke (narração).

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18 – PETER PAN ou AS AVENTURAS DE PETER PAN (Peter Pan)
Mídia física: DVD, blu-ray, da Disney. Streaming: Disney Plus.

Ainda a versão mais conhecida do garoto que não queria crescer e que enfrenta o Capitão Gancho na Terra do Nunca. Animação no estilo mais clássico da Disney, ótimas canções, personagens cativantes e o sublime momento da viagem mágica das crianças à Terra do Nunca. No centro de tudo, a questão do crescer, representada em Wendy, a mocinha que quer resistir ao tempo, mas que tem se comportar como mãe dos Garotos Perdidos.
Estados Unidos. Direção: Clyde Geronimi, Wilfred Jackson e Hamlton Luske, e, não creditado, Jack Kinney. Roteiro: Ted Sears, Erdman Penner, Bill Peet, Winston Hibler, Joe Rinaldi, Milt Banta, Ralph Wright, William Cottrell   e, não creditado, Don Christensen, baseado em peça de J.M. Barrie. Vozes na dublagem original: Bobby Driscoll, Kathryn Beaumont, Hans Conried, Bill Thompson. Vozes na dublagem brasileira: Lauro Fabiano, Therezinha, Aloysio de Oliveira, Orlando Drummond.

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17 – O PREÇO DE UM HOMEM (The Naked Spur)
Mídia física: DVD (na coleção Cinema Faroeste – Vol. 11, da Versátil). Streaming: Não disponível no Brasil.

Terceiro faroeste da colaboração entre James Stewart e o diretor Anthony Mann. Jimmy é um personagem amargurado e obsessivo, tentando levar um assassino à Justiça para receber a recompensa. Mas as contingências o fazem ter que aceitar dois parceiros, aumentando a tensão dessa viagem. São apenas cinco atores, numa trama simples e direta, narrada com a perícia costumeira de Mann.
Estados Unidos. Direção: Anthony Mann. Roteiro: Sam Rolfe e Harold Jack Bloom. Elenco: James Stewart, Janet Leigh, Robert Ryan, Ralph Meeker, Millard Mitchell.

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16 – DUCK DODGERS NO SÉCULO 24½ (Duck Dodgers in the 24½th Century)
Mídia física: DVD (em Coleção Looney Tunes – Aventuras com Patolino e Gaguinho, da Warner). Streaming: HBO Max. Dailymotion: dublado.

Com um visual futurista antológico, este curta da Warner levou o Patolino ao futuro para “interpretar” um herói espacial vagamente inspirado por Buck Rogers. Em parceria com o Gaguinho, ele ruma para o Planeta X para tomar posse antes que, Marvin, o Marciano, o faça. O filme é um ponto alto na série com o pato em outros cenários e parodiando outros personagens famosos, como Sherlock Holmes ou Robin Hood.
Estados Unidos. Direção: Chuck Jones. Roteiro: Michael Maltese. Voz na dublagem original: Mel Blanc.

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15 – INFERNO Nº17 (Stalag 17)
Mídia física: DVD, da Paramount. Streaming: Não disponível no Brasil. YouTube: legendado.

Num campo de prisioneiros, a morte de dois americanos que tentavam fugir acende a desconfiança entre os cativos: quem é o traidor entre eles, passando o serviço para os alemães? William Holden ganhou o Oscar de melhor ator com um personagem antipático, o diretor Otto Preminger comparece como ator e Billy Wilder conseguiu um grande sucesso do público unindo comédia, drama e suspense.
Estados Unidos. Direção: Billy Wilder. Roteiro: Billy Wilder e Edwin Blum, baseado na peça de Donald Bevan e Edmund Trzcinski. Elenco: William Holden, Don Taylor, Otto Preminger, Robert Strauss, Peter Graves.

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14 – ANJO DO MAL (Pickup on South Street)
Mídia física: DVD (na coleção Filme Noir – Vol. 1, da Versátil). Streaming: Não disponível no Brasil. YouTube: legendado.

Um noir já no espírito da guerra fria, o filme escrito e dirigido por Samuel Fuller coloca um batedor de carteiras no meio de uma trama de espionagem quando toma posse de um microfilme importante. Começa aí um jogo de pressão e negociação. Fuller é o durão de sempre, menos no que diz respeito à personagem da monumental Thelma Ritter, merecedora da compaixão do diretor.
Estados Unidos. Direção: Samuel Fuller. Roteiro: Samuel Fuller, a partir do argumento de Dwight Taylor. Elenco: Richard Widmark, Jean Peters, Thelma Ritter, Murvyn Vye.

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13 – O CANGACEIRO
Mídia física: DVD, da Versátil. Streaming: Não disponível no Brasil. YouTube: som original.

Primeiro sucesso internacional do cinema brasileiro, foi o cartão de visitas da Companhia Cinematográfica Vera Cruz, a partir da vistosa abertura ao som de “Mulher rendeira”. Bebendo na fonte do faroeste americano, ganhou o prêmio de filme de aventura em Cannes (naquele ano, filmes foram premiados também por gênero). É super melodramática a história do cangaceiro que entra em conflito com o chefe para proteger uma professorinha, mas um dos grandes filmes míticos nacionais.
Brasil. Direção: Lima Barreto. Roteiro: Lima Barreto, com diálogos de Rachel de Queiroz. Elenco: Alberto Ruschel, Marisa Prado, Milton Ribeiro, Vanja Orico, Adoniran Barbosa, Zé do Norte.

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12 – MÔNICA E O DESEJO ou MONIKA E O DESEJO (Sommaren med Monika)
Mídia física: DVD, da Versátil. Streaming: Belas Artes a la Carte. YouTube: legendado.

Antes das narrativas mais densas, psicológicas ou místicas de O Sétimo Selo (1957), Morangos Silvestres (1957), O Silêncio (1962) ou Persona (1966), Ingmar Bergman fazia abordagens mais diretas como este “Mônica e o Desejo”, que completa 70 anos este ano. A trama é de um jovem casal de namorados que foge da vida sacrificada para um idílio de verão em uma ilha. Os dois resolvem simplesmente viver juntos longe de tudo, mas a realidade depois se impõe e uma série de dificuldades vão testar o relacionamento. O filme fez muito barulho no lançamento nos Estados Unidos por causa de uma cena de nudez (de costas) de Harriet Andersson, além de outros momentos insinuantes. O atrito entre a busca por liberdade (inclusive sexual) e a opressão da sociedade e suas regras é tratado em uma narrativa fácil de acompanhar.
Suécia. Direção: Ingmar Bergman. Roteiro: Per Anders Fogelström e, não creditado, Ingmar Bergman, baseado no romance de Fogelström. Elenco: Harriet Andersson, Lars Ekborg, Dagmar Ebbesen, Ake Fridell.

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11 – OS HOMENS PREFEREM AS LOIRAS (Gentlemen Prefer Blondes)
Mídia física: DVD, blu-ray, da Fox. Streaming: Star Plus.

“Diamonds are a girl’s best friend” é uma das grandes imagens do cinema, e Marilyn Monroe ainda era o segundo nome nos créditos, mas sairia deste filmes como estrela absoluta. Howard Hawks dirige uma comédia musical com duas mulheres se virando em um mundo masculino, em busca de um marido rico ou de sexo (mas se tiver um pouco de romance, melhor). Jane Russell faz um tipo mais cínico, enquanto Marilyn consagrava seu tipo que misturava inocência e sex appeal.
Estados Unidos. Direção: Howard Hawks. Roteiro: Charles Lederer, baseado no musical de Joseph Fields e Anita Loos. Elenco: Jane Russell, Marilyn Monroe, Charles Coburn, Elliott Reid, Tommy Noonan.

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10 – A UM PASSO DA ETERNIDADE (From Here to Eternity)
Mídia física: DVD, blu-ray, da Sony. Streaming: Não disponível no Brasil. Aluguel ou compra digitais: Google Play/ YouTube Filmes, Apple TV/ iTunes, Amazon.

Os dramas numa base militar americana, a partir do soldado que é pressionado a lutar boxe por seu pelotão, levando a conflitos cada vez mais violentos. Por outro lado, o filme ficou marcado pela cena intensa e então controversa de beijo entre Burt Lancaster e Deborah Kerr, os dois rolando na areia da praia. Mas essa base é Pearl Harbor, às vésperas do ataque japonês na II Guerra Mundial. Vencedor de 8 Oscars, incluindo melhor filme, direção e um prêmio de ator coadjuvante para Frank Sinatra que reergueu a carreira do ator-cantor.
Estados Unidos. Direção: Fred Zinnemann. Roteiro: Daniel Taradash, baseado no romance de James Jones. Elenco: Burt Lancaster, Montgomery Clift, Deborah Kerr, Donna Reed, Frank Sinatra, Philip Ober, Ernest Borgnine, Jack Warden, George Reeves.

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9 – PATO FURIOSO (Duck Amuck)
Mídia física: DVD (na Coleção Looney Tunes – Aventuras com Patolino e Gaguinho, da Warner). Streaming: HBO Max. Vimeo: som original, dublado.

Patolino enfrenta uma batalha contra seu animador, que o apaga e o redesenha como quer. Obra-prima que ignora completamente a quarta parede e é um tour de force do personagem, que atua praticamente sozinho o tempo todo, sendo levado ao limite do desespero. E a maneira como brinca com a imagem e o som é bárbara. Não por acaso frequenta listas de melhores cartoons de todos os tempos.
Estados Unidos. Direção: Chuck Jones. Roteiro: Michael Maltese, com diálogos de Ben Wansham (não creditado). Voz na dublagem original: Mel Blanc.

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8 – OS CORRUPTOS (The Big Heat)
Mídia física: DVD (solo, da Columbia, e na coleção Filme Noir – Vol. 2, da Versátil). Streaming: Belas Artes a la Carte, Looke, NetMovies.

O emblemático filme noir de Fritz Lang traz elementos narrativos que depois se tornaram clichês no gênero policial: Glenn Ford encara sozinho barões do crime de sua cidade, contrasta a brutalidade do trabalho com uma vida familiar tranquila, mistura justiça com vingança, tem que entregar distintivo e arma aos superiores quando insiste em investigar as coisas do seu jeito. Em um de seus primeiros papéis de destaque, Lee Marvin mostra a que veio e se põe à altura de Glenn Ford e da insinuante Gloria Grahame.
Estados Unidos. Direção: Fritz Lang. Roteiro: Sidney Boehm, baseado em história seriada de William P. McGivern. Elenco: Glenn Ford, Gloria Grahame, Jocelyn Brando, Alexander Scourby, Lee Marvin, Jeanette Nolan, Carolyn Jones.

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7 – AS FÉRIAS DO SR. HULOT (Les Vacances de Monsieur Hulot)
Mídia física: DVD (solo, em edições da Obras-Primas e da Cult Classic, e na caixa A Obra Completa de Jacques Tati, da Obras-Primas). Streaming: Não disponível no Brasil. YouTube: legendado.

A estreia do personagem Sr. Hulot, um sujeito simpático e desengonçado que tem dificuldades para lidar com as praticidades do mundo. O cenário aqui é um balneário para onde muita gente vai em dias de verão, em um desfile de esquetes e situações, sem uma grande história central e praticamente sem diálogos. Eles só atrapalhariam o humor puramente visual de Jacques Tati.

Crítica de As Férias do Sr. Hulot:
Dispensando as palavras

França. Direção: Jacques Tati. Roteiro: Jacques Tati e Henri Marquet, com colaboração de Pierre Aubert e Jacques Lagrange. Elenco: Jacques Tati, Nathalie Pascaud, Micheline Rolla, Valentine Camax.

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6 – CONTOS DA LUA VAGA (Ugetsu Monogatari)
Mídia física: DVD (edição solo, da Lume, ou no digistack O Cinema de Mizoguchi, da Versátil). Streaming: Belas Artes a la Carte, Oldflix, Filmebox Plus. YouTube: som original, com legendas em inglês.

Dos anos em que o Ocidente estava descobrindo o cinema japonês, Contos da Lua Vaga, que completa 70 anos este ano, foi um dos seis vencedores do Leão de Prata no Festival de Veneza (não teve Leão de Ouro naquele ano) transportando o espectador para o Japão do século XVI para testemunhar uma trama de drama e amor em meio a uma guerra civil. Dois irmãos são obcecados por suas ambições e , por causa disso, põem em risco suas famílias. Um deixa a esposa para trás para tentar virar um samurai. Outro também relega a esposa enquanto quer vender mais de suas cerâmicas, se arriscando a ser capturado por um grupo inimigo ou por uma mulher misteriosa. Sedução, mistério e tragédia, além de um toque sobrenatural, estão entrelaçadas na narrativa de Mizoguchi, em um de seus últimos filmes – o cineasta morreu três anos depois.
Japão. Direção: Kenji Mizoguchi. Roteiro: Matsutarô Kawaguchi e Yoshikata Yoda, com diálogos de Isamu Yoshii, baseado em ideia de Hisakazu Tsuji e em contos de Akinari Ueda. Elenco: Masayuki Mori, Kinuyo Tanaka, Mitsuko Mito, Eitaro Ozawa, Machilko Kyo.

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5 – O SALÁRIO DO MEDO (Le Salaire de la Peur)
Mídia física: DVD, da New Line. Streaming: Não disponível no Brasil.

Um dos grandes clássicos do suspense mostra dois caminhões carregados de nitroglicerina atravessando uma estrada na América Latina, onde cada buraco na pista pode causar uma grande explosão que fará veículo e motoristas em pedaços. Depois de uma longa introdução em um vilarejo miserável, onde são apresentados os personagens, tão desesperados que aceitam a missão suicida em troca de uma bolada, vem a viagem, com tensão do início ao fim.
França/ Itália. Direção: Henri-Georges Clouzot. Roteiro: Henri-Georges Clouzot e Jérôme Géronimi, baseado no romance de Georges Arnaud. Elenco: Yves Montand, Charles Vanel, Folco Lulli, Peter van Eyck, Véra Clouzot.

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4 – A PRINCESA E O PLEBEU (Roman Holiday)
Mídia física: DVD, da Paramount. Streaming: Belas Artes a la Carte. Aluguel ou compra digitais: Google Play/ YouTube Filmes, Apple TV/ iTunes, Amazon, Microsoft Store.

Gregory Peck insistiu para que o nome da iniciante Audrey Hepburn ocupasse um lugar ao lado do seu em destaque nos cartazes. Disse que não queria fazer papel de bobo com seu nome sozinho em destaque quando ela é que seria a verdadeira estrela do filme. O astro não se enganou: a história da princesa que, em visita oficial a Roma, foge dos chatos afazeres diplomáticos para viver um dia de garota comum na cidade deu o Oscar de melhor atriz a Audrey e fez dela estrela de primeira grandeza. A belíssima comédia romântica tira proveito das locações (na época ainda era raro Hollywood filmar em outros países) e William Wyler equilibra humor, romance, graça, um ar jovial, aproveita improvisos e um dramático e belo final.
Estados Unidos. Direção: William Wyler. Roteiro: Dalton Trumbo, Ian McLellan Hunter e John Dighton, a partir de argumento de Trumbo e Hunter. Elenco: Audrey Hepburn, Gregory Peck, Eddie Albert, Hartley Power.

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3 – A RODA DA FORTUNA (The Band Wagon)
Mídia física: DVD (edições da Warner e da Classicline). Streaming: Looke, NetMovies. Aluguel ou compra digitais: Apple TV/ iTunes.

O que Cantando na Chuva é para o cinema, A Roda da Fortuna é para o teatro. Os mesmos roteiristas criam a história do astro veterano dos musicais que é convidado para um espetáculo na Broadway. Mas um celebrado diretor pega esse espetáculo despretensioso para transformá-lo numa versão de Fausto. Cyd Charisse é a bailarina clássica também chamada para o show. Fazer essa colcha de retalhos funcionar, driblando as vaidades de todo mundo, é o desafio do grupo. Muito engraçado, com a direção brilhante de Minnelli, grandes canções e números espetaculares coreografados por Michael Kidd, como “Dancing in the dark”, dueto romântico no Central Park, e o clímax que parodia os romances policiais. Um grande catálogo dos talentos de todos os envolvidos, liderados por um Fred Astaire genial e até experimentando coisas novas na coreografia.
Estados Unidos. Direção: Vincente Minnelli. Roteiro: Betty Comden e Adolph Green, com colaboração Norman Corwin e Alan Jay Lerner. Elenco: Fred Astaire, Cyd Charisse, Oscar Levant, Nanette Fabray, Jack Buchanan, Ava Gardner.

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2 – OS BRUTOS TAMBÉM AMAM (Shane)
Mídia física: DVD, blu-ray (da Paramount). Streaming: Globoplay/ Telecine, Oi Play.

Western seminal em que um homem chega do nada e ajuda uma família de lavradores contra poderosos pecuaristas que tentam expulsá-los. Shane tem um passado que tenta esquecer, se apaixona pela família, desperta a admiração de um garoto. Mas é empurrado de volta para a violência. Tiros são mostrados com som aumentado para realçar a força e também como ponto de vista do menino. Do personagem principal, pode-se apenas imaginar sobre o que viveu, o que talvez sinta pela esposa do amigo e a brutalidade fez a ele, tudo levando àquele final comovente.
Estados Unidos. Direção: George Stevens. Roteiro: A.B. Guthrie Jr., com diálogos adicionais de Jack Sher, baseado no romance de Jack Schaefer. Elenco: Alan Ladd, Van Heflin, Jack Warden, Brandon De Wilde, Jack Palance, Ben Johnson, Elisha Cook Jr.

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1 – ERA UMA VEZ EM TÓQUIO ou VIAGEM A TÓQUIO (Tokyo Monogatari)
Mídia física: DVD (no digistack O Cinema de Ozu – Vol. 1, da Versátil). Streaming: Belas Artes a la Carte, FilmBox Plus. YouTube: legendado.

O rigor narrativo e estético do japonês Ozu está mais uma vez a serviço de um drama familiar. Acompanhamos um casal idoso, que viaja a Tóquio para rever os filhos. Mas os filhos acabam não dando tanta atenção aos pais, que recebem um pouco mais de carinho da nora viúva. A câmera baixa, quase sem movimentos, os planos e contraplanos com personagens falando diretamente para a câmera, os planos de corredor e de paisagem, o tom sereno da consciência de que a vida inexoravelmente segue em frente. São emoções profundas contadas de uma maneira minimalista, em um filme sempre citado entre os melhores de todos os tempos.
Japão. Direção: Yasujiro Ozu. Roteiro: Kogo Noda e Yasujiro Ozu. Elenco: Chishu Ryu, Chieko Higashiyama, Setsuko Hara, Haruko Sugimura, So Yamamura, Kuniko Miyake, Kyoko Kagawa.

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OUTRAS LISTAS DE MELHORES:

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NOTA: A percepção sobre os filmes mudam com o tempo. Esta é a minha percepção agora, limitada ao que vi, naturalmente — esta lista pode mudar à medida em que for revisitando alguns filmes ou assistir a outros que ainda não conheço deste ano específico.

20 – INFÂMIA (The Children’s Hour)
Onde ver: DVD.

A peça de Lillian Hellman sobre duas professoras que têm suas vidas transformadas num inferno quando uma aluna as acusa de lesbianismo foi levada ao cinema pela primeira vez em 1936, pelo próprio William Wyler, mas com o tema da fofoca mudado. Foi restabelecido nessa nova versão, embora ainda atenuando o tema por causa do Código Hays. Mas tem um grande diretor e duas grandes atrizes.
Estados Unidos. Direção: William Wyler. Roteiro: John Michael Hayes, baseado na peça de Lillian Hellman. Elenco: Audrey Hepburn, Shirley MacLaine, James Garner, Karen Balkin, Miriam Hopkins, Fay Bainter, Veronica Cartwright.

Crítica de Infâmia:
Fofoca corrosiva

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19 – UMA MULHER É UMA MULHER (Une Femme Est une Femme)
Onde ver: DVD, Telecine Play.

Jean-Luc Godard fazendo comédia. É estranho, como todos imaginaríamos ser. A trama mostra uma mulher querendo ser mãe e em conflito com o marido, que acaba sugerindo um amigo como alternativa. Anna Karina, uma das musas de Godard, está em seu primeiro filme; Godard em seu segundo, fazendo piscadelas metalinguísticas e brincando com absurdos, como Brialy andando de bicicleta dentro de casa. 
França/ Itália. Direção: Jean-Luc Godard. Roteiro: Jean-Luc Godard, com argumento de Geneviève Cluny. Elenco: Anna Karina, Jean-Claude Brialy, Jean-Pierre Belmondo, Jeanne Moreau.

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18 – EL CID (El Cid)
Onde ver: DVD, blu-ray, YouTube (legendado; dublado).

Um epicão contando a história de um herói espanhol do século XI, entre vinganças familiares e as batalhas contra um invasor mouro. Milhares de extras e personagens maiores que a vida, filmados pelo grande artesão Anthony Mann. Não se fazem mais filmes assim. 
Itália/ Estados Unidos. Direção: Anthony Mann. Roteiro: Phillip Yordan, Fredric M. Frank e Ben Barzman (não creditado), com argumento de Frank. Elenco: Charlton Heston, Sophia Loren, Raf Vallone, Geneviève Page, John Fraser.

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17 – OS CANHÕES DE NAVARONE (The Guns of Navarone)
Onde ver: DVD, blu-ray, Claro Vídeo, Google Play/ YouTube Filmes, Apple TV/ iTunes, Microsoft Store, YouTube (dublado).

Aventura clássica de guerra, com uma tropa de elite que deve sabotar grandes canhões nazistas em uma ilha grega, permitindo o resgate de aliados. O elenco carismático sustenta bem a história, dirigida com a competência de sempre por Thompson. 
Reino Unido/ Estados Unidos. Direção: J. Lee Thompson. Roteiro: Carl Foreman, baseado no romance de Alistair MacLean. Elenco: Gregory Peck, David Niven, Anthony Quinn, Irene Papas, Stanley Baker, Gia Scala.

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16 – O TERROR DAS MULHERES (The Ladies Man)
Onde ver: DVD, Apple TV/ iTunes, Microsoft Store.

Jerry Lewis de novo cria uma situação para desfilar uma série de esquetes. Aqui, é um jovem traumatizado com o sexo oposto que acaba indo trabalhar numa pensão com uma multidão de mulheres. Ali, ele lida com as necessidades de cada uma, uma equipe de TV que vem filmar um documentário, um bichinho de estimação perigoso, arrumar o chapéu de um irritado Buddy Lester e o quarto surrealista da Srta. Cartilagem. Como diretor, Lewis usou uma pequena câmera de vídeo ao seu lado para conferir o enquadramento (a invenção do video assist) e comandou um gigantesco cenário vazado de três andares, onde a câmera passava de um quarto a outro. 
Estados Unidos. Direção: Jerry Lewis. Roteiro: Jerry Lewis e Bill Richmond, e Mel Brooks (não creditado). Elenco: Jerry Lewis, Helen Traubel, Pat Stanley, Kathleen Freeman, George Raft, Buddy Lester, Harry James.

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15 – DESAFIO À CORRUPÇÃO (The Hustler)
Onde ver: DVD, Star Plus.

Um drama sobre sinuca? Robert Rossen dirige esse filme sobre um jovem e ambicioso talento (Paul Newman), obcecado em derrubar um veterano imbatível (Jackie Gleason), e que entra em crise existencial quando não consegue, dando início a um drama sobre personagens autodestrutivos. Newman (que voltou ao personagem em A Cor do Dinheiro, de 1986) e Gleason (que era bom mesmo) fizeram eles mesmo quase todas as cenas de jogo. O título brasileiro não tem muito a ver.
Estados Unidos. Direção: Robert Rossen. Roteiro: Sidney Carroll e Robert Rossen, baseado no romance de Walter Tevis. Elenco: Paul Newman, Jackie Gleason, Piper Laurie, George C. Scott, Jake LaMotta.

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14 – CLAMOR DO SEXO (Splendor in the Grass)
Onde ver: DVD, Apple TV/ iTunes.

No fim dos anos 1920, Natalie Wood e Warren Beatty são jovens apaixonados e pegando fogo – mas a decisão de transar ou não poderia marcar uma moça para sempre, enquanto ele é pressionado pelo pai rico a não engravidar a garota pobre e complicar seu futuro. A pressão leva a jovem ao colapso, enquanto a quebra da Bolsa de Nova York se avizinha, sorrateira. Um grande drama de Kazan, mais uma vez numa luta contra o conservadorismo paranoico do Código Hays, e com uma direção muito rica. As cenas de Natalie Wood atraindo Beatty para o carro e perdendo a razão na cachoeira são memoráveis, assim como a sequência final.
Estados Unidos. Direção: Elia Kazan. Roteiro: William Inge. Elenco: Natalie Wood, Warren Beatty, Pat Hingle, Audrey Christie, Barbara Loden, Zohra Lampert.

Crítica de Clamor do Sexo:
A repressão e a depressão

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13 – VIRIDIANA (Viridiana)
Onde ver: DVD.

Buñuel voltou à Espanha após mais de duas décadas e já arrumou problemas: seu retrato da noviça que é objeto de desejo do tio, e que acolhe miseráveis na casa que herda dele, com esses mendigos encenando o quadro “A última ceia”, ganhou a Palma de Ouro em Cannes. Mas causou tanto escândalo que foi acusado de blasfêmia pelo jornal do Vaticano e foi proibido na Espanha – a censura ao filme só caiu após a morte de Franco, em 1977. Não há tudo isso de escandaloso, ainda mais aos olhos de hoje. O diretor satiriza as instituições, sobretudo religiosas, na pele deslumbrante da pobre Viridiana (a mexicana Silvia Pinal). 
Espanha/ México. Direção: Luís Buñuel. Roteiro: Julio Alejandro e Luís Buñuel, baseado no romance de Benito Pérez Galdós. Elenco: Silvia Pinal, Francisco Rabal, Fernando Rey, Margarita Lozano.

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12 – A NOITE (La Notte)
Onde ver: DVD, Telecine Play, YouTube.

Segundo filme da (informal) Trilogia da Incomunicabilidade de Antonioni. É mais digerível que A Aventura (1960), com a história de um casal em certa crise que começa o dia visitando um amigo moribundo no hospital e encerra numa festa na casa de ricaços, Da abertura linda que observa Milão enquanto a câmera desce a fachada de edifícios ao final, o filme emoldura a cidade, até o final no gramado, se o urbano por perto – entre eles, encontros episódicos com, por exemplo, uma ninfomaníaca no hospital ou uma jovem rica também em crise.
Itália/ França. Direção: Michelangelo Antonioni. Roteiro: Michelangelo Antonioni, Ennio Flaiano e Tonino Guerra. Elenco: Marcello Mastroianni, Jeanne Moreau, Monica Vitti, Bernhard Wicki.

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11 – OS DESAJUSTADOS (The Misfits)
Onde ver: DVD, blu-ray, Looke, NetMovies, Apple TV/ iTunes.

Marilyn era casada com Arthur Miller e foi para ela que ele escreveu esse roteiro, onde uma mulher arrebatadoramente sexy, mas angelical, se envolve com caçadores de cavalos selvagens, uma atividade brutal demais para sua sensibilidade. Foi o último filme tanto de Gable quanto de Marilyn, e prova de quão bons atores ambos podiam ser. 
Estados Unidos. Direção: John Huston. Roteiro: Arthur Miller. Elenco: Clark Gable, Marilyn Monroe, Montgomery Clift, Thelma Ritter, Eli Wallach.

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10 – O ANO PASSADO EM MARIENBAD (L’Année Dernière à Marienbad)
Onde ver: DVD, Looke, NetMovies.

O enigmático filme de Alain Resnais parte de um grupo isolado em uma casa de campo, na qual um homem tenta convencer uma mulher de que eles se conheceram e se apaixonaram no ano anterior. Terá sido mesmo? Em volta disso, a atmosfera fantasmagórica e hipnótica nas imagens que passam pelos tetos e paredes, no jardim com estátuas e estranhas plantas em forma de cone. O significado de tudo e cada coisa é um convite a discussões pós-filme – mas não se deve esperar conclusões.
França/ Itália. Direção: Alain Resnais. Roteiro: Alain Robbe-Grillet. Elenco: Delphine Seyrig, Giorgio Albertazzi, Sacha Pitoëff.

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9 – O MOCINHO ENCRENQUEIRO (The Errand Boy)
Onde ver: DVD.

Jerry Lewis leva suas trapalhadas para dentro de um estúdio de cinema. Sua força caótica vem da estrutura episódica, em que várias cenas funcionam isoladamente – como Jerry dando um show de mímica imitando o chefão em uma reunião, ao som de Count Basie, ou a sequência hilariante com o elevador lotado.
Estados Unidos. Direção: Jerry Lewis. Roteiro: Jerry Lewis e Bill Richmond. Elenco: Jerry Lewis, Brian Donlevy, Howard McNear.

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8 – OS INOCENTES (The Innocents)
Onde ver: DVD, blu-ray, YouTube (legendado; dublado).

Clássico do terror da época em que o gênero investia mais no clima sombrio do que nos sustos fáceis, mostrando uma governanta que desconfia (ou imagina) que fantasmas rondam a casa isolada, onde cuida de duas crianças estranhas. O visual elegante é resultado de uma direção muito marcante, que já começa o filme com uma canção sinistra em fundo totalmente preto antes até do logo da 20th Century-Fox. 
Reino Unido. Direção: Jack Clayton. Roteiro: William Archibald e Truman Capote, com cenas e dialogos adicionais por John Mortimer, baseado em romance de Henry James. Elenco: Deborah Kerr, Megs Jenkins, Martin Stephens, Pamela Franklin, Peter Wyngarde, Michael Redgrave.

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7 – UM GOSTO DE MEL (A Taste of Honey)
Onde ver: DVD (só e na coleção Nouvelle Vague Britânica).

Uma Inglaterra jovem, sem perspectiva e muito longe da corte. O free cinema britânico tem um de seus maiores representantes, com a história da adolescente que tem uma mãe picareta. Quando ela engravida, acaba encontrando apoio em outro proscrito: um amigo gay. Com a vibração e o realismo que marcou o movimento, tem no papel principal uma grande estreia: a de Rita Tushingham.
Reino Unido. Direção: Tony Richardson. Roteiro: Shelagh Delaney e Tony Richardson, baseado em peça de Delaney. Elenco: Rita Tushingham, Dora Bryan, Murray Melvin, Paul Danquah.

Crítica de Um Gosto de Mel:
A Inglaterra jovem muito longe da corte

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6 – 101 DÁLMATAS ou A GUERRA DOS DÁLMATAS (One Hundred and One Dalmatians)
Onde ver: DVD, blu-ray, Disney Plus, YouTube (dublado).

101 Dálmatas marcou o começo de uma nova era na Disney. Um design mais simples, menos delicado e a tecnologia da xerox usada na produção. Também é uma história contemporânea e longe dos contos de fadas: filhotes de dálmata são sequestrados e seus pais vão ao resgate. A vilã inesquecível é Cruella DeVille, que quer os bichinhos para fazer um casaco com a pele deles! Charme e grande destreza na narrativa de aventura pelo trio de diretores, veteranos nos estúdios Disney.
Estados Unidos. Direção: Clyde Geronimi, Hamilton Luske, Wolfgang Reitherman. Roteiro: Bill Peet, baseado no livro de Dodie Smith. Vozes na dublagem original: Rod Taylor, Betty Lou Gerson, Ben Wright. Vozes na dublagem brasileira: Domingos Martins, Margarida Rey, Hélio Colonna.

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5 – CUPIDO NÃO TEM BANDEIRA (One, Two, Three)
Onde ver: DVD.

A comédia maluca de Billy Wilder é testemunha de seu tempo. É sobre um executivo da Coca-Cola em Berlim Ocidental que recebe a filha do chefão da companhia e ela se apaixona por um comunista padrão do lado oriental. Na época, o trânsito era possível entre os dois lados e o Muro de Berlim foi erguido enquanto o filme estava sendo rodado. A ambientação pode ter ficado velha rápido, mas o filme tem James Cagney metralhando diálogos e muito sarcasmo tanto sobre o capitalismo quanto sobre o comunismo.
Estados Unidos. Direção: Billy Wilder. Roteiro: Billy Wilder e I.A.L. Diamond, baseado na peça de Ferenc Molnár. Elenco: James Cagney, Horst Buchholz, Pamela Tiffin, Arlene Francis.

Crítica de Cupido Não Tem Bandeira:
Vai e vem antes do Muro de Berlim

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4 – ATRAVÉS DE UM ESPELHO (Såsom i en Spegel)
Onde ver: DVD, YouTube.

Primeiro exemplar da chamada Trilogia do Silêncio, de Bergman, só tem quatro atores, interpretando pai, filha e seu marido, e o irmão dela, isolados em casa numa ilha. Ela, se recuperando de problemas mentais, que voltam quando ela começa a ouvir vozes. Os problemas da filha expõem a desagregação da família. O silêncio da trilogia, no caso, é o silêncio de Deus. Bergman extrai tudo de seus atores e seus rostos, a partir de uma extraordinária Harriet Andersson.
Suécia. Direção e roteiro: Ingmar Bergman. Elenco: Harriet Andersson, Gunnar Björnstrand, Max von Sydow, Lars Parsgård.

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3 – BONEQUINHA DE LUXO (Breakfast at Tiffany’s)
Onde ver: DVD, blu-ray, Telecine Play, Oldflix, Claro Vídeo, Apple TV/ iTunes, Microsoft Store, YouTube (dublado).

Truman Capote não teria escolhido Audrey Hepburn para interpretar Holly Golightly, a acompanhante que vai tirando dinheiro dos homens enquanto almeja um futuro melhor, simbolizado pela joalheria Tiffany’s. Enquanto isso, se envolve com um escritor tão pé-rapado quanto ela, sustentado por uma amante rica. Capote estava errado: Audrey é ponto crucial para este filme ter se tornado um clássico imortal, charmoso toda vida, com a direção classuda e irreverente de Blake Edwards, o figurino de Givenchy para a atriz, a música antológica de Henry Mancini (incluindo “Moon river”, que Audrey imortalizou).  
Estados Unidos. Direção: Blake Edwards. Roteiro: George Axelrod, baseado em romance de Truman Capote. Elenco: Audrey Hepburn, George Peppard, Patricia Neal, Buddy Ebsen, Martin Balsam, Mickey Rooney, José Luis de Villalonga.

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2 – AMOR, SUBLIME AMOR (West Side Story)
Onde ver: DVD, blu-ray, Telecine Play, Oi Play, Google Play/ YouTube Filmes, Apple TV/ iTunes.

Esta releitura de Romeu e Julieta coloca jovens americanos e porto-riquenhos como versões dos Montéquio e dos Capuleto, com o ex-líder de uma gangue e a irmã do líder da outra se apaixonando. Adaptação do musical da Broadway, faturou 10 Oscars e revolucionou o gênero, com uma dança moderna e entranhada na narrativa a ponto de desafiar o público. Muitos números marcantes (o duelo de dança no baile, “Tonight” como a cena do balcão, “America” contestando o sonho americano, a molecagem de “Gee, Officer Krupke”…) e os coadjuvantes Rita Moreno e George Chakiris arrasando. 
Estados Unidos. Direção: Robert Wise e Jerome Robbins. Roteiro: Ernest Lehman, baseado no libreto de Arthur Laurents para a peça concebida por Robbins, por sua vez inspirada em Romeu e Julieta, de William Shakespeare. Elenco: Natalie Wood, Richard Beymer, Russ Tamblyn, Rita Moreno, George Chakiris.

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1 – YOJIMBO – O GUARDA-COSTAS (Yojimbo)
Onde ver: DVD, Belas Artes a la Carte.

No começo de Yojimbo, o samurai vivido por Toshiro Mifune vaga por uma estrada até chegar a uma bifurcação. Joga um galho para cima, para decidir na sorte por qual dos dois caminhos seguir. O escolhido o leva a uma cidade onde é recebido por um cachorro com uma mão decepada na boca. Lá, ele se depara com uma comunidade oprimida pela guerra entre duas facções. E resolve destruir as duas. Um espetáculo de aventura de Kurosawa, depois refilmado como faroeste (o samurai sem destino na entrada e na saída inspirou o homem sem nome de Clint Eastwood, nos filmes de Sergio Leone) e filme de gangsters, entre outras versões.
Japão. Direção: Akira Kurosawa. Roteiro: Akira Kurosawa e Ryuzo Kikushima. Elenco: Toshiro Mifune, Tatsuya Nakadai, Yoko Tsukasa, Isuzu Yamada.

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OUTRAS LISTAS DE MELHORES:

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NOTA: A percepção sobre os filmes mudam com o tempo. Esta é a minha percepção agora, limitada ao que vi, naturalmente — esta lista pode mudar à medida em que for revisitando alguns filmes ou assistir a outros que ainda não conheço deste ano específico.

20 – O BARCO DAS ILUSÕES (Show Boat)
Onde ver: DVD, Looke, NetMovies.

40 anos dos dramas dos atores e pessoa de apoio de um barco que cruza o Rio Mississipi apresentando um espetáculo para as cidades às margens do rio. O melodrama envolvendo Kathryn Grayson, Howard Keel e Ava Gardner é contado em tom operístico, até xaroposo, mas tem momentos bonitos com Joe E. Brown e animação com o casal (também na vida real) Marge e Gower Champion.
Estados Unidos. Direção: George Sidney. Roteiro: John Lee Mahin, baseado na peça musical de Oscar Hammerstein II e Richard Rogers, por sua vez baseado no romance de Edna Ferber. Elenco: Kathryn Grayson, Ava Gardner, Howard Keel, Joe E. Brown, Marge Champion, Agnes Moorehead.

Crítica de O Barco das Ilusões:
Ópera fluvial

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19 – NA ESTRADA DO CÉU (No Highway in the Sky)
Onde ver: DVD, YouTube.

James Stewart é um engenheiro aeronáutico na Inglaterra, que prevê que um novo modelo de avião vai falhar quando atingir uma determinada quantidade de horas de voo. A bordo, ele tenta convencer tripulação e passageiros do perigo iminente. Um bom suspense que dá muita importância à ciência frente ao ceticismo. 
Reino Unido/ Estados Unidos. Direção: Henry Koster. Roteiro: R.C. Sherriff, Oscar Millard e alec Coppel, baseado em romance de Nevil Shutte. Elenco: James Stewart, Glynis Johns, Marlene Dietrich, Jack Hawkins, Janette Scott, Dora Bryan, Wilfrid Hyde-White, Bessie Love.

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18 – QUO VADIS? (Quo Vadis?)
Onde ver: DVD, blu-ray, Oldflix, Looke, Google Play/ YouTube Filmes, Apple TV/ iTunes, YouTube (dublado).

Épico romano/ religioso na tradição de Hollywood, com perseguição aos cristãos e Nero tocando fogo em Roma. A carpintaria da Metro em filmagens na Itália. 
Estados Unidos. Direção: Mervyn LeRoy, Anthony Mann (não creditado). Roteiro: John Lee Mahin, S.N. Berhman e Sonya Levien, com contribuição de Hugh Gray, baseado no romance de Henryk Sienkiewicz. Elenco: Robert Taylor, Deborah Kerr, Leo Genn, Peter Ustinov, Patricia Laffan, Elizabeth Taylor, Bud Spencer.

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17 – FILHOTE CHEIROSO (Slicked-up Pup)
Onde ver: Dailymotion (som original).

A fase de Tom & Jerry nos 1940 e 1950 é divina. Aqui, um plot clássico, mas extremamente bem executado: Tom é ameaçado pelo cachorrão para manter o filhotinho limpo, mas Jerry o sabota de todas as maneiras. Basicamente, é uma releitura do primeiro curta da dupla (o gato pressionado, o camundongo atrapalhando), mas com piadas no timing exato e grandes expressões dos personagens. 
Estados Unidos. Direção: Joseph Barbera, William Hanna. Roteiro: não creditado. Vozes na dublagem original: Daws Butler, William Hanna.

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16 – CHAGA DE FOGO (Detective Story)
Onde ver: DVD.

William Wyler comanda a adaptação dessa peça, com a trama se passando toda numa delegacia, e explorando os preconceitos e drama pessoal de um policial, vivido pelo sempre intenso Kirk Douglas. 
Estados Unidos. Direção: William Wyler. Roteiro: Philip Yordan e Robert Wyler, baseado na peça de Sidney Kingsley. Elenco: Kirk Douglas, Eleanor Parker, William Bendix, Cathy O’Donnell, Lee Grant.

Crítica de Chaga de Fogo:
Dia infernal na delegacia

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15 – AVISO AOS NAVEGANTES
Onde ver: DVD, YouTube.

A chanchada acompanha uma trupe teatral que volta de Buenos Aires para o Rio de navio. A bordo, Oscarito é um clandestino encontrado pelo cozinheiro Grande Otelo, com ambos se envolvendo com um espião internacional. A Atlântida cristalizando seu estilo típico: misturar comédia, música, uma leve trama policial, trocas de identidade, Oscarito e Grande Otelo como a dupla cômica, Eliana como a mocinha e José Lewgoy como o vilão. 
Brasil. Direção: Watson Macedo. Roteiro: Alinor Azevedo, Watson Macedo e Paulo Machado. Elenco: Oscarito, Grande Otelo, Eliana Macedo, Anselmo Duarte, Adelaide Chiozzo, José Lewgoy, Ivon Cury, Zezé Macedo, Bené Nunes, Glauce Rocha, Emilinha Borba, Francisco Carlos.

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14 – ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS (Alice in Wonderland)
Onde ver: DVD, blu-ray, Disney Plus, YouTube (dublado).

Esta versão Disney da obra de Lewis Carroll não é tão celebrada em comparação a outros longas do estúdio, mas é uma das que melhor levou às telas o nonsense do escritor britânico. O visual é uma delícia e é bem engraçado.
Estados Unidos. Direção: Clyde Geronimi, Wildred Jackson, Hamilton Luske, Jack Kinney (não creditado). Roteiro: Winston Hibler, Ted Sears, Bill Peet, Erdman Penner, Joe Rinaldi, Milt Banta, William Cottrell, Dick Kelsey, Joe Grant, Dick Huemer, Del Connell, Tom Oreb, John WalbridgeVozes na dublagem original: Kathryn Beaumont, Ed Wynn, Richard Haydn, Sterling Holloway, Verna Felton. Vozes na dublagem brasileira de 1951: Therezinha Marçal, Octávio França, Jorge Goulart, Sarah Nobre, Orlando Drummond.

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13 – PATOLINO BICO LONGO (Drip-Along Daffy)
Onde ver: DVD (Coleção Looney Tunes – Aventuras com Patolino e Gaguinho), Dailymotion (som original).

Chuck Jones e Michael Maltese foram o diretor e o roteirista que melhor exploraram o Patolino. O colocou contracenando com o Pernalonga e também nos mais diversos cenários: o pato foi Sherlock Holmes, Buck Rogers, policial de seriado, Robin Hood… Aqui, é um herói de faroeste, disparando uma piada antológica ou expressão engraçadíssima atrás da outra. 
Estados Unidos. Direção: Chuck Jones. Roteiro: Michael Maltese. Vozes na dublagem original: Mel Blanc.

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12 – O MONSTRO DO ÁRTICO (The Thing from Another World)
Onde ver: DVD (Clássicos Sci-Fi – Vol. 2).

Howard Hawks produziu de maneira independente (e dizem que dirigiu de fato) esse hoje clássico da ficção científica que mostra militares e cientistas em um local isolado às voltas com uma ameaça alienígena. Uma trama repetida incontáveis vezes pelo cinema depois. O filme dribla o baixo orçamento com inteligência e a construção eficiente do clima de suspense.
Estados Unidos. Direção: Christian Nyby. Roteiro: Charles Lederer, com contribuições não creditadas de Howard Hawks e Ben Hecht, baseado no conto de John W. Campbell Jr. Elenco: Kenneth Tobey, Margaret Sheridan, Robert Cornthwaite, Douglas Spencer.

Crítica de O Monstro do Ártico:
O medo que vem de fora

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11 – NÚPCIAS REAIS (Royal Wedding)
Onde ver: DVD, Looke, NetMovies, Claro Vídeo, YouTube (legendado; dublado).

Fred Astaire e Jane Powell são irmãos que se apresentam juntos, evocando o início da carreira de Astaire ao lado de sua irmã Adele. Tem cenas inspiradas (Fred e Jane tentando dançar num navio que balança muito é bem divertido) e dois momentos imortais: Astaire dançando com um guarda-chapéus; e nas paredes e teto de um quarto, um imenso prodígio técnico e artístico.
Estados Unidos. Direção: Stanley Donen. Roteiro: Alan Jay Lerner. Elenco: Fred Astaire, Jane Powell, Peter Lawford, Sarah Churchill.

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10 – O MISTÉRIO DA TORRE (The Lavender Hill Mob)
Onde ver: não disponível em home video ou streaming.

O filme de roubo coloca um metódico funcionário bancário ao lado de um fabricante de miniaturas da Torre Eiffel num plano para contrabandear uma grande quantia em ouro. Alec Guinness e Stanley Holloway são brilhantes, o diretor Crichton é uma mestre da comédia, cria muitas cenas inspiradas (como a descida alucinada da Torre Eiffel, na perseguição a meninas que estão levando as estatuetas “premiadas”) e ainda há a ponta de Audrey Hepburn antes da fama. 
Reino Unido. Direção: Charles Crichton. Roteiro: T.E.B. Clarke. Elenco: Alec Guinness, Stanley Holloway, Sidney James, Alfie Bass, Marjorie Fielding, Audrey Hepburn.

Crítica de O Mistério da Torre:
Ninguém prevê os imprevistos

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9 – UMA AVENTURA NA ÁFRICA (The African Queen)
Onde ver: DVD, Telecine Play, Oi Play.

O título brasileiro poderia ser do making of, já que a trupe liderada pelo diretor-roteirista John Huston filmou na África essa história quase totalmente centrada em dois personagens: o beberrão capitão canadense de um barco fluvial e a missionária inglesa que, na I Guerra, fogem de soldados alemães e depois decidem enfrentá-los. 
Estados Unidos. Direção: John Huston. Roteiro: James Agee e John Huston, John Collier (não creditado) e Peter Viertel (não creditado), baseado no romance de C.S. Forester. Elenco: Humphrey Bogart, Katharine Hepburn, Robert Morley, Peter Bull.

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8 – TAMBÉM FOMOS FELIZES (Bakushu)
Onde ver: DVD (O Cinema de Ozu), YouTube (legendado).

O olhar de Ozu para as vidas comuns e urbanas do Japão no pós-guerra se consagrou como um dos mais sensíveis do cinema. A trama central aqui é a da jovem que não está interessada em se casar, apesar da pressão que sofre da família. O conflito entre tradição e modernidade mais uma vez em cena na obra do diretor japonês. 
Japão. Direção: Yasujiro Ozu. Roteiro: Kogo Noda e Yasujiro Ozu. Elenco: Setsuko Hara, Chishu Ryu, Chikage Awashima, Kuniko Miyake.

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7 – TEMPORADA DE CAÇA (Rabbit Fire)
Onde ver: DVD (Coleção Looney Tunes – Aventuras com Pernalonga).

É incrível, mas Pernalonga e Patolino nunca haviam dividido um curta inteiro antes. Colocar os dois juntos foi uma ideia genial de Michael Maltese e Chuck Jones neste desenho. “Temporada de pato!”. “Temporada de coelho!”. É uma aula de timing cômico. Não por acaso, abriu uma trilogia. 
Estados Unidos. Direção: Chuck Jones. Roteiro: Michael Maltese. Vozes na dublagem original: Mel Blanc, Arthur Q. Bryan.

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6 – A MONTANHA DOS SETE ABUTRES (Ace in the Hole ou The Big Carnival)
Onde ver: DVD.

Billy Wilder dá um safanão na imprensa sensacionalista com Kirk Douglas interpretando um arrogante como só ele conseguia fazer. É o jornalista que já foi grande em Nova York, foi parar em Albuquerque, consegue emprego em um jornaleco local (“Eu posso cuidar de grandes notícias ou pequenas notícias. E se não houver notícias, eu saio e mordo um cachorro”) e fareja uma volta por cima ao sabotar o resgate de um homem soterrado numa montanha para esticar o drama e controlar o acesso do resto da imprensa (quando os colegas imploram, dizendo “estamos no mesmo barco”, ele dispara: “Eu estou no barco. Vocês estão na água”).
Estados Unidos. Direção: Billy Wilder. Roteiro: Billy Wilder, Lesser Samuels e Walter Newman, de argumento de Victor Desny (não creditado). Elenco: Kirk Douglas, Jan Sterling, Robert Arthur, Porter Hall, Frank Cady, Richard Benedict.

Crítica de A Montanha dos Sete Abutres:
A serpente na gaveta

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5 – PACTO SINISTRO (Strangers on a Train)
Onde ver: DVD, blu-ray, HBO Max, Looke, Apple TV/ iTunes.

“E se?”. Essa pergunta, aliada à completa amoralidade de um personagem, já rendia um grande filme a Alfred Hitchcock. E se dois caras que não se conhecem pudessem se safar de seus assassinatos “trocando” os crimes? Um matando o desafeto do outro? Esse é o ponto de partida de um dos maiores clássicos de Hitch, que coloca um jogador de tênis pressionado a cumprir sua parte por um psicopata que levou a ideia a sério. Tem um monte de grandes cenas: o assassinato no parque visto pela lente do óculos, a partida de tênis com o olhar fixo de Robert Walker, o isqueiro que cai pelo bueiro, o clímax no carrossel desgovernado. 
Estados Unidos. Direção: Alfred Hitchcock. Roteiro: Raymond Chandler e Czenzi Ormonde, com Ben Hecht (não creditado), adaptação de Whitfield Cook, baseado no romance de Patricia Highsmith. Elenco: Farley Granger, Robert Walker, Ruth Roman, Leo G. Carroll, Patricia Hitchcock.

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4 – UMA RUA CHAMADA PECADO (A Streetcar Named Desire)
Onde ver: DVD, blu-ray, Looke, Google Play/ YouTube Filmes, Microsoft Store.

Elia Kazan levou para a tela Brando, Kim Hunter e Karl Malden de sua montagem teatral da obra de Tennessee Williams. Vivien Leigh, a superestrela do elenco, foi Blanche na montagem londrina. Um elenco em seu máximo, com a frágil Vivien e o brutamontes Brando duelando de maneira inesquecível, através de um filme intenso nas emoções e na sensualidade e que brigou ponto a ponto com a censura (ganhou uns e perdeu outros).
Estados Unidos. Direção: Elia Kazan. Roteiro: Tennessee Williams e Oscar Saul, baseado em peça de Williams. Elenco: Vivien Leigh, Marlon Brando, Kim Hunter, Karl Malden.

Crítica de Uma Rua Chamada Pecado:
Transpirando sexo

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3 – O DIA EM QUE A TERRA PAROU (The Day the Earth Stood Still)
Onde ver: DVD.

No contexto da ficção científica dos anos 1950, com a paranoia anticomunista gerando vários filmes sobre ameaças extraterrestres, o filme de Robert Wise era diferente: tinha a visita de um alienígena, mas que vinha alertar sobre os perigos da escalada do conflito entre nós mesmos. O filme acerta em tudo: no contato com pessoas comuns, através principalmente de uma secretária viúva e seu filho; na atmosfera de suspense do robô Gort; na cena icônica da frase “Klaatu barada nikto”.
Estados Unidos. Direção: Robert Wise. Roteiro: Edmund H. North, baseado em conto de Harry Bates. Elenco: Michael Reenie, Patricia Neal, Hugh Marlowe, Sam Jaffe.

Crítica de O Dia em que a Terra Parou:
Contatos imediatos

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2 – SINFONIA DE PARIS (An American in Paris)
Onde ver: DVD, blu-ray, HBO Max, Now, Looke, Google Play/ YouTube Filmes, Apple TV/ iTunes, Microsoft Store.

A fantasia de Paris para um americano, elevada à máxima potência. O sujeito que ficou por lá após o fim da II Guerra e tenta ganhar a vida pintando se apaixona por uma bailarina e, quando a coisa dá errada, se vê dentro de pinturas de artistas franceses famosos. O filme todo é uma delícia, a perícia de Minnelli na direção e Gene Kelly nas coreografias e dançando estão perfeitamente combinadas. Mas a longa sequência em que pinturas ganham vida é um prodígio artístico e técnico espetacular. 
Estados Unidos. Direção: Vincente Minnelli. Roteiro: Alan Jay Lerner. Elenco: Gene Kelly, Leslie Caron, Oscar Levant, Nina Foch, Georges Guétary.

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1 – UM LUGAR AO SOL (A Place in the Sun)
Onde ver: DVD, Microsoft Store.

Tudo poderia ser um conto-de-fadas: o gato borralheiro e uma princesa rica se apaixonam e vivem felizes para sempre. No caso, ele é o trabalhador pobre, empregado da fábrica do tio rico. Frequentando a mansão do parente, se encanta por aquela vida, representada uma garota rica e belíssima por quem se apaixona e ela por ele. Mas há um porém: ele já se relacionava com uma colega da fábrica, que está grávida. O destino trágico nos leva à cena do bote, cujo desfecho nós vemos sem que o filme nos diga claramente o que aconteceu: acidente ou assassinato? Stevens, um grande mestre, filma tão de longe o lago quanto filma de perto os olhares, danças e beijos entre Liz Taylor e Montgomery Clift.
Estados Unidos. Direção: George Stevens. Roteiro: Michael Wilson e Harry Brown, baseado na peça de Patrick Kearney, por sua vez baseada no romance de Theodore Dreiser. Elenco: Montgomery Clift, Elizabeth Taylor, Shelley Winters, Anne Revere, Raymond Burr.

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OUTRAS LISTAS DE MELHORES:

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NOTA: A percepção sobre os filmes mudam com o tempo. Esta é a minha percepção agora, limitada ao que vi, naturalmente — esta lista pode mudar à medida em que for revisitando alguns filmes ou assistir a outros que ainda não conheço deste ano específico

20 – A VERDADE (La Verité)
Onde ver: DVD, YouTube.

Brigitte Bardot, esplendorosa, é a jovem de vida livre que está sendo julgada pelo assassinato do amante. A moralidade entra na balança, enquanto a história trágica de amor (ou não) é contada em flashback, com doses generosas do corpo de Bardot.
França/ Itália. Direção: Henri-Georges Clouzot. Roteiro: Henri-Georges Clouzot, Simone Drieu, Michèle Perrein, Jérôme Géronimi, Christiane Rochefort e Véra Clouzot. Elenco: Brigitte Bardot, Sami Frey, Marie-Jose Nat.

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19 – O PASSADO NÃO PERDOA (The Unforgiven)
Onde ver: DVD.

Audrey Hepburn, índia? John Huston a escalou como a filha de uma família do velho oeste que pode ter sido roubada de uma tribo. Um ajuste de contas se avizinha. É um faroeste acidentado, mas de charme estranho.
Estados Unidos. Direção: John Huston. Roteiro: Ben Maddow, baseado em livro de Alan le May. Elenco: Burt Lancaster, Audrey Hepburn, Audie Murphy, Lillian Gish.

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18 – VIDA DE ARTISTA ou O ANFITRIÃO (The Entertainer)
Onde ver: DVD (na coleção Nouvelle Vague Britânica), YouTube (legendas em espanhol).

Laurence Olivier é o veterano artista de music hall que faz de tudo para se manter nos palcos, sem perceber que seu tempo está chegando ao fim. Sua decadência é testemunhada pela filha (Joan Plowright, em seu segundo filme). Há metáforas aí com o poder da Inglaterra no mundo e com o próprio Olivier, que fez a peça original na estratégia de não ficar ultrapassado (ele pediu ao dramaturgo rebelde John Osborne que escrevesse esta peça especialmente para ele).
Reino Unido. Direção: Tony Richardson. Roteiro: Nigel Kneale e John Osborne, baseado em peça de Osborne. Elenco: Laurence Olivier, Joan Plowright, Brenda de Banzie, Roger Livesey, Alan Bates, Shirley Anne Field.

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17 – ZAZIE NO METRÔ (Zazie dans le Metro)
Onde ver: DVD.

Uma garotinha solta em Paris quando passa dois dias com o tio (para que a mãe possa passar algum tempo com um namorado). Malle não economiza nonsense e recursos de desenho animado para criar uma fábula louca e encantada, experimentando a linguagem do cinema.
França. Direção: Louis Malle. Roteiro: Louis Malle e Jean-Paul Rappeneau, baseado em Raymond Queneau. Elenco: Catherine Demongeot, Philippe Noiret, Hubert Deschamps, Carla Marlier.

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16 – DUAS MULHERES (La Ciociara)
Onde ver: DVD, Looke, Oldflix, Claro Vídeo.

Sophia Loren foi a primeira pessoa a ganhar um Oscar de atuação num papel que não era falado em inglês. Aos 25 anos, ela interpreta a mãe de uma adolescente tentando livrá-la dos horrores da II Guerra: naquela região, aconteciam estupros em massa. De Sica e Zavattini foram mestres do neo-realismo italiano, cerca de dez anos antes, e voltam um pouco àqueles tempos.
Itália, França. Direção: Vittorio De Sica. Roteiro: Cesare Zavattini e Vittorio De Sica, baseado em romance de Alberto Moravia. Elenco: Sophia Loren, Eleonora Brown, Jean-Paul Belmondo.

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15 – A TORTURA DO MEDO (Peeping Tom)
Onde ver: DVD, Belas Artes a la Carte.

Michael Powell, com filmes que marcaram pela beleza visual nos anos 1940, surpreendeu todo mundo com esse conto macabro de um serial killer que filma suas vítimas mulheres no momento do assassinato, para registrar suas expressões de terror. O sexo (o filme foi o primeiro britânico a mostrar nudez) e a violência não foram perdoados: o filme foi cortado e censurado, e a carreira de Powell ficou em apuros. Mas hoje é cult: sobressai-se o modo perturbador de ver a câmera como uma arma.
Reino Unido. Direção: Michael Powell. Roteiro: Leo Marks. Elenco: Karlheinz Böhm, Anna Massey, Moira Shearer.

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14 – A MÁQUINA DO TEMPO (The Time Machine)
Onde ver: DVD.

A viagem para o futuro de um homem visionário revela uma sociedade muito mais sombria do que ele esperava. Charmosa adaptação do romance de H.G. Wells, um clássico da ficção científica, nas mãos de um grande artista dos efeitos especiais.
Estados Unidos. Direção: George Pal. Roteiro: David Duncan, baseado no romance de H.G. Wells. Elenco: Rod Taylor, Alan Young, Yvette Mimieux.

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13 – ARUANDA
Onde ver: YouTube.

O curta de Linduarte Noronha ganhou lugar de honra na história do cinema brasileiro quando Glauber Rocha o apontou como precursor do cinema novo. O documentário apresenta o cotidiano de um quilombo isolado usando também recursos de encenação. A autoria do roteiro, creditado na tela unicamente ao diretor, é alvo de debate: Vladimir Carvalho e João Ramiro Mello, creditados como assistentes de direção, também seriam co-autores.
Brasil. Direção e roteiro: Linduarte Noronha.

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12 – O VENTO SERÁ TUA HERANÇA (Inherit the Wind)
Onde ver: DVD.

Atualíssimo, embora se passe nos anos 1920: professor é processado por ensinar a Teoria da Evolução das Espécies e não a fantasia do criacionismo. O julgamento na cidadezinha atrai atenção nacional para o duelo visceral entre o promotor fundamentalista e o advogado de  defesa. O “julgamento do macaco” aconteceu mesmo e o filme, além se socialmente contundente, tem grandes atuações e a curiosidade de ver Gene Kelly num papel não musical.
Estados Unidos. Direção: Stanley Kramer. Roteiro: Nedrick Young e Harold Jacob Smith, baseado na peça de Jerome Lawrence e Robert E. Lee. Elenco: Spencer Tracy, Fredric March, Gene Kelly, Dick York.

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11 – SETE HOMENS E UM DESTINO (The Magnificent Seven)
Onde ver: DVD, blu-ray, Telecine Play, Apple TV.

Adaptação (muito mais curta) do épico japonês Os Sete Samurais. Muito justo, já que Akira Kurosawa se inspirou nos faroestes para seu clássico. Às vezes simplifica demais, mas tem muito charme, um elencaço e uma trilha sensacional (de Elmer Bernstein).
Estados Unidos. Direção: John Sturges. Roteiro: William Roberts, com Walter Bernstein (não creditado) e Walter Newman (não creditado), baseado no filme Os Sete Samurais, escrito por Akira Kurosawa, Shinobu Hashimoto e Hideo Oguni. Elenco: Yul Brynner, Eli Wallach, Steve McQueen, Horst Buchholz, Charles Bronson, Robert Vaughn, James Coburn.

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10 – TUDO COMEÇOU NUM SÁBADO (Saturday Night and Sunday Morning)
Onde ver: DVD (na coleção Nouvelle Vague Britânica).

O free cinema inglês mostrando uma Londres muito longe dos castelos e nobres. Albert Finney já começa fazendo uma manifesto de sua visão revoltada de mundo: tudo o que não for diversão “é propaganda”. Nisso, se apaixona por uma garota certinha, mas engravida a amante casada. A vida é dura num filme que é algo bruto e cheio de vitalidade, como seu protagonista.
Reino Unido. Direção: Karel Reisz. Roteiro: Alan Sillitoe, baseado em seu romance. Elenco: Albert Finney, Shirley Anne Field, Rachel Roberts.

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9 – A FONTE DA DONZELA (Jungfrükällan)
Onde ver: DVD, Looke, NetMovies, YouTube.

Bergman visita uma lenda medieval escandinava, de uma virgem que é atacada por bandidos. É um filme trágico, mas menos pesado que outros carregados de inquietações psicológicas que Bergman dirigiu. Aqui, há relações com a mitologia nórdica e inspiração declarada do diretor sueco no japonês Kurosawa.
Suécia. Direção: Ingmar Bergman. Roteiro: Ulla Isaksson. Elenco: Max von Sydow, Birgitta Valberg, Gunnel Lindblom.

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8 – A AVENTURA (L’Avventura)
Onde ver: DVD, YouTube (legendas em italiano).

No Mediterrâneo, uma mulher desaparece. Seu amante e sua melhor amiga a procuram e acabam ficando atraídos um pelo outro. A partir de certo momento, o desaparecimento dela deixa de importar? O filme é o primeiro da Trilogia da Incomunicabilidade de Antonioni, seguido por A Noite (1961) e O Eclipse (1962) e foi atacado por moralistas bobocas.
Itália/ França. Direção: Michelangelo Antonioni. Roteiro: Michelangelo Antonioni, Elio Bartolini e Tonino Guerra, de argumento de Antonioni. Elenco: Monica Vitti, Gabriele Ferzetti, Lea Massari.

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7 – SPARTACUS (Spartacus)
Onde ver: DVD, blu-ray, Telecine Play, Looke, NetMovies, Oi Play, Claro Vídeo, Google Play/ YouTube Filmes, Apple TV/ iTunes.

Kirk Douglas produziu, Anthony Mann começou a dirigir e acabou parando nas mãos de Stanley Kubrick. Em muita coisa, a cara ainda é de um filme de Mann, mas Kubrick se defendeu bem num épico de modelo clássico. E Kirk ainda bateu na cara do macartismo ao não só empregar Dalton Trumbo no roteiro como colocar os créditos na tela.
Estados Unidos. Direção: Stanley Kubrick. Roteiro: Dalton Trumbo, com contribuições não creditadas de Peter Ustinov e Calder Willingham, baseado no romance de Howard Fast e registros de Plutarco. Elenco: Kirk Douglas, Laurence Olivier, Jean Simmons, Tony Curtis, Charles Laughton, Peter Ustinov, John Gavin, Nina Foch, Herbert Lom, Woody Strode.

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6 – O MENSAGEIRO TRAPALHÃO (The Bellboy)
Onde ver: DVD.

Em seu primeiro filme como diretor, Jerry Lewis mostrou que não queria apenas sentar no trono de astro da comedia. O prólogo satiricamente pomposo já avisa que trata-se de um filme “sem história”. De fato, não há uma trama central: apenas uma coleção de gags sobre o cotidiano de um mensageiro de um hotel de luxo em Miami. Lewis ainda faz um personagem que não diz uma palavra (bem quase), uma homenagem aos cômicos do cinema mudo. Ele arranca o motor de um Fusca achando que é a bagagem do hóspede. Em outra cena: rege uma orquestra inexistente, um de seus grandes momentos de pantomima.
Estados Unidos. Direção e roteiro: Jerry Lewis. Elenco: Jerry Lewis, Alex Gerry, Milton Berle.

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5 – ROCCO E SEUS IRMÃOS (Rocco i Suoi Fratelli)
Onde ver: DVD, Belas Artes a la Carte.

Até onde é bom ser bom? Esta é a questão que acompanha a jornada de Rocco, que vai tendo que escolher entre “o que é certo” e a família, com quem migrou para Milão. O maior dilema: a disputa pela bela prostituta com o irmãos malandro e agressor. Os Parondi vão tentando sobreviver cada um ao seu modo na metrópole sob o olhar duro de Luchino Visconti.
Itália/ França. Direção: Luchino Visconti. Roteiro: Suso Cecchi D’Amico, Pasquale Festa Campanile, Massimo Franciosa, Enrico Medioli e Luchino Visconti, a partir de argumento de Visconti, D’Amico e Vasco Pratolini, baseado em romance de Giovanni Testori. Elenco: Alain Delon, Renato Salvatori, Annie Girardot, Katina Paxinou.

Crítica de Rocco e Seus Irmãos:
Até onde ser bom é bom?

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4 – ACOSSADO (À Bout de Souffle)
Onde ver: DVD, blu-ray, Telecine Play, Apple TV/ iTunes, Microsoft Store, Google Play/ YouTube Filmes.

Godard estreia na direção sacudindo o mundo do cinema. Forçado a reduzir a duração de seu filme, resolveu não cortar uma ou outra sequência inteira, mas retirar trechos de dentro de cada cena. Não importou que o filme ficasse todo saltado — o cinema agradeceu essa liberdade na montagem. Jean-Luc mostrou seu amor ao filme de gangster americano, filmou escondido Jean Seberg oferecendo o Herald Tribune no Champs-Elysées, e consagrou de vez a nouvelle vague.
França. Direção: Jean-Luc Godard. Roteiro: Jean-Luc Godard (não creditado), baseado no roteiro original de François Truffaut e Claude Chabrol (não creditado). Elenco: Jean-Paul Belmondo, Jean Seberg, Daniel Boulanger.

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3 – A DOCE VIDA (La Dolce Vita)
Onde ver: DVD, blu-ray, Telecine Play.

Marcello flana por Roma, entre os ricos e famosos. E, entre muitos episódios, vai encontrando muitos vazios – inclusive o dele próprio. Longo e melancólico, com final enigmático e uma sequência que entrou para a história (Anita Ekberg na Fontana di Trevi), com fotografia de Otello Martelli e música de Nino Rota, é um dos mais emblemáticos filmes de Fellini. O que passa longe de ser pouco. Palma de Ouro em Cannes.
Itália/ França. Direção: Federico Fellini. Roteiro: Federico Fellini, Ennio Flaiano, Tullio Pinelli, Brunello Rondi, Pier Paolo Pasolini (não creditado). Elenco: Marcello Mastroianni, Anouk Aimée, Anita Ekberg, Yvonne Funeaux, Magali Noël.

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2 – SE MEU APARTAMENTO FALASSE (The Apartment)
Onde ver: DVD, Telecine Play, Oi Play, Apple TV/ iTunes.

Após o esfuziante Quanto Mais Quente Melhor, Billy Wilder levou o filme seguinte mais para o melancólico: o solitário Baxter é tão solitário que empresta seu apartamento para os chefes se esbaldarem com as amantes (enquanto ele espera na rua fria para usar a própria casa). Em troca, aquela forcinha para subir na firma. Quando o dono da empresa faz uso do serviço, Baxter descobre que a amante é Miss Kubelik, a ascensorista de quem ele gosta. Billy reduz o tom e sobe ao sublime, culminando no final, com o famoso “Cale a boca e dê as cartas”. Oscar de melhor filme.
Estados Unidos. Direção: Billy Wilder. Roteiro: Billy Wilder e I.A.L. Diamond. Elenco: Jack Lemmon, Shirley MacLaine, Fred MacMurray.

Crítica de Se Meu Apartamento Falasse:
Melancólico e sublime

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1 – PSICOSE (Psycho)
Onde ver: DVD, blu-ray, Telecine Play, Oi Play, Claro Vídeo, Apple TV/ iTunes.

Dirigir um filme também é dirigir o espectador. Ninguém foi melhor nisso que Alfred Hitchcock. E ele nunca foi melhor nisso que em Psicose. Arriscado, e com a equipe de seu programa de TV para ter agilidade, Hitch reservou uma semana das quatro de filmagens só para rodar a xena do chuveiro, recomendou que ninguém fosse admitido nos cinemas após o início do filme e que ninguém contasse o final. Faz o público acompanhar uma personagem antes de subverter tudo, usa posições e movimentos de câmera para revelar e esconder o que quer sem que o espectador perceba. Cinema purissimo (e ainda tem a trilha sensacional de Bernard Herrmann).
Estados Unidos. Direção: Alfred Hitchcock. Roteiro: Joseph Stefano, baseado no romance de Robert Bloch. Elenco: Anthony Perkins, Janet Leigh, Vera Miles, John Gavin, Martin Balsam.

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OUTRAS LISTAS DE MELHORES:

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NOTA: A percepção sobre os filmes mudam com o tempo. Esta é a minha percepção agora, limitada ao que vi, naturalmente — esta lista pode mudar à medida em que for revisitando alguns filmes ou assistir a outros que ainda não conheço deste ano específico

Grease - Nos Tempos da Brilhantina -21

John Travolta em “Grease — Nos Tempos da Brilhantina” (1978)

40. ‘42ND STREET’, de Rua 42 (1933)
Com Ruby Keeler, Dick Powell e elenco. Direção: Lloyd Bacon. Coreografia: Busby Berkeley. Canção de Al Dubin e Harry Warren.

Depois de uma introdução com Ruby Keeler sozinha no palco, o número começa para valer: a vida na feérica Rua 42 de Nova York é encenada musicalmente, com sua agitação, seu balançado e até suas tragédias humanas. Tudo com a brilhante coreografia de Busby Berkeley.

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39. ‘MY OLD KENTUCKY HOME’, de A Mascote do Regimento (1935)
Com Bill “Bojangles” Robinson e Shirley Temple. Direção: David Butler. Música de Stephen Foster.

Histórico: pela primeira vez um par formado por um homem negro e uma mulher branca dançam juntos no cinema. Esse tabu racista foi quando o ás do sapateado Bill “Bojangles” Robinson, 57 anos, estende a mão para a estrelinha mirim Shirley Temple, 7 anos, e eles sobem e descem os degraus de uma escada de mãos dadas. A dança nos degraus eram uma marca pessoal de Robinson e, nesta cena, ele ensina Shirley a dançar como ele. E ela é uma ótima aluna.

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38. ‘DENTIST!’, de A Pequena Loja dos Horrores (1986)
Com Steve Martin, Michelle Weeks, Tichina Arnold e Tisha Campbell-Martin. Direção: Frank Oz. Coreografia: Pat Garrett. Canção de Howard Ashman e Alan Menken.

Qual seria o emprego ideal para um sádico? Para este filme, a resposta é óbvia: dentista! Steve Martin deita e rola nesta participação especial, fazendo sofrer pacientes e enfermeiras, em um número hilariante e cruel.

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37. ‘SUNDAY JUMPS’, de Núpcias Reais (1951)
Com Fred Astaire. Direção: Stanley Donen. Coreografia: Nick Castle. Música de Burton Lane.

Astaire não era só um dançarino. Era praticamente um músico com os pés. Aqui, além da noção impressionante de ritmo, que ele mostra na prática, ainda tem um de seus momentos antológicos: ele dança com um guarda-chapéus e, como disse Gene Kelly em Era uma Vez em Hollywood (1974), “como de costume, ele fez seu parceiro parecer ótimo”.

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36. ‘MOON RIVER’, de Bonequinha de Luxo (1961)
Com Audrey Hepburn. Direção: Blake Edwards. Canção de Henry Mancini e Johnny Mercer.

Em uma reunião de produção, alguém quis tirar essa canção do filme. Audrey Hepburn se levantou e disse: “Só por cima do meu cadáver”. Ela estava absolutamente certa. Sentada em sua janela, dedilhando um violão e observada pelo vizinho que logo estará apaixonado, Holly Golightly mostra um lado menos festeiro, mas encantador. A canção ganhou um Oscar e virou um ícone, associada para sempre à atriz.

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35. ‘NEW YORK, NEW YORK’, de Um Dia em Nova York (1949)
Com Gene Kelly, Frank Sinatra e Jules Munshin. Direção: Gene Kelly e Stanley Donen. Canção de Leonard Bernstein, Adolph Green e Betty Comden.

6 da manhã em Nova York. Marinheiros saem em disparada de seu navio loucos para aproveitar suas 24 horas de folga em Manhattan. Nossos três protagonistas não perdem tempo e, num tempo em que os filmes eram sempre rodados dentro do estúdio, eles cantam sua canção nas locações reais da cidade (atenção: não é a mesma “New York, New York” do filme do Scorsese de 1977, que depois virou ícone como parte do repertório de Frank Sinatra). As cenas em locação eram raríssima na época, mas Gene Kelly e Stanley Donen fizeram questão. E os marinheiros vão fazendo planos do que vão aprontar por lá, entre visitar pontos turísticos e arranjar namoradas. Afinal, “New York, New York: it’s a wonderful town!”.

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34. ‘SUMMER NIGHTS’, de Grease — Nos Tempos da Brilhantina (1978)
Com John Travolta, Olivia Newton-John, Barry Pearl, Dinah Manoff, Didi Conn, Jeff Conaway, Kelly Ward, Stockard Channing, Jamie Donnelly e Michael Tucci . Direção: Randal Kleiser. Coreografia: Patricia Birch. Canção de Galt MacDermot, Gerome Ragni e James Rado.

A magia do musical: Olivia e Travolta estão separados, mas unidos pela canção. Eles, que se conheceram e se apaixonaram nas férias, agora estão na mesma escola, mas não sabem disso. Contam aos amigos como foi esse namoro (ele, particularmente, exagera ao contar vantagem). O “ele disse, ela disse” vai e volta para um e para outro, com suas versões do que rolou. Apenas uma sobreposição de imagens vai uni-los no final do dueto.

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33. ‘JUKEBOX DANCE’, de Melodia da Broadway de 1940 (1940)
Com Fred Astaire e Eleanor Powell. Direção: Norman Taurog. Coreografia: Bobby Connolly. Música de Walter Ruick.

Os personagens de Fred Astaire usaram esse truque mais de uma vez: fingir que não sabe dançar para que a moça o ensine e, aí, ele dá show. O encontro entre Fred, o melhor entre os homens, e Eleanor, a melhor entre as mulheres, só aconteceu neste filme. Como se pode ver neste número, que bom que este filme foi feito. Eleanor Powell era tão genial que até intimidava Astaire, que achava que ela talvez fosse melhor até do que ele.

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32. ‘THE GIRL HUNT’, de A Roda da Fortuna (1953)
Com Fred Astaire e Cyd Charisse. Direção: Vincente Minnelli. Coreografia: Michael Kidd. Música de Arthur Schwartz.

Uma criativa e espirituosa versão musical dos romances policiais de detetives particulares, com um Fred Astaire que resistia a experimentar coisas novas (segundo o coreógrafo Michael Kidd), mas que arrasou como sempre, e uma não menos do que esplêndida Cyd Charisse. O ponto alto é a investigação no nightclub, onde Fred e Cyd traduzem em passos e movimentos o jogo perigoso (mas animado) de sedução entre seus personagens.

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31. ‘MY FAVORITE THINGS’, de A Noviça Rebelde (1965)
Com Julie Andrews, Charmian Carr, Nicholas Hammond, Heather Menzies-Urich, Duane Chase, Angela Cartwright, Debbie Turner e Kym Karath. Direção: Robert Wise. Coreografia: Marc Breaux e Dee Dee Wood. Canção de Oscar Hammerstein II e Richard Rodgers.

Na peça original, a canção que Maria canta para as crianças para afastar o medo da tempestade é “The lonely goatherd”. “My favorite things” é cantada em outro momento por Maria… e com a madre superiora! Foi o roteirista Ernst Lehmann que resolveu rearranjar a posição das canções e ele estava mais do que certo: “My favorite things” é o argumento ideal para afastar os maus pensamentos das crianças. Quando o filme foi feito, a canção já havia virado um clássico também do jazz, depois John Coltrane a gravou em 1961 no álbum homônimo.

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Gilda - 01

Rita Hayworth em “Gilda” (1946)

50. ‘I WANNA BE LOVED BY YOU’, de Quanto Mais Quente Melhor (1959)
Com Marilyn Monroe. Direção: Billy Wilder. Coreografia: Jack Cole. Canção de Herbert Stothart, Harry Ruby e Bert Kalmar.

“Boop-boop-a-doop”. A canção de 1928 é a cara da Betty Boop e não por acaso: a interpretação de Helen Kane, com sua voz meio infantil cantando esse “boop-boop-a-doop” inspirou a criação da personagem dos desenhos animados, em 1930. Como Quanto Mais Quente Melhor se passa em 1929, caiu como uma luva para Marilyn desfilar sua sensualidade brejeira na canção. Como Billy Wilder dizia, filmar com Marilyn podia ser um pesadelo, mas o resultado compensava de longe.

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49. ‘SO LONG, FAREWELL’, de A Noviça Rebelde (1965)
Com Charmian Carr, Nicholas Hammond, Heather Menzies-Urich, Duane Chase, Angela Cartwright, Debbie Turner e Kym Karath. Direção: Robert Wise. Coreografia: Marc Breaux e Dee Dee Wood. Canção de Richard Rodgers e Oscar Hammerstein II.

O capitão Von Trapp não que transformar sua família num grupo musical, mas está difícil. No final de uma festa em casa, seus sete filhos se despedem dos convidados com este encantador número musical. Uma das forças desse filme é o carisma das crianças. “So long, farewell, auf wiedersehen, adieu”, em um número reprisado mais tarde no filme (e rever sempre é muito bem-vindo).

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48. ‘CABARET’, de Cabaret (1972)
Com Liza Minnelli. Direção e coreografia: Bob Fosse. Canção de John Kander e Fred Ebb.

Liza, sozinha em cena: e precisa mais? A canção-título do filme estabelece que esse não é um musical inocente como a maioria do que vieram antes dele. E, três anos após a morte da mãe Judy Garland, Liza chama o trono para si com toda a justiça, ao menos nesse filme. A vida é um cabaré, old chum, apesar dos profetas do pessimismo.

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47. ‘A WHOLE NEW WORLD’, de Aladdin (1992)
Com Brad Kane e Lea Salonga (vozes). Direção: John Musker e Ron Clements. Canção de Alan Menken e Tim Rice.

Aladdin joga baixo para conquistar a princesa Jasmine: a leva em um passeio de tapete mágico pelo mundo. As maravilhas que vai encontrando são embaladas pela maravilha que é essa canção vencedora do Oscar. A animação é um deslumbre.

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46. ‘THE BALLET OF RED SHOES’, de Sapatinhos Vermelhos (1948)
Com Moira Shearer, Alan Carter, Joan Harris. Direção: Michael Powell e Emeric Pressburger. Coreografia: Robert Helpmann. Música de Brian Esdale.

Bailarina de carreira consolidada nos anos 1940, a escocesa Moira Shearer estreou no cinema no papel principal de Sapatinhos Vermelhos. E o ponto alto do filme é o balé que dá nome ao filme, um número espetacular de quase 15 minutos, que soma recursos cinematográficos à atmosfera da dança no palco para ir além da fábula dançada e representar o turbilhão emocional da protagonista: closes, planos de detalhe, câmera lenta, sobreposição de imagens. Este número impressionou tanto Gene Kelly que o inspirou para Sinfonia de Paris (1951).

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45. ‘ALWAYS LOOK ON THE BRIGHT SIDE OF LIFE’, de A Vida de Brian (1979)
Com Eric Idle. Direção: Terry Jones. Canção de Eric Idle.

Essa música adorável e incrivelmente otimista, com assobios e tudo, é um dos momentos mais clássicos do grupo Monty Python. Contribui para isso, é claro, o fato de ela ser cantada por um grupo que está sendo crucificado na Judeia dos tempos de Cristo. O tipo de nonsense que foi a genialidade do grupo inglês.

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44. ‘CAN’T BUY ME LOVE’, de A Hard Day’s Night (1964)
Com The Beatles. Direção: Richard Lester. Canção de Paul McCartney (creditada a John Lennon e Paul McCartney).

A Hard Day’s Night acompanha os Beatles no que seria seu cotidiano típico de correrias para fugir das fãs, compromissos comerciais e entrevistas chatas pra caramba. Em um momento de descuido dos outros, eles escapolem por uma porta, dão numa escada externa e se divertem a valer em campo aberto, filmados de helicóptero em patetices de cinema mudo. Sua descida pelas escadas é uma das mais célebres do grupo.

Para assistir, clique aqui.

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43. ‘PUT THE BLAME ON MAME’, de Gilda (1946)
Com Rita Hayworth (voz de Anita Ellis). Direção: Charles Vidor. Coreografia: Jack Cole. Canção de Allan Roberts e Doris Fischer.

Pê da vida com o marido, (“nunca houve uma mulher como”) Gilda irrompe no palco do nightclub que ele dirige e canta “Put the blame on Mame”. Não só isso, como tira uma das luvas — e é o bastante para que seja um dos mais sexy strip-teases da história. O vestido tomara-que-caia ajuda: nos closes é como se Gilda… bem… não estivesse usando nada.

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42. ‘BELLE’, de A Bela e a Fera (1991)
Com Paige O’Hara, Richard White, Alec Murphy, Mary Kay Bergman, Kath Soucie e coro (vozes). Direção: Gary Trousdale e Kirk Wise. Canção de Alan Menken e Howard Ashman.

Após um breve prólogo, A Bela e a Fera já mostra a que veio: a cena de apresentação da protagonista e seu vilarejo acanhado e o vilão valentão que a deseja é um espetáculo, com todo o jeito de Broadway. Dá para imaginar os cantores e bailarinos pelo palco. Mas aqui é cinema, há planos clássicos e divinos: Bela deslizando pelas prateleiras de livros em direção à câmera, ou a câmera girando em torno dela quando ela diz que quer “mais que essa vida provinciana”.

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41. ‘WOULDN’T BE LOVERLY?’, de My Fair Lady — Minha Bela Dama (1964)
Com Audrey Hepburn (voz de Marni Nixon). Direção: George Cukor. Coreografia: Hermes Pan. Canção de Alan Jay Lerner e Frederick Loewe.

A florista pobre Eliza Doolittle tem sua canção de “eu quero” após ser desmerecida pelo irritante professor de dicção. Ela canta nesse momento adorável, errando todas as palavras que pode (canta “ands” em vez de “hands”, por exemplo). Sonha com um mundo de elegância e amor em meio aos restos e aos desvalidos. Audrey, que sempre apareceu como dama nos filmes, brilha como a pobretona inculta que, no fim, vai embora em sua carruagem: uma carroça de lixo.

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Infamia - 1961 - 03

INFÂMIA (William Wyler, 1961)
⭐½
Diário de Filmes 2019: 41

O lesbianismo não era, claro, um tema comum na Hollywood do começo dos anos 1960, em tempos ainda sob a censura do Código Hays — longe disso. Em parte, isso se reflete na maneira como o tema é tratado nesta adaptação da peça de Lillian Hellman, na qual uma menina maldosa inventa uma mentira sobre as duas donas de sua escola: elas seriam amantes.

Isso torna a vida das duas um inferno. A menina conta a sua avó sussurrando — mesmo com as duas estando em um ambiente onde ninguém as ouve. As professoras, sem saber porque os pais estão levando as crianças embora, forçam um pai a revelar o motivo: a cena é mostrada de longe. Nas duas cenas, não ouvimos as palavras — apenas vemos a reação de quem escuta. Outra razão para isso é que o filme assume o ponto de vista das pessoas conservadoras daquela comunidade — as duas professoras incluídas. É, mais uma vez, “o amor que não ousa dizer seu nome”. Na segunda metade, o filme deixa de lado as meias palavras.

É datado, claro, mas não tanto quanto a versão dos anos 1930 (dirigida pelo mesmo William Wyler), que limou a homossexualidade da trama. O fato desta versão de 1961 ser dirigida por um cineasta classe A como Wyler (recém-saído do multioscarizado Ben-Hur), e com duas estrelas de primeira grandeza como Audrey Hepburn e Shirley MacLaine, não deixa de ser marcante.

My Fair Lady - 12

Audrey Hepburn em “I could have dance all night”, de “My Fair Lady” (1964)

60. ‘FLESH FAILURES/ LET THE SUNSHINE IN’, de Hair (1979)
Com John DeRobertas, Grand L. Bush, Beverly D’Angelo, John Savage, Treat Williams, Don Dacus, Annie Golden, Cheryl Barnes e coro. Direção: Milos Forman. Coreografia: Twyla Tharp. Canção de Galt MacDermot, Gerome Ragni e James Rado.

A apoteose do filme – em uma canção forte, que bate direto – mostra os soldados americanos indo para o Vietnã, jovens que marcham até serem engolidos pela completa escuridão representada pela entrada do avião militar. Quem canta, aparece primeiro como um anônimo que nem se identifica na multidão de soldados, até se aproximar da câmera. O drama adicional é do hippie que está lá por engano, tendo tomado o lugar do amigo para que este curtisse um último bom momento com a namorada antes de partir – mas não houve tempo para a troca ser desfeita. Essa troca é uma mudança do filme em relação à peça.

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59. ‘YOU’RE THE ONE THAT I WANT’, de Grease — Nos Tempos da Brilhantina (1978)
Com Olivia Newton-John e John Travolta. Direção: Randal Kleier. Coreografia: Patricia Birch. Canção de John Farrar.

A resolução final do romance entre os personagens de Olivia e Travolta, onde ele resolve ser mais certinho para ficar com ela, mas ela é que deixa de ser a boazinha absoluta para ficar com ele. Sobra carisma e química entre os dois.

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58. ‘AFTER YOU GET WHAT YOU WANT, YOU DON’T WANT IT’, de O Mundo da Fantasia (1954)
Com Marilyn Monroe. Direção: Walter Lang. Coreografia: Robert Alton. Canção de Irving Berlin.

Um dos grandes momentos de Marilyn nesse filme de grande elenco, que incluía Ethel Merman, Donald O’Connor e Mitzi Gaynor. O número é uma apresentação para uma plateia, mas Marilyn, em ascensão no estrelato, domina a cena completamente. Não dá para tirar os olhos dela. Ainda mais nesse vestido.

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57. ‘EASTER PARADE’, de Desfile de Páscoa (1948)
Com Judy Garland e Fred Astaire. Direção: Charles Walters. Coreografia: Fred Astaire e Charles Walters. Canção de Irving Berlin.

Uma inversão no clichê de gênero: em vez do homem cantar para a garota, ela é quem o corteja. Judy chega a fazer Fred sentar no colo dela! É uma reconciliação, mas a personagem de Judy mostra aos poucos, com muito charme, que está tudo bem. A canção de Irving Berlin é uma delícia e na voz de Judy, é difícil ficar melhor. E tem esses passinhos na escada, no final, uma graça. Era Fred voltando à Metro e para ficar (substituindo aqui Gene Kelly, escalado para o filme, mas que havia quebrado o tornozelo) e Judy em seus últimos anos no estúdio: foi, infelizmente, o único filme em que contracenaram (os dois estiveram no elenco de Ziegfeld Follies, de 1945, mas o filme era em esquetes e eles não apareceram juntos na mesma cena).

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56. ‘ON THE TOWN’, de Um Dia em Nova York (1949)
Com Gene Kelly, Frank Sinatra, Jules Munshin, Vera-Ellen, Ann Miller e Betty Garrett. Direção: Gene Kelly, Stanley Donen. Canção de Rioger Edens, Adolph Green e Betty Comden.

Pela primeira vez no filme, o sexteto protagonista (os marinheiros e as namoradas que paqueram em suas 24 horas de folga em Nova York) estão juntos na mesma cena. O cenário é o alto do Empire State (de mentirinha, claro, no estúdio da Metro). O encontro não deixa por menos, com uma grande apresentação de humor e dança, com carisma para dar e vender. É o começo de uma grande noite.

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55. ‘FUNNY FACE’, de Cinderela em Paris (1957)
Com Fred Astaire e Audrey Hepburn. Direção: Stanley Donen. Coreografia: Fred Astaire e Eugene Loring. Canção de George Gershwin e Ira Gershwin.

E se Audrey Hepburn fosse contratada da Metro? Pode-se ter boa ideia aqui, nesse musical da Paramount, mas que tem na equipe boa parte da turma da MGM (incluindo o diretor e o astro Astaire). O resultado, na prática, um musical da Metro feito na Paramount. E um momento especial é este, com o fotógrafo vivido por Fred revelando seu trabalho com a livreira vivida por Audrey. A cena de música e a dança no quarto escuro, com o processo de revelação incluído na cena, é para rever mil vezes. Audrey foi bailarina na juventude e mostra toda sua graça aqui.

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54. ‘SHADOW WALTZ’, de Cavadoras de Ouro (1933)
Com Dick Powell, Ruby Keeler e côro. Direção: Marvyn LeRoy. Direção de dança: Busby Berkeley. Canção de Harry Warren e Al Dubin.

Busby Berkeley parecia não ter limites. Em “Shadow waltz”, ele colocou dezenas de garotas com violinos em um cenário de plataformas curvas. Ao apagar as luzes, o contorno dos violinos se mostram iluminados e aí começam as evoluções, em círculo e até na forma de um violino gigante. Que criador de imagens marcantes ele foi!

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53. ‘THE SOUND OF MUSIC’, de A Noviça Rebelde (1965)
Com Julie Andrews. Direção: Robert Wise. Coreografia: Marc Breaux e Dee Dee Wood. Canção de Richard Rogers e Oscar Hammerstein II.

Após aquela “overture” pelas montanhas da Áustria e aquela tomada de tirar o fôlego de helicóptero se aproximando daquele pontinho que vira a Julie Andrews, segue-se uma declaração de intenções do filme: a fraulein Maria cantando seu amor pela música. Ainda não sabemos nada dela, mas já sabemos isso, o essencial que vai fazer diferença na vida de todos no filme. O filme também já mostra que não vai economizar nas paisagens embasbacantes.

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52. ‘YOU WERE MEANT FOR ME’, de Cantando na Chuva (1952)
Com Gene Kelly e Debbie Reynolds. Direção: Gene Kelly e Stanley Donen. Coreografia: Gene Kelly. Canção de Arthur Freed e Nacio Herb Brown.

Don Lockwood, o ator vivido por Gene Kelly, quer declarar seu amor para Kathy Selden, a jovem atriz vivida por Debbie Reynolds. Mas diz que não consegue se não tiver o cenário adequado. Num estúdio, uma aulinha de mágica de Hollywood: luz do luar de um refletor, brisa noturna de ventiladores… E um dos mais bonitos números românticos do cinema. Debbie Reynolds penou nas mãos de Gene Kelly, um obcecado pela perfeição. Um dia, Fred Astaire a pegou chorando num canto da MGM e ela contou suas dificuldades. Então, ele ensaiou e deu dicas a ela. Como se vê aqui, ela aprendeu mais do que bem.

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51. ‘I COULD HAVE DANCED ALL NIGHT’, de My Fair Lady — Minha Bela Dama (1964)
Com Audrey Hepburn (voz de Marni Nixon). Direção: Geotge Cukor. Coreografia: Hermes Pan. Canção de Frederick Loewe e Alan Jay Lerner.

Logo depois de ‘The rain in Spain’, a pobre e inculta florista Eliza Doolittle está nas nuvens: finalmente mostrou que pode falar direito e potencial para ser uma dama, aos olhos de seu irascível professor. É levada pela governanta para dormir, mas quem conseguiria assim tão rápido? Durante todo o processo (subir escadas, trocar de roupa, se lavar), ela só canta que “poderia dançar a noite inteira”). Audrey, em um de seus pontos  mais altos em ser adorável.

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Novica Rebelde - 09

Julie Andrews em “I have confidence in me”, de “A Noviça Rebelde” (1965)

80. ‘SPRINGTIME FOR HITLER/ HEIL MYSELF’, de Os Produtores (2005)
Com John Barrowman, Gary Beach, Uma Thurman e coro. Direção e coreografia: Susan Stroman. Canção de Mel Brooks.

Uma ridicularização implacável do nazismo na figura de um musical da Broadway que o glorifica, a primeira parte é a refilmagem encorpada do número do filme original de 1968, Primavera para Hitler. Quando Hitler entra em cena, interpretado na peça pelo diretor gay Roger DeBris (por sua vez, vivido por Gary Beach), é a parte nova para Os Produtores e igualmente antológica e hilariante. O uso da expressão “Heil myself” é um tributo de Brooks a Ernst Lubitsch, que sacaneou Hitler com essa expressão em Ser ou Não Ser (1942), refilmado em 1983 como Sou ou Não Sou, com o próprio Mel Brooks no papel principal.

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79. ‘WE BOTH REACHED FOR THE GUN’, de Chicago (2002)
Com Richard Gere, Renée Zellweger, Christine Baranski. Direção e coreografia: Rob Marshall. Canção de John Kander e Fred Ebb.

Primor de metáfora, uma coletiva de imprensa manipulada por um advogado espertalhão é retratada como um show de ventriloquismo e marionetes, através de um delicioso ragtime, ritmo muito identificado com a época em que o filme se passa. Como acontece na narrativa de Chicago, o filme alterna entre o registro realista e o de fantasia, como musical.

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78. ‘THE RAIN IN SPAIN’, de My Fair Lady — Minha Bela Dama (1964)
Com Audrey Hepburn (com voz de Marni Nixon), Rex Harrison e Wilfrid Hyde-White. Direção: George Cukor. Coreografia: Hermes Pan. Canção de Frederick Loewe e Alan Jay Lerner.

Massacrada pelo tirânico professor de fonética, a florista pobre Eliza Doolittle finalmente consegue articular uma frase corretamente: “The rain in Spain stays mainly in a plain”. A euforia que toma conta de todos é um momento muito especial de My Fair Lady e o ponto de virada da trama da florista que o professor quer fazer virar dama.

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77. ‘THEY ALL LAUGHED’, de Vamos Dançar? (1937)
Com Ginger Rogers e Fred Astaire. Direção: Mark Sandrich. Coreografia: Hermes Pan e Harry Losee. Canção de George Gerswhin e Ira Gershwin.

Na trama de Vamos Dançar?, Fred dança balé clássico e finge que é russo. O encontro com Ginger é o choque de dois mundos, e esse choque acontece para valer em “They all laughed”, delicinha de canção dos Gershwin. Ginger canta na primeira parte, depois os dois se estranham na dança, depois Fred mostra quem é e o que sabe. Depois, o que vem é magia.

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76. ‘A HARD DAY’S NIGHT’, de A Hard Day’s Night (1964)
Com The Beatles. Direção: Richard Lester. Canção de John Lennon e Paul McCartney.

A abertura de A Hard Day’s Night é antológica, reproduzindo a histeria da beatlemania com toques de nonsense e dando o tom do que virá no filme: a reprodução cômica do que seria um dia no cotidiano agitado dos Beatles, com um ar meio de documentário. O apuro visual de Richard Lester fez essas imagens ficarem clássicas.

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75. ‘JUMPIN JIVE’, de Tempestade de Ritmos (1943)
Com Cab Calloway e os Nicholas Brothers. Direção: Andrew L. Stone. Direção de dança: Nick Castle. Coreografia: Clarence Robinson. Canção de Cab Calloway, Jack Palmer e Frank Froeba.

Você nunca vai ver no cinema alguma coisa igual aos Nicholas Brothers. De uma agilidade inacreditável eles faziam coisas que nem superstars do calibre de Ferd Astaire e Gene Kelly se atreviam. Infelizmente, o racismo jogava contra: para não incomodar as plateias segregacionistas de alguns estados, os grandes filmes reservavam a eles apenas participações especiais, que podiam ser cortadas nas exibições nesses lugares. Eles tinham melhor espaço em filmes de elenco negro e destinados ao público negro como este Tempestade de Ritmos. Antecedidos pelo inimitável Cab Calloway, os Nicholas sapateiam e saltam um sobre o outro, saltam por cima da orquestra, saltam subindo e descendo uma escada. Um assombro.

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74. ‘BLACK BOYS/ WHITE BOYS’, de Hair (1979)
Com Laurie Beechman, Debi Dye, Ellen Foley, Johnny Maestro, Fred Ferrara, Jim Rosica, Vincent Carella, Nell Carter, Charlayne Woodard, Trudy Perkins, Chuck Patterson, H. Douglas Berring, Russell Costen, Kenny Brawner e The Stylistics. Direção: Milos Forman. Coreografia: Twyla Tharp. Canção de Galt McDermot.

O número mais irreverente e iconoclasta de Hair faz um paralelo genial entre garotas num parque falando abertamente sobre seus desejos a respeito de rapazes de outra cor… e militares numa junta de alistamento avaliando os novos recrutas. A seriedade na face de alguns dos militares enquanto cantam o que cantam dá ainda mais graça à coisa toda.

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73. ‘SUDDENLY SEYMOUR’, de A Pequena Loja dos Horrores (1986)
Com Rick Moranis, Ellen Greene, Michelle Weeks, Tichina Arnold e Tisha Campbell-Martin. Direção: Frank Oz. Coreografia: Pat Garrett. Canção de Alan Menken e Howard Ashman.

Dois sofredores do mundo, o funcionário de uma floricultura testemunha o desencanto da mulher que ama, mas que só se envolve com homens abusivos. Sua declaração de amor é uma pérola de sentimento dentro da galhofa deste ótimo musical cômico. Rick Moranis está ótimo, mas Ellen Greene (reprisando seu papel dos palcos) é sensacional.

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72. ‘ANOTHER DAY OF SUN’, de La La Land — Cantando Estações (2016)
Com Reshma Gajjar, Hunter Hamilton, Damian Gomez, Candice Coke e elenco (vozes de Angela Parrish, Nick Baxter, Marius De Vries, Briana Lee e Sam Stone). Direção: Damien Chazelle. Coreografia: Mandy Moore. Canção de Justin Hurwitz, Benj Pasek e Justin Paul.

Quantos sonhos a chatice de um engarramento esconde? Em outro dia comum de sol e carros parados em Los Angeles, as aspirações ganham vida quando os motoristas saem de seus carros e começam a contar daquilo que os levaram até a cidade: o sonho de vencer em Hollywood. Filmado numa autoestrada real, com três planos-sequência com cortes escondidos para que pareça tudo um único plano. É uma declaração de intenções do filme: abrindo com este número, sem qualquer dos personagens principais, já estão aqui o estilo narrativo, o estilo visual e o tema central.

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71. ‘I HAVE CONFIDENCE’, de A Noviça Rebelde (1965)
Com Julie Andrews. Direção: Robert Wise. Coreografia: Marc Breaux e Dee Dee Wood. Canção de Richard Rogers e Oscar Hammerstein II.

O carisma avassalador de Julie é combinado com a paisagem de tirar o fòlego de Salzburgo, captada através dos enquadramentos rigorosos e incríveis de Wise. Reparem, no começo, o recuo da câmera que mostra que a fraulein Maria está enquadrada entre as grades do portão. Ou quando ela vem do fundo do quadro, com os prédios ao fundo, e a câmera faz outro recuo para mostrar o ônibus para onde ela vai. Ou ela cantando na janela, com a paisagem refletida no outro vidro. Ou quando ela desde do ônibus e dá meia volta indo para o fundo do quadro. Fora a música, um canto de otimismo com violão na mão e saltinhos meio desengonçados no ar, que começa na dúvida e termina na autoconfiança plena.

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A última impressão é a que fica? Aqui está uma lista de meus 50 finais preferidos de filmes. 

Noivo Neurotico Noiva Nervosa - 41

50. NOIVO NEURÓTICO, NOIVA NERVOSA. Woody Allen, 1977

ALVY: “Eu, eu pensei naquela velha piada, sabe, um, um cara vai a um psiquiatra e diz: ‘Doutor, hã, meu irmão está louco. Ele pensa que é uma galinha’. E, hã, o doutor diz: ‘Bem, por que você não o interna?’. E o cara diz: ‘Eu ia, mas eu preciso dos ovos’. Bem, acho que isso é muito como eu me sinto sobre relacionamentos. Você sabe, eles são totalmente irracionais e loucos e absurdos e… mas, hã, acho que continuamos com eles porque, hã, a maioria de nós precisa dos ovos”.

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Bebe de Rosemary - 14

49. O BEBÊ DE ROSEMARY. Roman Polanski, 1968

ROSEMARY: “Você está balançando muito rápido”.

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Doce Vida - 15

48. A DOCE VIDA. Federico Fellini, 1960

MARCELLO: “Não consigo escutar!”.

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Setimo Selo-03

47. O SÉTIMO SELO. Ingmar Bergman, 1957

JOF: “E a Morte, a mestre severa, os convida para dançar”.

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Intocaveis - 1987 - 10

46. OS INTOCÁVEIS. The Untouchables. Brian de Palma, 1987

REPÓRTER: “Estão dizendo que vão revogar a Lei Seca. O que o senhor vai fazer?”
ELLIOT NESS: “Acho que vou tomar um drinque”.

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Chinatown - 26

45. CHINATOWN. Chinatown. Roman Polanski, 1974

WALSH: “Esqueça, Jake. É Chinatown”.

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Bonequinha de Luxo-15

44. BONEQUINHA DE LUXO. Breakfast at Tiffany’s. Blake Edwards, 1961

HOLLY: “O Gato… Onde está o Gato?…”

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Separacao - 09

43. A SEPARAÇÃO. Jodaeiye Nader az Simin. Asghar Farhadi, 2011

JUIZ: “Você quer que eles esperem lá fora, se for difícil para você?
TERMEH: “Eles podem?”

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Vida de Brian - 12

42. A VIDA DE BRIAN. Life of Brian. Terry Jones, 1979

SR. FRISBEE: “Olhe sempre o lado bom da vida”.

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Clube dos Cinco-29

41. CLUBE DOS CINCO. The Breakfast Club. John Hughes, 1985

BRIAN: “Mas o que descobrimos é que cada um de nós é um CDF…”
ANDREW: “…e um atleta…”
ALLISON: “…e uma inútil…”
CLAIRE: “…e uma princesa…”
BENDER: “…e um marginal.”

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Pacto de Sangue - 02

41. PACTO DE SANGUE. Double Indemnity. Billy Wilder, 1944

KEYES: “Você nunca vai chegar na fronteira”
WALTER: “Isso é o que você pensa”
KEYES: “Você não vai chegar nem ao elevador”.

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Butch Cassidy - 06

40. BUTCH CASSIDY. Butch Cassidy and the Sundance Kid. George Roy Hill, 1969

BUTCH: “Tenho uma grande ideia de para onde deveríamos ir depois daqui”.

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Montanha dos Sete Abutres - 09

39. A MONTANHA DOS SETE ABUTRES. Ace in the Hole/ The Big Carnival. Billy Wilder, 1951

CHUCK: “Gostaria de ganhar mil dólares por dia, Sr. Boot? Sou um jornalista que vale mil dólares por dia. Pode ficar comigo por nada”.

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Deus e o Diabo na Terra do Sol - 12

38. DEUS E O DIABO NA TERRA DO SOL. Glauber Rocha, 1964

CORISCO: “Mais fortes são os poderes do povo!”.

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Bons Companheiros - 06

37. OS BONS COMPANHEIROS. Goodfellas. Martin Scorsese, 1990

HENRY: “Sou um ninguém. Vou viver o resto da minha vida como um merda”.

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Toy Story 3 - 09

36. TOY STORY 3. Toy Story 3. Lee Unkrich, 2010

WOODY: “Até mais, parceiro”.

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Cavadoras de Ouro - 07

35. CAVADORAS DE OURO. Gold Diggers of 1933. Mervyn LeRoy, 1933

CAROL: “Lembre-se do meu homem esquecido”.

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Homem de Ferro - 34

34. HOMEM DE FERRO. Iron Man. Jon Favreau, 2008

TONY STARK: “Eu sou o Homem de Ferro”.

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Dona Flor e Seus Dois Maridos - 21

33. DONA FLOR E SEUS DOIS MARIDOS. Bruno Barreto, 1976

TRILHA SONORA: “O que será, que será, que andam suspirando pelas alcovas?”

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Sociedade dos Poetas Mortos - 03

32. SOCIEDADE DOS POETAS MORTOS. Dead Poets Society. Peter Weir, 1989

ANDERSON: “Oh, capitão, meu capitão!”.

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Ouro e Maldicao - 02

31. OURO E MALDIÇÃO. Greed. Erich von Stroheim, 1924

MARCUS: “Não há água em uma centena de milhas daqui. Nós… somos… homens… mortos”.

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Princesa e o Plebeu - 15

29. A PRINCESA E O PLEBEU. Roman Holiday. William Wyler, 1953

ANN: “Muito feliz, Sr. Bradley”.

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Malvada - 09

28. A MALVADA. All about Eve. Joseph L. Mankiewicz, 1950

ADDISON: “Você deve perguntar à Srta. Harrington como conseguir um. A Srta. Harrington sabe tudo sobre isso”.

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8½

27. 8 ½. 8 ½. Federico Fellini, 1963

GUIDO: “Esta confusão… sou eu”.

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Inimigo Publico - 03

26. INIMIGO PÚBLICO. The Public Enemy. 1931

MIKE: “Mãe, estão trazendo Tom para casa!”.

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Incompreendidos - 05

25. OS INCOMPREENDIDOS. Les 400 Coups. François Truffaut, 1959

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Thelma e Louise-08

24. THELMA & LOUISE. Thelma & Louise. Ridley Scott, 1991

THELMA: “Apenas vamos em frente”.

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Tempos Modernos - 05

23. TEMPOS MODERNOS. Modern Times. Charles Chaplin, 1936

CARLITOS: “Sorria!”

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Suspeitos - 1995 - 02

22. OS SUSPEITOS. The Usual Suspects. Bryan Singer, 1995

VERBAL: “O maior truque do diabo foi convencer o mundo de que ele não existe”.

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Cinema Paradiso - 20

21. CINEMA PARADISO. Nuovo Cinema Paradiso. Giuseppe Tornatore, 1988

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E o Vento Levou-13

20. …E O VENTO LEVOU. Gone with the Wind. Victor Fleming, 1939

RHETT: “Francamente, minha querida, estou cagando pra isso”.

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Passaros - 34

19. OS PÁSSAROS. The Birds. Alfred Hitchcock, 1963

CATHY: “Posso levar os periquitos, Mitch? Eles não machucaram ninguém”.

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Ladroes de Bicicleta - 12

18. LADRÕES DE BICICLETA. Ladri di Biciclette. Vittorio de Sica, 1948

BRUNO: “Papai! Papai!”

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Se Meu Apartamento Falasse - 06

17. SE MEU APARTAMENTO FALASSE. The Apartment. Billy Wilder, 1960

FRAN KUBELIK: “Cale a boca e dê as cartas”.

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Casablanca - 40

16. CASABLANCA. Casablanca. Michael Curtiz, 1942

RICK: “Louis, acho que este é o início de uma bela amizade”.

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Planeta dos Macacos - 1968 - 10

15. O PLANETA DOS MACACOS. Planet of the Apes. Franklin J. Schaffner, 1968

GEORGE TAYLOR: “Seus maníacos! Vocês estragaram tudo! Malditos sejam!”.

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primeira-noite-de-um-homem-07.png

14. A PRIMEIRA NOITE DE UM HOMEM. Mike Nichols, 1967

TRILHA SONORA: “Olá, escuridão, velha amiga”.

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De Volta para o Futuro - 31

13. DE VOLTA PARA O FUTURO. Back to the Future. Robert Zemeckis, 1985

DOUTOR BROWN: “Ruas? Para onde vamos não precisamos… de ruas”.

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2001 - Uma Odisseia no Espaco - 25

12. 2001 – UMA ODISSEIA NO ESPAÇO. 2001 – A Space Odyssey. Stanley Kubrick, 1968

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Bonnie e Clyde - 35

11. BONNIE AND CLYDE – UMA RAJADA DE BALAS. Bonnie and Clyde. Arthur Penn, 1967

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Rastros de Ódio - 01

10. RASTROS DE ÓDIO. The Searchers. John Ford, 1956

TRILHA SONORA: “Um homem vai procurar seu coração e sua alma”

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Cidadao Kane - 38

9. CIDADÃO KANE. Citizen Kane. Orson Welles, 1941

JERRY THOMPSON: “Talvez ‘Rosebud’ seja alguma coisa que ele não conseguiu. Ou alguma coisa que ele perdeu”.

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Psicose - 1960 - 20

8. PSICOSE. Psycho. Alfred Hitchcock, 1960

NORMA BATES: “Ele vão dizer: ‘Ela não mataria uma mosca’…”.

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Quanto Mais Quente Melhor - 22

7. QUANTO MAIS QUENTE MELHOR. Billy Wilder, 1959

OSGOOD: “Ninguém é perfeito”.

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Noites de Cabiria - 04

6. NOITES DE CABÍRIA. Le Notti di Cabiria. Federico Fellini, 1957

GAROTA: “Boa noite”.

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Manhattan - 03

5. MANHATTAN. Woody Allen, 1979

TRACY: “Nem todo mundo se corrompe. Você tem que ter um pouco de fé nas pessoas”.

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Felicidade Nao Se Compra - 18

4. A FELICIDADE NÃO SE COMPRA. It’s a Wonderful Life. Frank Capra, 1946

HARRY: “Ao meu irmão mais velho George: o homem mais rico da cidade”.

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Poderoso Chefao - 08

3. O PODEROSO CHEFÃO. The Godfather. Francis Ford Coppola, 1972

KAY: “É verdade? É?”
MICHAEL: “Não”.

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Crepusculo dos Deuses-12

2. CREPÚSCULO DOS DEUSES. Sunset Boulevard. Billy Wilder, 1950

NORMA DESMOND: “Está bem, Sr. DeMille, estou pronta para o meu close-up”.

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Luzes da Cidade - 03

1. LUZES DA CIDADE. City Lights. Charles Chaplin, 1931

CARLITOS: “Você consegue ver agora?”
FLORISTA: “Sim, eu consigo ver agora”.

uem me conhece sabe que acho chuva um saco. Mas, em um fenômeno possivelmente interessante (mas provavelmente não), eu gosto de muitas cenas de filmes onde a chuva é um elemento importante – seja como composição do cenário, seja como simbolismo. Isso nos leva a mais um top 10.

Novica Rebelde - 1410 – A NOVIÇA REBELDE (1965)

“You are sixteen going on seventeen” canta o carteiro Rowlf para Liesl, sua namoradinha que deu aquela escapada do jantar em família para namorarem em segredo no jardim da casa. No meio do canto e dança, cai aquela chuvarada e eles se refugiam no solário.

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Quatro Casamentos e um Funeral - 019 – QUATRO CASAMENTOS E UM FUNERAL (1994)

Um personagem no meio do filme diz que sonha com uma paixão que o atinja como um relâmpago. No fim do filme, passados os quatro casamentos e o funeral, os personagens de Hugh Grant e Andie MacDowell têm o seu clímax: sob a chuva que providencia o simbólico relâmpago.

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Naufrago - 018 – NÁUFRAGO (2000)

É debaixo de uma chuva torrencial que o personagem de Tom Hanks reencontra a esposa (bem, ex-esposa) vivida por Helen Hunt, anos após viver isolado em uma ilha. É uma cena difícil e dolorosa, com todos os elementos de “o que poderia ter sido e não foi”, conduzida por dois grandes atores.

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Homem-Aranha-04

7 – HOMEM-ARANHA (2002)

Um beijo que já está virando um clássico. Depois de salvar Mary Jane (Kirsten Dunst) de bandidos em uma rua escura, o Homem-Aranha (Tobey Maguire) desde sobre ela pendurado de cabeça para baixo na teia. Ela baixa parte da máscara dele e…

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Match Point - 03

6 – MATCH POINT (2005)

Woody Allen não é exatamente conhecido por dirigir cenas sensuais. Também por isso, a cena em que Scarlett Johansson e Jonathan Rhys Meyers se rendem ao desejo proibido no campo, sob muita água, se destaca na filmografia do diretor.

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Blade Runner-055 – BLADE RUNNER, O CAÇADOR DE ANDRÓIDES (1982)

A chuva é constante na Los Angeles do futuro, cenário de Blade Runner. É também o cenário do clímax do filme, com o monólogo do replicante vivido por Rutger Hauer, no confronto decisivo por o caçador de andróides vivido por Harrison Ford.

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Bonequinha de Luxo-15

4 – BONEQUINHA DE LUXO (1961)

Frustrada por seus sonhos de riqueza naufragarem e sem aceitar qualquer vínculo emocional, Holly Golightly (Audrey Hepburn) reage à declaração amorosa de Paul (George Peppard) expulsando seu fiel companheiro Gato de um taxi para um beco, debaixo do maior pé d’água. Logo se arrepende – e a procura pelo gato, sob água e a música de Henry Mancini, é um terno simbolismo do reencontro consigo mesma.

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Inimigo Publico-10

3 – INIMIGO PÚBLICO (1931)

A chuva cai forte, mas o personagem de James Cagney não dá a mínima. Na cena, já um poderoso gangster, ele está esperando na rua o momento de entrar sozinho em um restaurante e acertar as contas ele mesmo com uma gangue rival. O tiroteio é acompanhado pelo espectador do lado de fora, ouvindo os tiros e apenas aguardando quem sairá vivo pela porta.

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Sete Samurais - 04

2 – OS SETE SAMURAIS (1954)

O confronto final entre a pobre aldeia, liderada pelos sete samurais contratados, contra os bandidos que rotineiramente a atacam, acontece debaixo de um dos maiores pés d’água já vistos no cinema, o que torna tudo ainda mais desafiador, épico e dramático neste clássico de Kurosawa.

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Antes do primeiro colocado, algumas menções honrosas: Deus desafiado em Forrest Gump, o Contador de Histórias (1994); visibilidade zero em Psicose (1960); a mensagem fatídica em Casablanca (1942); os créditos de abertura de Os Guarda-Chuvas do Amor (1964); fuga sob a chuva em Um Sonho de Liberdade (1995); um beijo de Depois do Vendaval (1952); e o sexo na escadaria de 9½ Semanas de Amor (1986).

Cantando na Chuva - 25

1 – CANTANDO NA CHUVA (1952)

Dizem que Gene Kelly estava com 38 graus de febre no dia em que filmou a cena mais icônica de Cantando na Chuva: seu  personagem deixa a namorada em casa, parece que todos os seus problemas estão resolvidos e ele está tão feliz que não se importa com o aguaceiro: fecha o guarda-chuva, canta e sapateia pela rua. Leite foi misturado na água para que os pingos ficassem mais visíveis na filmagem. Kelly improvisou uma parte do número. E tudo foi feito em poucos e longos planos, que mostram a perícia não só de Kelly como da equipe inteira.

Audrey Hepburn em "A Princesa e o Plebeu"

1 – AUDREY HEPBURN, por A Princesa e o Plebeu

Posteriormente em Musas retroativas: 2ª em 1954, por Sabrina; 7ª em 1956, por Guerra e Paz; 2ª em 1957, por Cinderela em Paris e por Amor na Tarde; 10ª em 1959, por Uma Cruz à Beira do Abismo e por A Flor que Não Morreu; 12ª em 1960, por O Passado Não Perdoa; 1ª em 1961, por Bonequinha de Luxo e por Infâmia; 7ª em 1963, por Charada; 9ª em 1964, por My Fair Lady e por Quando Paris Alucina; 3ª, em 1966, por Como Roubar um Milhão de Dólares; 8ª em 1967, por Um Caminho para Dois e por Um Clarão nas Trevas; 16ª em 1976, por Robin e Marian

A aparição impactante e encantadora de Audrey Hepburn para o mundo em A Princesa e o Plebeu garantiu o Oscar daquele ano e o alto do pódio na nossa lista. Sua princesa que tira um dia de folga em Roma, corta o cabelo, vive aventuras e se apaixona é inesquecível. Uma estreia como poucas. O que enobrece a vitória é o pódio completado por uma Cyd Charisse impressionante com suas pernas intermináveis em A Roda da Fortuna e Marilyn Monroe triplamente no ano em que virou uma estrela – com destaque para a cena icônica em que, tão sinuosa quanto engraçada, canta as qualidades dos diamantes. E olha que o ano ainda teve Deborah Kerr no beijo mais famoso do cinema, Ava Gardner, Grace Kelly, Rita Hayworth… Primeira aparição: Audrey Hepburn, Harrie Andersson, Deborah Kerr, Jean Simmons, Alida Valli, Lauren Bacall, Jennifer Jones. Última aparição: Gloria Grahame, Jean Peters, Rita Hayworth, Única aparição: Donna Reed, Jane Russell, Setsuko Hara, Gene Tierney. Brasileiras na lista: nenhuma.

Cyd Charisse em "A Roda da Fortuna"

2 – CYD CHARISSE, por A Roda da Fortuna

Anteriormente em Musas retroativas1ª em 1952, por Cantando na ChuvaPosteriormente em Musas retroativas: 6ª em 1954, por A Lenda dos Beijos Perdidos; 5ª em 1955, por Dançando nas Nuvens; 20ª em 1956, por Viva Las Vegas; 1ª em 1957, por Meias de Seda; 5ª em 1958, por A Bela do Bas-Fond.

Marilyn Monroe em "Os Homens Preferem as Louras" Marilyn Monroe em "Torrentes de Paixão" Marilyn Monroe em "Como Agarrar um Milionário"

3 – MARILYN MONROE, por Os Homens Preferem as Louras, por Torrentes de Paixão e por Como Agarrar um Milionário

Anteriormente em Musas retroativas: 4ª em 1952, por O Inventor da Mocidade, por Almas Desesperadas, por Só a Mulher Peca, por Travessuras de Maridos e por Páginas da Vida. Posteriormente em Musas retroativas: 3ª em 1954, por O Mundo da Fantasia e por O Rio das Almas Perdidas; 1ª em 1955, por O Pecado Mora ao Lado; 4ª em 1956, por Nunca Fui Santa; 3ª em 1957, por O Príncipe e a Corista; 2ª em 1959, por Quanto Mais Quente Melhor; 11ª em 1960, por Adorável Pecadora; 2ª em 1961, por Os Desajustados; 1ª em 1962, por Something’s Got to Give.

Harriet Andersson em "Mônica e o Desejo" Harriet Andersson em "Noites de Circo"

4 – HARRIET ANDERSSON, por Mônica e o Desejo e por Noites de Circo

Posteriormente em Musas retroativas: 10ª em 1961, por Através do Espelho.

Deborah Kerr em "A um Passo da Eternidade"

5 – DEBORAH KERR, por A um Passo da Eternidade

Posteriormente em Musas retroativas: 15ª em 1955, por Pelo Amor de Meu Amor; 18ª em 1956, por O Rei e Eu e por Chá e Simpatia; 10ª em 1957, por Tarde Demais para Esquecer e por O Céu É Testemunha; 17ª em 1959, por Crepúsculo Vermelho.

Ava Gardner em "Mogambo"

6 – AVA GARDNER, por Mogambo

Anteriormente em Musas retroativas5ª em 1952, por As Neves do KilimanjaroPosteriormente em Musas retroativas: 10ª em 1954, por A Condessa Descalça; 16ª em 1957, por E Agora Brilha o Sol; 11ª em 1958, por A Maja Desnuda.

Donna Reed em "A um Passo da Eternidade"

7 – DONNA REED, por A um Passo da Eternidade

Grace Kelly em "Mogambo"

8 – GRACE KELLY, por Mogambo

Anteriormente em Musas retroativas: 2ª em 1952, por Matar ou Morrer. Posteriormente em Musas retroativas: 2ª em 1952, por Matar ou Morrer; 1ª em 1954, por Janela Indiscreta, por Disque M para Matar, por Amar É Sofrer e por Tentação Verde; 2ª em 1955, por Ladrão de Casaca; 2ª em 1956, por Alta Sociedade e por O Cisne.

Gina Lollobrigida em "Pão, Amor e Fantasia" Gina Lollobrigida em "O Diabo Riu por Último"

9 – GINA LOLLOBRIGIDA, por Pão, Amor e Fantasia e por O Diabo Riu por Último

Anteriormente em Musas retroativas: 6ª em 1952, por Fanfan la TulipePosteriormente em Musas retroativas: 8ª em 1959, por Salomão e a Rainha de Sabá; 9ª em 1961, por Quando Setembro Vier; 14ª em 1971, por A Quadrilha da Fronteira.

Rita Hayworth em "Salomé" Rita Hayworth em "A Mulher de Satã"

10 – RITA HAYWORTH, por Salomé e por A Mulher de Satã

Anteriormente em Musas retroativas: 13ª em 1952, por Uma Viúva em Trinidad.

Janet Leigh (O Preço de um Homem) janet Leigh em "Que Delícia o Amor" Janet Leigh em "Houdini, o Homem Miraculoso"

11 – JANET LEIGH, por O Preço de um HomemQue Delícia o Amor e por Houdini, o Homem Miraculoso

Anteriormente em Musas retroativas17ª em 1952, por ScaramouchePosteriormente em Musas retroativas: 6ª em 1958, por A Marca da Maldade; 11ª em 1960, por Psicose.

Jean Simmons em "O Manto Sagrado" Jean Simmons em "Papai Não Quer" Jean Simmons em "A Rainha virgem"

12 – JEAN SIMMONS, por O Manto Sagrado, por Papai Não Quer e por A Rainha Virgem

Posteriormente em Musas retroativas: 15ª em 1954, por Desirée, o Amor de Napoleão; 8ª em 1958, por Da Terra Nascem os Homens;  7ª em 1960, por Spartacus e por Entre Deus e o Pecado.

Marilyn Monroe e Jane Russell em "Os Homens Preferem as Louras"  Jane Russell em "Um Romance em Paris"

13 – JANE RUSSELL, por Os Homens Preferem as Louras e por Um Romance em Paris

Jean Peters em "Anjo do Mal"

14 – JEAN PETERS, por Anjo do Mal

Anteriormente em Musas retroativas: 14ª em 1952, por Viva Zapata.

Gloria Grahame em "Os Corruptos"

15 – GLORIA GRAHAME, por Os Corruptos

Anteriormente em Musas retroativas: 16ª em 1952, por Assim Estava Escrito e por O Maior Espetáculo da Terra.

Alida Valli em "Nós, as Mulheres"

16 – ALIDA VALLI, por Nós, as Mulheres

Posteriormente em Musas retroativas: 8ª em 1954, por Sedução da Carne.

Setsuko Hara em "Era uma Vez em Tóquio"

17 – SETSUKO HARA, por Era uma Vez em Tóquio

Lauren Bacall em "Como Agarrar um Milionário"

18 – LAUREN BACALL, por Como Agarrar um Milionário

Posteriormente em Musas retroativas: 17ª em 1955, por Rota Sagrenta; 19ª em 1956, por Palavras ao Vento; 5ª em 1957, por Teu Nome É Mulher.

Gene Tierney em "Nunca Me Deixes Ir"

19 – GENE TIERNEY, por Como Agarrar um Milionário

Jennifer Jones em "O Diabo Riu por Último" Jennifer Jones em "Quando a Mulher Erra"

20 – JENNIFER JONES, por O Diabo Riu por Último e por Quando a Mulher Erra

Posteriormente em Musas retroativas: 7ª em 1955, por Suplício de uma Saudade; 14ª em 1957, por Adeus às Armas.

 


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01 - Grace Kelly-b

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MBDCOGI EC003

Grace Kelly In Green Fire

1 – GRACE KELLY, por Janela Indiscreta, por Disque M para Matar, por Amar É Sofrer e por Tentação Verde

Anteriormente em Musas retroativas: 2ª em 1952, por Matar ou Morrer; 8ª em 1953, por Mogambo. Posteriormente em Musas retroativas: 2ª em 1955, por Ladrão de Casaca; 2ª em 1956, por Alta Sociedade e por O Cisne.

A década de 1950 é, provavelmente, o período de maiores “clássicos” (clássicos no sentido de um Fla x Flu) entre as musas retroativas. Até agora, contando do fim para o começo, anualmente as favoritas são as mesmas e potencializadas pela máquina de glamour de Hollywood funcionando a plena potência. Audrey Hepburn, Marilyn Monroe e Elizabeth Taylor estão quase sempre nos primeiros lugares, se alternando no topo. E Grace Kelly, que abandonou o cinema em 1956, também. Foi vice em na nossa lista em 1955 e 1956 e campeã este ano, emplacando quatro filmes, sendo dois de Hitchcock – e um deles é Janela Indiscreta, com aquela entrada em cena. Audrey foi a vice com a transformação de sua personagem em Sabrina. E nem foi um dos melhores anos de Marilyn, mas Marilyn é Marilyn e ela só precisava de uma cena para ser inesquecível, como mostra em “After you get what you want, you don’t want it”, de O Mundo da Fantasia. Primeira aparição: Dorothy Dandrige, Eva Marie Saint, Sophia Loren, Silvana Mangano. Última aparição: Alida Valli. Única aparição: Sarita Montiel, Vera-Ellen, Virginia Gibson, Jane Powell, Eliana. Brasileiras na lista: Eliana.

Audrey Hepburn em "Sabrina"

2 – AUDREY HEPBURN, por Sabrina

Anteriormente em Musas retroativas1ª em 1953, por A Princesa e o PlebeuPosteriormente em Musas retroativas: 7ª em 1956, por Guerra e Paz; 2ª em 1957, por Cinderela em Paris e por Amor na Tarde; 10ª em 1959, por Uma Cruz à Beira do Abismo e por A Flor que Não Morreu; 12ª em 1960, por O Passado Não Perdoa; 1ª em 1961, por Bonequinha de Luxo e por Infâmia; 7ª em 1963, por Charada; 9ª em 1964, por My Fair Lady e por Quando Paris Alucina; 3ª, em 1966, por Como Roubar um Milhão de Dólares; 8ª em 1967, por Um Caminho para Dois e por Um Clarão nas Trevas; 16ª em 1976, por Robin e Marian.

Marilyn Monroe em "O Mundo da Fantasia" Marilyn Monroe em "O Rio das Almas Perdidas"

3 – MARILYN MONROE, por O Mundo da Fantasia e por O Rio das Almas Perdidas

Anteriormente em Musas retroativas: 4ª em 1952, por O Inventor da Mocidade, por Almas Desesperadas, por Só a Mulher Peca, por Travessuras de Maridos e por Páginas da Vida; 3ª em 1953, por Os Homens Preferem as Louras, por Torrentes de Paixão e por Como Agarrar um MilionárioPosteriormente em Musas retroativas: 1ª em 1955, por O Pecado Mora ao Lado; 4ª em 1956, por Nunca Fui Santa; 3ª em 1957, por O Príncipe e a Corista; 2ª em 1959, por Quanto Mais Quente Melhor; 11ª em 1960, por Adorável Pecadora; 2ª em 1961, por Os Desajustados; 1ª em 1962, por Something’s Got to Give.

Elizabeth Taylor em "No Caminho dos Elefantes" Elizabeth Taylor em "A Última Vez que Vi Paris"

4 – ELIZABETH TAYLOR, por No Caminho dos Elefantes e por A Última Vez que Vi Paris

Anteriormente em Musas retroativas18ª em 1952, por Ivanhoé, o Vingador do ReiPosteriormente em Musas retroativas: 3ª em 1956, por Assim Caminha a Humanidade; 1ª em 1958, por Gata em Teto de Zinco Quente; 1ª em 1959, por De Repente, no Último Verão; 2ª em 1960, por Disque Butterfield 8; 3ª em 1963, por Cleópatra; 15ª em 1965, por Adeus às Ilusões; 18ª em 1970, por Jogo de Paixões.

Dorothy Dandridge em "Carmen Jones"

5 – DOROTHY DANDRIDGE, por Carmen Jones

Posteriormente em Musas retroativas: 7ª em 1959, por Porgy & Bess.

Cyd Charisse em "A Lenda dos Beijos Perdidos"

6 – CYD CHARISSE, por A Lenda dos Beijos Perdidos

Anteriormente em Musas retroativas1ª em 1952, por Cantando na Chuva; 2ª em 1953, por A Roda da FortunaPosteriormente em Musas retroativas: 5ª em 1955, por Dançando nas Nuvens; 20ª em 1956, por Viva Las Vegas; 1ª em 1957, por Meias de Seda; 5ª em 1958, por A Bela do Bas-Fond.

Ingrid Bergman em "Romance na Itália"

7 – INGRID BERGMAN, por Romance na Itália

Anteriormente em Musas retroativas: 11ª em 1952, por Europa 51Posteriormente em Musas retroativas: 10ª em 1956, por Anastácia, a Princesa Esquecida; 17ª em 1958, por Indiscreta e por A Morada da Sexta Felicidade; 15ª em 1969, por Flor de Cacto.

Alida Valli em "Sedução da Carne"

8 – ALIDA VALLI, por Sedução da Carne

Anteriormente em Musas retroativas: 16ª em 1953, por Nós, as Mulheres.

Sarita Montiel em "Vera Cruz"

9 – SARITA MONTIEL, por Vera Cruz

Ava Gardner em "A Condessa Descalça"

10 – AVA GARDNER, por A Condessa Descalça

Anteriormente em Musas retroativas: 7ª em 1952, por As Neves do Kilimanjaro; 6ª em 1953, por MogamboPosteriormente em Musas retroativas: 16ª em 1957, por E Agora Brilha o Sol; 11ª em 1958, por A Maja Desnuda.

Eva Marie Saint em "Sindicato de Ladrões"

11 – EVA MARIE SAINT, por Sindicado de Ladrões

Posteriormente em Musas retroativas: 3ª em 1959, por Intriga Internacional; 20ª em 1962, por Anjo Violento.

Sophia Loren em "Duas Noites com Cleópatra" Sophia Loren em "A Invasão dos Bárbaros"

12 – SOPHIA LOREN, por Duas Noites com Cleópatra e por A Invasão dos Bárbaros

Posteriormente em Musas retroativas: 11ª em 1957, por A Lenda da Estátua Nua, por Orgulho e Paixão e por A Lenda dos Desaparecidos; 19ª em 1958, por Tentação Morena, por A Orquídea Negra, por Desejo e por A Chave; 4ª em 1960, por Duas Mulheres, por Começou em Nápoles e por The Millionairess; 14ª em 1961, por El Cid; 6ª em 1962, por Boccaccio ’70; 4ª em 1963, por Ontem, Hoje e Amanhã; 8ª em 1964, por Matrimônio à Italiana e por A Queda do Império Romano; 14ª em 1966, por Arabesque; 20ª em 1967, por A Condessa de Hong Kong; 5ª em 1972, por O Homem de La Mancha.

Vera-Ellen em "Natal Branco"

13 – VERA-ELLEN, por Natal Branco

Lana Turner em "Atraiçoado"

14 – LANA TURNER, por Atraiçoado

Anteriormente em Musas retroativas: 3ª em 1952, por Assim Estava Escrito. Posteriormente em Musas retroativas: 3ª em 1952, por Assim Estava Escrito; 8ª em 1955, por O Filho Pródigo e por Mares Violentos; 18ª em 1957, por A Caldeira do Diabo; 15ª em 1959, por Imitação da Vida.

Jean Simmons em "Desirée, o Amor de Napoleão"

15 – JEAN SIMMONS, por Desirée, o Amor de Napoleão

Anteriormente em Musas retroativas: 12ª em 1953, por O Manto Sagrado, por Papai Não Quer e por A Rainha Virgem. Posteriormente em Musas retroativas8ª em 1958, por Da Terra Nascem os Homens; 7ª em 1960, por Spartacus e por Entre Deus e o Pecado.

Silvana Mangano em "Ulisses"

16 – SILVANA MAGANO, por Ulisses

Posteriormente em Musas retroativas: 19ª em 1962, por Barrabás.

Virginia Gibson em "Sete Noivas para Sete Irmãos"

17 – VIRGINIA GIBSON, por Sete Noivas para Sete Irmãos

Jane Powell em "Sete Noivas para Sete Irmãos"

Jane Powell em “Sete Noivas para Sete Irmãos”

18 – JANE POWELL, por Sete Noivas para Sete Irmãos

Eliana em "Nem Sansão nem Dalila"

19 – ELIANA, por Nem Sansão nem Dalila

Eleanor Parker em "A Selva Nua" Eleanor Parker em "O Vale dos Reis"

20 – ELEANOR PARKER, por A Selva Nua e por O Vale dos Reis

Anteriormente em Musas retroativas8ª em 1952, por ScaramouchePosteriormente em Musas retroativas: 15ª em 1956, por O Homem do Braço de Ouro.

 


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41 - Brigitte Bardot ("E Deus Criou a Mulher" e...)

1 – BRIGITTE BARDOT, por E Deus Criou a Mulher

Anteriormente em Musas retroativas: 15ª em 1952, por ManinaPosteriormente em Musas retroativas: 3ª em 1958, por Amar É Minha Profissão e por Vingança de Mulher; 5ª em 1960, por A Verdade; 2ª em 1963, por O Desprezo; 6ª em 1965, por Viva Maria!; 11ª em 1968, por Shalako; 10ª em 1973, por Se Don Juan Fosse Mulher.

No último ano de Grace Kelly no cinema, ela esteve sensacional em Alta Sociedade. Liz Taylor e Marilyn tiveram as aparições arrebatadoras de costume – a inglesa como a socialite se adaptando e adaptando a ela o modo de vida muito típico do Texas em Assim Caminha a Humanidade; a californiana teve um desempenho dramático comovente para uma atriz que sempre foi subestimada. Mas o ano teve um nome e esse nome só pode ser o de Brigitte Bardot, o furacão francês que se tornou um dos grandes eventos sexuais da história do cinema. Grande destaque também para Carrol Baker, principalmente pelo insinuante papel de Boneca de Carne. Primeira aparição: Carroll Baker, Julie London, Vera Miles, Pier Angeli. Última aparição: Grace Kelly, Susan Hayward, Eleanor Parker. Única aparição: Anne Baxter. Brasileiras na lista: nenhuma.

2 - Grace Kelly ("Alta Sociedade" e...) 2 - Grace Kelly (...também por "O Cisne")

2 – GRACE KELLY, por Alta Sociedade e por O Cisne

Anteriormente em Musas retroativas: 2ª em 1952, por Matar ou Morrer; 8ª em 1953, por Mogambo; 1ª em 1954, por Janela Indiscreta, por Disque M para Matar, por Amar É Sofrer e por Tentação Verde; 2ª em 1955, por Ladrão de Casaca.

3 - Elizabeth Taylor ("Assim Caminha a Humanidade")

3 – ELIZABETH TAYLOR, por Assim Caminha a Humanidade

Anteriormente em Musas retroativas18ª em 1952, por Ivanhoé, o Vingador do Rei; 4ª em 1954, por No Caminho dos Elefantes e por A Última Vez que Vi ParisPosteriormente em Musas retroativas: 1ª em 1958, por Gata em Teto de Zinco Quente; 1ª em 1959, por De Repente, no Último Verão; 2ª em 1960, por Disque Butterfield 8; 3ª em 1963, por Cleópatra; 15ª em 1965, por Adeus às Ilusões; 18ª em 1970, por Jogo de Paixões.

4 - Marilyn Monroe ("Nunca Fui Santa")

4 – MARILYN MONROE, por Nunca Fui Santa

Anteriormente em Musas retroativas: 4ª em 1952, por O Inventor da Mocidade, por Almas Desesperadas, por Só a Mulher Peca, por Travessuras de Maridos e por Páginas da Vida; 3ª em 1953, por Os Homens Preferem as Louras, por Torrentes de Paixão e por Como Agarrar um Milionário3ª em 1954, por O Mundo da Fantasia e por O Rio das Almas Perdidas; 1ª em 1955, por O Pecado Mora ao LadoPosteriormente em Musas retroativas: 3ª em 1957, por O Príncipe e a Corista; 2ª em 1959, por Quanto Mais Quente Melhor; 11ª em 1960, por Adorável Pecadora; 2ª em 1961, por Os Desajustados; 1ª em 1962, por Something’s Got to Give.

5 - Carroll Baker ("Boneca de Carne" e...) 5 - Carroll Baker (...também por "Assim Caminha a Humanidade")

5 – CARROLL BAKER, por Boneca de Carne e por Assim Caminha a Humanidade

Posteriormente em Musas retroativas: 16ª em 1958, por Da Terra Nascem os Homens; 8ª em 1965, por Harlow, a Vênus Platinada.

6 - Dorothy Malone ("Palavras ao Vento")

6 – DOROTHY MALONE , por Palavras ao Vento

Anteriormente em Musas retroativas13ª em 1955, por Artistas e Modelos. Posteriormente em Musas retroativas: 13ª em 1961, por O Último Pôr-do-Sol.

7 - Audrey Hepburn ("Guerra e Paz")

7 – AUDREY HEPBURN, por Guerra e Paz

Anteriormente em Musas retroativas1ª em 1953, por A Princesa e o Plebeu2ª em 1954, por Sabrina. Posteriormente em Musas retroativas: 2ª em 1957, por Cinderela em Paris e por Amor na Tarde; 10ª em 1959, por Uma Cruz à Beira do Abismo e por A Flor que Não Morreu; 12ª em 1960, por O Passado Não Perdoa; 1ª em 1961, por Bonequinha de Luxo e por Infâmia; 7ª em 1963, por Charada; 9ª em 1964, por My Fair Lady e por Quando Paris Alucina; 3ª, em 1966, por Como Roubar um Milhão de Dólares; 8ª em 1967, por Um Caminho para Dois e por Um Clarão nas Trevas; 16ª em 1976, por Robin e Marian.

8 - Kim Novak ("O Homem do Braço de Ouro" e...) 8 - Kim Novak (...também por "Melodia Imortal")

8 – KIM NOVAK, por O Homem do Braço de Ouro e por Melodia Imortal

Anteriormente em Musas retroativas4ª em 1955, por Férias de AmorPosteriormente em Musas retroativas: 4ª em 1957, por Meus Dois Carinhos; 2ª em 1958, por Um Corpo que Cai; 18ª em 1960, por O Nono Mandamento; 15ª em 1964, por Beija-me, Idiota e por Servidão Humana.

9 - Julie London ("Sabes o que Quero")

9 – JULIE LONDON, por Sabes o que Quero

Posteriormente em Musas retroativas: 9ª em 1958, por O Homem do Oeste.

10 - Ingrid Bergman ("Anastácia, a Princesa Esquecida")

10 – INGRID BERGMAN, por Anastácia, a Princesa Esquecida

Anteriormente em Musas retroativas: 11ª em 1952, por Europa 51; 7ª em 1954, por Romance na ItáliaPosteriormente em Musas retroativas: 17ª em 1958, por Indiscreta e por A Morada da Sexta Felicidade; 15ª em 1969, por Flor de Cacto.

11 - Shirley MacLaine ("A Volta ao Mundo em 80 Dias")

11 – SHIRLEY MACLAINE, por A Volta ao Mundo em 80 Dias

Anteriormente em Musas retroativas11ª em 1955, por O Terceiro Tiro e por Artistas e Modelos. Posteriormente em Musas retroativas: 18ª em 1958, por Deus Sabe Quanto Amei, por Irresistível Forasteiro e por A Mercadora da Felicidade; 9ª em 1960, por Se Meu Apartamento Falasse e por Can Can; 12ª em 1961, por Infâmia; 11ª em 1963, por Irma la Douce; 10ª em 1969, por Charity, Meu Amor; 19ª em 1970, por Os Abutres Têm Fome.

12 - Doris Day ("O Homem que Sabia Demais")

12 – DORIS DAY, por O Homem que Sabia Demais

Anteriormente em Musas retroativas3ª em 1955, por Ama-me ou Esquece-mePosteriormente em Musas retroativas: 7ª em 1957, por Um Pijama para Dois; 15ª em 1958, por Um Amor de Professora e por O Túnel do Amor; 9ª em 1959, por Confidências à Meia-Noite e por A Viuvinha Indomável; 18ª em 1961, por Volta, Meu Amor.

13 - Anne Baxter ("Os Dez Mandamentos")

13 – ANNE BAXTER, por Os Dez Mandamentos

14 - Vera Miles ("Rastros de Ódio")

14 – VERA MILES, por Rastros de Ódio

Posteriormente em Musas retroativas: 9ª em 1957, por O Homem Errado; 11ª em 1962, por O Homem que Matou o Facínora.

15 - Eleanor Parker ("O Homem do Braço de Ouro")

15 – ELEANOR PARKER, por O Homem do Braço de Ouro

Anteriormente em Musas retroativas: 8ª em 1952, por Scaramouche; 20ª em 1954, por A Selva Nua e por O Vale dos Reis. 

16 - Pier Angeli ("Marcado pela Sarjeta")

16 – PIER ANGELI, por Marcado pela Sarjeta

Posteriormente em Musas retroativas14ª em 1958, por Viva o Palhaço!; 13ª em 1962, por Sodoma e Gomorra.

17 - Susan Hayward ("Sangue de Bárbaros")

17 – SUSAN HAYWARD, por Sangue de Bárbaros

Anteriormente em Musas retroativas: 17ª em 1955, por Duelos de Paixões, por Eu Chorarei Amanhã e por O Aventureiro de Hong Kong.

18 - Deborah Kerr ("O Rei e Eu" e...) 18 - Deborah Kerr (...também por "Chá e Simpatia")

18 – DEBORAH KERR, por O Rei e Eu e por Chá e Simpatia

Anteriormente em Musas retroativas5ª em 1953, por A um Passo da Eternidade15ª em 1955, por Pelo Amor de Meu AmorPosteriormente em Musas retroativas: 10ª em 1957, por Tarde Demais para Esquecer e por O Céu É Testemunha; 17ª em 1959, por Crepúsculo Vermelho.

19 - Lauren Bacall ("Palavras ao Vento")

19 – LAUREN BACALL, por Palavras ao Vento

Anteriormente em Musas retroativas: 18ª em Como Agarrar um Milionário17ª em 1955, por Rota Sagrenta. Posteriormente em Musas retroativas: 5ª em 1957, por Teu Nome É Mulher.

20 - Cyd Charisse ("Viva Las Vegas")

20 – CYD CHARISSE, por Viva Las Vegas

Anteriormente em Musas retroativas1ª em 1952, por Cantando na Chuva; 2ª em 1953, por A Roda da Fortuna6ª em 1954, por A Lenda dos Beijos Perdidos; 5ª em 1955, por Dançando nas NuvensPosteriormente em Musas retroativas: 1ª em 1957, por Meias de Seda; 5ª em 1958, por A Bela do Bas-Fond.

 


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1 - Cyd Charisse ("Meias de Seda")

1 – CYD CHARISSE, por Meias de Seda

Anteriormente em Musas retroativas: 1ª em 1952, por Cantando na Chuva; 2ª em 1953, por A Roda da Fortuna6ª em 1954, por A Lenda dos Beijos Perdidos; 5ª em 1955, por Dançando nas Nuvens; 20ª em 1956, por Viva Las Vegas. Posteriormente em Musas retroativas: 5ª em 1958, por A Bela do Bas-Fond.

A comunistíssima Ninotchka despreza os prazeres capitalistas, até sentir ser seduzida por umas meias de seda. E aí, Ninotchka se revela Cyd Charisse, as melhores pernas que o cinema já teve (pela beleza e pelo uso em números de dança maravilhosos). E a vitória dessa estrela dos musicais é valorizada por suas acompanhantes no pódio: a funny face Audrey Hepburn, em dois filmes “apenas” de Billy Wilder e Stanley Donen – e em um deles também dançando – e Marilyn Monroe na Inglaterra. Hollywood dominou o ano: a primeira musa em filme europeu aparece em sexto, cortesia de Ingmar Bergman. Sophia Loren marca presença com três filmes. Primeira aparição: Bibi Andersson, Joanne Woodward, Jean Seberg. Última aparição: Jennifer Jones, Marlene Dietrich, Lauren Bacall. Única aparição: Ingrid Thulin, Mitzi Gaynor, Terry MooreBrasileiras na lista: nenhuma.

2 - Audrey Hepburn ("Amor na Tarde" e...) 2 - Audrey Hepburn (...também por "Cinderela em Paris")

2 – AUDREY HEPBURN, por Amor na Tarde e por Cinderela em Paris

Anteriormente em Musas retroativas: 1ª em 1953, por A Princesa e o Plebeu2ª em 1954, por Sabrina; 7ª em 1956, por Guerra e Paz. Posteriormente em Musas retroativas: 10ª em 1959, por Uma Cruz à Beira do Abismo e por A Flor que Não Morreu; 12ª em 1960, por O Passado Não Perdoa; 1ª em 1961, por Bonequinha de Luxo e por Infâmia; 7ª em 1963, por Charada; 9ª em 1964, por My Fair Lady e por Quando Paris Alucina; 3ª, em 1966, por Como Roubar um Milhão de Dólares; 8ª em 1967, por Um Caminho para Dois e por Um Clarão nas Trevas; 16ª em 1976, por Robin e Marian.

3 - Marilyn Monroe ("O Príncipe e a Corista")

3 – MARILYN MONROE, por O Príncipe e a Corista

Anteriormente em Musas retroativas: 4ª em 1952, por O Inventor da Mocidade, por Almas Desesperadas, por Só a Mulher Peca, por Travessuras de Maridos e por Páginas da Vida; 3ª em 1953, por Os Homens Preferem as Louras, por Torrentes de Paixão e por Como Agarrar um Milionário; 3ª em 1954, por O Mundo da Fantasia e por O Rio das Almas Perdidas; 1ª em 1955, por O Pecado Mora ao Lado; 4ª em 1956, por Nunca Fui Santa. Posteriormente em Musas retroativas: 2ª em 1959, por Quanto Mais Quente Melhor; 8ª em 1960, por Adorável Pecadora; 2ª em 1961, por Os Desajustados; 1ª em 1962, por Something’s Got to Give.

4 - Kim Novak ("Meus Dois Carinhos")

4 – KIM NOVAK, por Meus Dois Carinhos

Anteriormente em Musas retroativas: 4ª em 1955, por Férias de Amor; 8ª em 1956, por O Homem do Braço de Ouro e por Melodia Imortal. Posteriormente em Musas retroativas: 2ª em 1958, por Um Corpo que Cai; 18ª em 1960, por O Nono Mandamento; 15ª em 1964, por Beija-me, Idiota e por Servidão Humana.

5 - Lauren Bacall ("Teu Nome É Mulher")

5 – LAUREN BACALL, por Teu Nome É Mulher

Anteriormente em Musas retroativas: 18ª em Como Agarrar um Milionário17ª em 1955, por Rota Sagrenta; 19ª em 1956, por Palavras ao Vento.

6 - Bibi Andersson ("O Sétimo Selo" e...) 6 - Bibi Andersson (...também por "Morangos Silvestres")

6 – BIBI ANDERSSON, por O Sétimo Selo e por Morangos Silvestres

Posteriormente em Musas retroativas9ª em 1966, por Persona – Quando Duas Mulheres Pecam.

7 - Doris Day ("Um Pijama para Dois")

7 – DORIS DAY, por Um Pijama para Dois

Anteriormente em Musas retroativas: 3ª em 1955, por Ama-me ou Esquece-me; 12ª em 1956, por O Homem que Sabia DemaisPosteriormente em Musas retroativas: 15ª em 1958, por Um Amor de Professora e por O Túnel do Amor; 9ª em 1959, por Confidências à Meia-Noite e por A Viuvinha Indomável; 18ª em 1961, por Volta, Meu Amor.

08-Joanne Woodward

8 – JOANNE WOODWARD, por As Três Máscaras de Eva

Posteriormente em Musas retroativas19º em 1959, por The Fugitive Kind; 20ª em 1961, por Paris Vive à Noite; 18ª em 1968, por Rachel, Rachel.

9 - Vera Miles ("O Homem Errado")

9 – VERA MILES, por O Homem Errado

Anteriormente em Musas retroativas: 14ª em 1956, por Rastros de Ódio. Posteriormente em Musas retroativas: 11ª em 1962, por O Homem que Matou o Facínora.

10 - Deborah Kerr ("Tarde Demais para Esquecer" e...) 10 - Deborah Kerr (... também por "O Céu É Testemunha")

10 – DEBORAH KERR, por Tarde Demais para Esquecer e por O Céu É Testemunha

Anteriormente em Musas retroativas: 5ª em 1953, por A um Passo da Eternidade15ª em 1955, por Pelo Amor de Meu Amor; 18ª em 1956, por O Rei e Eu e por Chá e SimpatiaPosteriormente em Musas retroativas: 17ª em 1959, por Crepúsculo Vermelho.

11 - Sophia Loren ("A Lenda da Estátua Nua" e...) 11 - Sophia Loren "...também por "Orgulho e Paixão"...) 11 - Sophia Loren (...e por "A Lenda dos Desaparecidos")

11 – SOPHIA LOREN, por A Lenda da Estátua Nua, por Orgulho e Paixão e por A Lenda dos Desaparecidos

Anteriormente em Musas retroativas12ª em 1954, por Duas Noites com Cleópatra e por A Invasão dos Bárbaros. Posteriormente em Musas retroativas: 19ª em 1958, por Tentação Morena, por A Orquídea Negra, por Desejo e por A Chave; 4ª em 1960, por Duas Mulheres, por Começou em Nápoles e por The Millionairess; 14ª em 1961, por El Cid; 6ª em 1962, por Boccaccio ’70; 4ª em 1963, por Ontem, Hoje e Amanhã; 8ª em 1964, por Matrimônio à Italiana e por A Queda do Império Romano; 14ª em 1966, por Arabesque; 20ª em 1967, por A Condessa de Hong Kong; 5ª em 1972, por O Homem de La Mancha.

12 - Ingrid Thulin ("Morangos Silvestres")

12 – INGRID THULIN, por Morangos Silvestres

13 - Mitzi Gaynor ("Les Girls" e...) 13 - Mitzi Gaynor (...também por "Chorei por Você")

13 – MITZI GAYNOR, por Les Girls e por Chorei por Você

14 - Jennifer Jones ("Adeus às Armas")

14 – JENNIFER JONES, por Adeus às Armas

Anteriormente em Musas retroativas: 20ª em 1953, por O Diabo Riu por Último e por Quando a Mulher Erra; 7ª em 1955, por Suplício de uma Saudade.

15 - Romy Schneider ("Sissi e Seu Destino")

15 – ROMY SCHNEIDER, por Sissi e Seu Destino

Anteriormente em Musas retroativas18ª em 1955, por SissiPosteriormente em Musas retroativas: 15ª em 1962, por Boccaccio ’70; 16ª em 1965, por O que É que Há, Gatinha?.; 11ª em 1972, por Ludwig, o Último Rei da Bavária.

16 - Ava Gardner ("E Agora Brilha o Sol")

16 – AVA GARDNER, por E Agora Brilha o Sol

Anteriormente em Musas retroativas7ª em 1952, por As Neves do Kilimanjaro; 6ª em 1953, por Mogambo; 10ª em 1954, por A Condessa Descalça. Posteriormente em Musas retroativas: 11ª em 1958, por A Maja Desnuda.

17 - Marlene Dietrich ("Testemunha de Acusação")

17 – MARLENE DIETRICH, por Testemunha de Acusação

Anteriormente em Musas retroativas: 19ª em 1952, por O Diabo Feito Mulher.

18 - Lana Turner ("A Caldeira do Diabo")

18 – LANA TURNER, por A Caldeira do Diabo

Anteriormente em Musas retroativas: 3ª em 1952, por Assim Estava Escrito; 14ª em 1954, por Atraiçoado; 8ª em 1955, por O Filho Pródigo e por Mares ViolentosPosteriormente em Musas retroativas: 15ª em 1959, por Imitação da Vida.

19 - Jean Seberg ("Santa Joana")

19 – JEAN SEBERG, por Santa Joana

Posteriormente em Musas retroativas: 13ª em 1958, por Bom Dia, Tristeza; 3ª em 1960, por Acossado.

20 - Terry Moore ("A Caldeira do Diabo")

20 – TERRY MOORE, por A Caldeira do Diabo

 


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Meu amigo Jack Herbert me mostrou no Facebook esse comercial encantador de uma marca de chocolate, estrelado por… Audrey Hepburn! Através da computação gráfica, o comercial (veiculado na TV britânica) traz Audrey de volta à vida. O resultado impressiona, confira:

Aproveito para publicar minha matéria dos 20 anos da morte da atriz, completados em janeiro. No final, admiradores da atriz contam qual seu momento preferidos. Entre eles, Ruy Castro, José Geraldo Couto, Suzana Uchôa Itiberê e João Batista de Brito.

***

Audrey, no papel incônico de "Bonequinha de Luxo"

Audrey, no papel incônico de “Bonequinha de Luxo”

Em julho de 2010, uma pesquisa pela internet perguntou qual seria a mulher mais bonita do século 20. Em um meio onde o imediatismo impera (o segundo lugar, por exemplo, ficou com uma cantora do grupo Girls Aloud), a vencedora foi uma atriz que havia morrido há 18 anos e cujo auge da carreira foi nos anos 1950 e 1960: Audrey Hepburn. Confiabilidade não é uma qualidade de pesquisas virtuais, mas esse resultado quer dizer algo: a persona da atriz – que morreu há exatas duas décadas, aos 63 anos – continua em evidência, admirada por velhos e novos fãs.

Não faltava a Audrey beleza física, é evidente. Mas ela não era voluptuosa e cheia de curvas perigosíssimas como outras deusas do cinema de sua época – Marilyn Monroe, Elizabeth Taylor, Sophia Loren ou Brigitte Bardot. Audrey era diferente e boa parte de seu charme estava na capitalização disso. Ela combinava um ar de quem precisa de proteção e uma certa molecagem, o que cativou de cara a equipe que selecionava atrizes para A Princesa e o Plebeu (1953), e, depois, o público e a Academia de Hollywood, que deu a ela um Oscar logo em seu primeiro filme importante.

Já é lendária – mas verdadeira – a história de que o astro do filme, Gregory Peck, vendo o desempenho daquela novata, exigiu dos produtores que o nome dela viesse antes do título com destaque igual ao seu – uma situação impensável na época. “Ela é a verdadeira estrela do filme. Vou parecer ridículo se meu nome aparecer maior que o dela”, disse Peck.

Até aquele momento, Audrey tinha tido um grande momento na carreira: fez o papel principal de Gigi nos palcos, escolhida pela própria autora, Colette. No cinema, eram ainda pequenos papéis, mas A Princesa e o Plebeu mudou tudo. Suas peripécias por Roma como a princesa cansada dos afazeres diplomáticos e com vontade de viver um dia comum a transformaram em uma estrela de primeira grandeza.

Na sequência, ela fez Sabrina (1954), uma história de Cinderela onde ela era a filha de um motorista e que se transforma quando passa uma temporada em Paris, passando a ser disputada por Humphrey Bogart e William Holden. O diretor era Billy Wilder, que a dirigiu de novo em Amor na Tarde (1957) e disse uma das mais belas coisas sobre ela: “O que é preciso para você se tornar uma estrela de verdade é um elemento extra que Deus pode lhe dar ou não. Você já nasce com ele. Não pode aprender. Deus beijou o rosto de Audrey Hepburn, e ali estava ela”.

Até 1967, Audrey fez poucos filmes, quase todos muito bons, alguns chegando ao status de icônicos. Os melhores foram, além dos dois primeiros hollywoodianos, são o musical Cinderela em Paris (1957), o drama Uma Cruz à Beira do Abismo (1959), a mistura de comédia e suspense que é Charada (1963), o musical My Fair Lady – Minha Bela Dama (1964), o drama Um Caminho para Dois (1967) e o suspense “para valer” Um Clarão nas Trevas (1967).

E, claro, Bonequinha de Luxo (1961), talvez o mais icônico dos filmes e papéis de Audrey. Sua Holly Goolightly – criação do escritor Truman Capote, que queria Marilyn Monroe no papel – marcou tanto pelo vestido preto (como sempre, desde Sabrina, Audrey era vestida pelo estilista francês Givenchy) quanto pela cena em que ela canta “Moon river” na escada de incêndio.

Até 1967, Audrey tinha sido casada com o ator Mel Ferrer muito menos bem sucedido que ela. Em 1967, ela deu um longo tempo do cinema quando se divorciou e se casou com o médico Andrea Dotti. Só voltou ao cinema em 1976, com um grande filme: Robin e Marian.

A partir daí foram poucos filmes e poucos destaques. Seu papel mais importante no período é o de embaixadora da Unicef, a partir de 1987. Ela viajou por países muito pobres, como a Somália, ajudando a chamar a atenção para populações vivendo na miséria.

Audrey estava, assim, retribuindo um pouco da ajuda que ela, belga de nascimento, própria teve na infância, durante a II Guerra Mundial, na Holanda. Para ela, viajar pelo Unicef foi seu principal papel. E foi por isso que Elizabeth Taylor disse, quando Audrey morreu, que “Deus tem agora o mais belo novo anjo, que saberá o que há para fazer no Céu”. E é por isso que tantos acham que seu último papel no cinema foi tão apropriado: em Além da Eternidade (1989), de Spielberg, ela interpretou um anjo.

— MINHA AUDREY PREFERIDA

RUY CASTRO, escritor

“Audrey Hepburn foi sempre maravilhosa – em cada fotograma que filmou -, mas a cena que mais gosto é a da sequência final de A Princesa e o Plebeu: ela, de novo como princesa; Gregory Peck, como o repórter que a entrevista”.

ALANA AGRA, médica

“O ‘meu’ momento Audrey é Sabrina, daqueles raros momentos em que tudo dá certo – do roteiro maravilhoso ao elenco, os figurinos, o p&b belíssimo, e Audrey mais icônica do que já tinha estado até então, com vestidos de sonho”.

SUZANA UCHÔA ITIBERÊ, editora da revista Preview

“Uma das cenas mais saborosas e espontâneas de Audrey Hepburn que tenho guardada na memória acontece em Charada, que Stanley Donen dirigiu em 1963. No auge da ação, ela pega Cary Grant de surpresa e pergunta: ‘Sabe o que você tem de errado?’. Ele, afobado e na defensiva, responde: ‘Não, o quê?’. E ela solta um sedutor e malandro: ‘Nada!’. O tom de voz perfeito e um rosto suave irresistível. Essa era Audrey”.

JOÃO BATISTA DE BRITO, crítico

“Adoro, em A Princesa e o Plebeu, quando ela, ainda tonta, entra no pequeno apartamento de Gregory Peck e eles discutem um verso de poesia romântica, que ela diz ser Keats e ele, garante ser Shelley (ele tinha razão)”.

JOSÉ GERALDO COUTO, crítico

“Minha cena favorita está na ponta da língua: é aquela em que ela canta ‘Moon river’ e toca violão na escada externa do prédio onde mora, em Bonequinha de Luxo, do Blake Edwards. É um momento de delicadeza e beleza inexcedíveis, capaz de enternecer o mais duro dos corações”.

KAROLINE ZILAH, jornalista

“Uma cena que para mim tem o status de hors concours: o momento em que ela canta ‘Moon river’ na sacada do apartamento, demonstrando uma Holy Golightly extremamente vulnerável apesar de toda a sexualidade e suposta segurança que ela exalava antes de revelar seu verdadeiro ‘eu’. É uma cena tão delicada e emocionante, que sempre me lembro desta imagem em particular quando penso em Audrey”.

RENATO FÉLIX, jornalista

“Audrey tem muitos momentos icônicos, mas um que eu particularmente acho o máximo é ela dançando com Fred Astaire no quarto escuro em Cinderela em Paris, depois de ele cantar ‘Funny face’ para ela. Bailarina, ela teve tão pouca chance de dançar na carreira…”.

ANDRÉ RICARDO AGUIAR, escritor

“O meu momento Audrey Hepburn preferido é o da brincadeira da Boca da Verdade, em Roma, no filme A Princesa e o Plebeu. Adoro o improviso que Gregory Peck fez na cena e o susto real que ele provocou na Audrey”.

CAROLINA QUEIROZ, jornalista

“Eu considero seu momento mais emblemático aquele em que ela inicia o trabalho de embaixatriz da Unicef, em 1987. Depois disso, ela mostrava ao mundo que não era apenas uma atriz maravilhosa, mas uma pessoa extraordinária!”.

1 - Elizabeth Taylor ("De Repente, no Último Verão")

1 – ELIZABETH TAYLOR, por De Repente, no Último Verão

Anteriormente em Musas retroativas: 18ª em 1952, por Ivanhoé, o Vingador do Rei; 4ª em 1954, por No Caminho dos Elefantes e por A Última Vez que Vi Paris; 3ª em 1956, por Assim Caminha a Humanidade; 1ª em 1958, por Gata em Teto de Zinco QuentePosteriormente em Musas retroativas: 2ª em 1960, por Disque Butterfield 8; 3ª em 1963, por Cleópatra; 15ª em 1965, por Adeus às Ilusões;  18ª em 1970, por Jogo de Paixões.

Havia uma disputa particular entre Marilyn Monroe e Liz Taylor no final dos anos 1950 e começo dos 1960. Duas das mulheres mais lindas do planeta e com sex-appeal nas alturas, elas revezam boa parte dos primeiros lugares nesses anos. Aqui, entre Marilyn sacudindo as cadeiras em “Runnin’ wild”, de Quanto Mais Quente Melhor, e Liz de maiô branco na praia, decotão e observada com lascívia pelos homens ao redor, no pesado De Repente, no Último Verão, optamos, com dificuldade, por Liz. É um flashback de um passado perturbador, que a levou a uma instituição mental: a atriz vinha procurando esses papéis mais difíceis. O ano ainda teve Eva Marie Saint em um papel mais sexy que o de costume, Angie Dickinson e Lee Remick desconcertando respectivamente John Wayne e James Stewart em seus filmes, e Norma Bengell levando Oscarito à loucura ao imitar Brigitte Bardot em O Homem do SputnikPrimeira aparição: Angie Dickinson, Norma Bengell, Annette Vadim, Elsa Martinelli. Última aparição: Dorothy Dandridge, Lana Turner, Deborah Kerr, Maria Schell. Única aparição: Lee Remick, Marpessa Dawn, Haya Harareet, Emmanuelle Riva. Brasileiras na lista: Norma Bengell.

2 - Marilyn Monroe ("Quanto Mais Quente Melhor")

2 – MARILYN MONROE, por Quanto Mais Quente Melhor

Anteriormente em Musas retroativas: 4ª em 1952, por O Inventor da Mocidade, por Almas Desesperadas, por Só a Mulher Peca, por Travessuras de Maridos e por Páginas da Vida; 3ª em 1953, por Os Homens Preferem as Louras, por Torrentes de Paixão e por Como Agarrar um Milionário3ª em 1954, por O Mundo da Fantasia e por O Rio das Almas Perdidas; 1ª em 1955, por O Pecado Mora ao Lado; 4ª em 1956, por Nunca Fui Santa; 3ª em 1957, por O Príncipe e a CoristaPosteriormente em Musas retroativas: 8ª em 1960, por Adorável Pecadora; 2ª em 1961, por Os Desajustados; 1ª em 1962, por Something’s Got to Give.

3 - Eva Marie Saint ("Intriga Internacional")

3 – EVA MARIE SAINT, por Intriga Internacional

Anteriormente em Musas retroativas: 11ª em 1954, por Sindicato de LadrõesPosteriormente em Musas retroativas20ª em 1962, por Anjo Violento.

4 - Angie Dickinson ("Onde Começa o Inferno")

4 – ANGIE DICKINSON, por Onde Começa o Inferno

Posteriormente em Musas retroativas: 15ª em 1960, por Onze Homens e um Segredo; 12ª em 1962, por Candelabro Italiano; 15ª em 1966, por Caçada Humana; 7ª em 1967, por À Queima-Roupa; 17ª em 1980, por Vestida para Matar.

5 - Norma Bengell ("O Homem do Sputnik")

5 – NORMA BENGELL, por O Homem do Sputnik

Posteriormente em Musas retroativas: 5ª em 1962, por Os Cafajestes e por O Pagador de Promessas; 1ª em 1964, por Noite Vazia.

6 - Lee Remick ("Anatomia de um Crime")

6 – LEE REMICK, por Anatomia de um Crime

7 - Dorothy Dandridge ("Porgy & Bess")

7 – DOROTHY DANDRIDGE, por Porgy & Bess

Anteriormente em Musas retroativas5ª em 1954, por Carmen Jones.

8 - Gina Lollobrigida ("Salomão e a Rainha de Sabá")

8 – GINA LOLLOBRIGIDA, por Salomão e a Rainha de Sabá

Anteriormente em Musas retroativas: 6ª em 1952, por Fanfan la Tulipe; 8ª em 1953, por Pão, Amor e Fantasia e por O Diabo Riu por ÚltimoPosteriormente em Musas retroativas9ª em 1961, por Quando Setembro Vier; 14ª em 1971, por A Quadrilha da Fronteira.

9 - Doris Day ("Confidências à Meia-Noite") 9 - Doris Day ("...também por "A Viuvinha Indomável")

9 – DORIS DAY, por Confidências à Meia-Noite e por A Viuvinha Indomável

Anteriormente em Musas retroativas: 3ª em 1955, por Ama-me ou Esquece-me; 12ª em 1956, por O Homem que Sabia Demais; 7ª em 1957, por Um Pijama para Dois; 15ª em 1958, por Um Amor de Professora e por O Túnel do AmorPosteriormente em Musas retroativas: 18ª em 1961, por Volta, Meu Amor.

10 - Audrey Hepburn ("Uma Cruz à Beira do Abismo" e...) 10 - Audrey Hepburn (...também por "A Flor que Não Morreu")

10 – AUDREY HEPBURN, por Uma Cruz à Beira do Abismo e por A Flor que Não Morreu

Anteriormente em Musas retroativas: 1ª em 1953, por A Princesa e o Plebeu2ª em 1954, por Sabrina; 7ª em 1956, por Guerra e Paz; 2ª em 1957, por Cinderela em Paris e por Amor na TardePosteriormente em Musas retroativas: 12ª em 1960, por O Passado Não Perdoa; 1ª em 1961, por Bonequinha de Luxo e por Infâmia; 7ª em 1963, por Charada; 9ª em 1964, por My Fair Lady e por Quando Paris Alucina; 3ª, em 1966, por Como Roubar um Milhão de Dólares; 8ª em 1967, por Um Caminho para Dois e por Um Clarão nas Trevas; 16ª em 1976, por Robin e Marian.

11 - Annette Vadim ("As Ligações Perigosas")

11 – ANNETTE VADIM, por As Ligações Perigosas

Posteriormente em Musas retroativas: 14ª em 1960, por Rosas de Sangue.

12 - Elsa Martinelli ("A Longa Noite de Loucuras")

12 – ELSA MARTINELLI, por A Longa Noite de Loucuras

Posteriormente em Musas retroativas16ª em 1960, por Rosas de Sangue; 14ª em 1962, por Hatari!

13 - Jeanne Moreau ("As Ligações Perigosas")

13 – JEANNE MOREAU, por As Ligações Perigosas

Anteriormente em Musas retroativas: 4ª em 1958, por Os Amantes e por Ascensor para o CadafalsoPosteriormente em Musas retroativas: 8ª em 1961, por A Noite; 4ª em 1962, por Jules e Jim – Uma Mulher para Dois; 18ª em 1964, por Diário de uma Camareira; 10ª em 1965, por Viva Maria! e por Falstaff – O Toque da Meia-Noite.

14 - Marpessa Dawn ("Orfeu Negro")

14 – MARPESSA DAWN, por Orfeu Negro

15 - Lana Turner ("....")

15 – LANA TURNER, por Imitação da Vida

Anteriormente em Musas retroativas: 3ª em 1952, por Assim Estava Escrito; 14ª em 1954, por Atraiçoado; 8ª em 1955, por O Filho Pródigo e por Mares Violentos; 18ª em 1957, por A Caldeira do Diabo.

16 - Haya Harareet ("Ben-Hur")

16 – HAYA HARAREET, por Ben-Hur

17 - Deborah Kerr ("Crepúsculo Vermelho")

17 – DEBORAH KERR, por Crepúsculo Vermelho

Anteriormente em Musas retroativas: 5ª em 1953, por A um Passo da Eternidade; 15ª em 1955, por Pelo Amor de Meu Amor; 18ª em 1956, por O Rei e Eu e por Chá e Simpatia; 10ª em 1957, por Tarde Demais para Esquecer e por O Céu É Testemunha.

18 - Emmanuelle Riva ("Hiroshima, Mon Amour")

18 – EMMANUELLE RIVA, por Hiroshima, Mon Amour

19 - Joanne Woodward ("The Fugitive Kind")

19 – JOANNE WOODWARD, por The Fugitive Kind

Anteriormente em Musas retroativas8ª em 1957, por As Três Máscaras de EvaPosteriormente em Musas retroativas20ª em 1961, por Paris Vive à Noite; 18ª em 1968, por Rachel, Rachel.

20 - Maria Schell ("A Árvore dos Enforcados")

20 – MARIA SCHELL, por A  Árvore dos Enforcados

Anteriormente em Musas retroativas: 12ª em 1958, por Os Irmãos Karamazov.

 


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1 – MONICA  VITTI, por A Aventura

Posteriormente em Musas retroativas: 5ª em 1961, por A Noite; 7ª em 1962, por O Eclipse; 14ª em 1964, por O Deserto Vermelho; 5ª em 1966, por Modesty Blaise.

Duas musas que ajudaram a revolucionar o cinema estão no pódio do ano especial que foi 1960. A primeira, a italiana Monica Vitti, do enigmático A Aventura, de Michelangelo Antonioni (e que volta a lista em mais três filmes seguintes do diretor). A outra é a americana Jean Seberg, no francês Acossado, um dos pilares iniciais da nouvelle vague. Ela surge de cabelos curtíssimos vendendo, bem casual, o New York Herald Tribune no Champs Elysées, seguida pela câmera de Godard. Entre elas, a inglesa Elizabeth Taylor, como a garota de programa de DisqueButterfield 8 (numa época em que essas coisas ainda não podiam ser ditas claramente em Hollywood). O ano foi mesmo dominado pelas europeias: 14 entre as 20, e 7 entre as 10. Vale ainda o destaque para Sophia Loren, aparecendo com três filmes. Primeira aparição: Monica Vitti, Michelle Mercier, Claudia Cardinale, Anouk Aimée, Lea Massari. Última aparição: Jean Seberg, Jean Simmons, Janet Leigh, Annette Vadim. Única aparição: Annie Girardot. Brasileiras na lista: nenhuma.

2 – ELIZABETH TAYLOR, por Disque Butterfield 8

Anteriormente em Musas retroativas: 18ª em 1952, por Ivanhoé, o Vingador do Rei; 4ª em 1954, por No Caminho dos Elefantes e por A Última Vez que Vi Paris; 3ª em 1956, por Assim Caminha a Humanidade; 1ª em 1958, por Gata em Teto de Zinco Quente; 1ª em 1959, por De Repente, no Último VerãoPosteriormente em Musas retroativas: 3ª em 1963, por Cleópatra; 15ª em 1965, por Adeus às Ilusões; 18ª em 1970, por Jogo de Paixões.

3 – JEAN SEBERG, por Acossado

Anteriormente em Musas retroativas: 19ª em 1957, por Santa Joana; 13ª em 1958, por Bom Dia, Tristeza.

  

4 – SOPHIA LOREN, por Duas Mulheres, por Começou em Nápoles e por The Millionaires

Anteriormente em Musas retroativas: 12ª em 1954, por Duas Noites com Cleópatra e por A Invasão dos Bárbaros; 11ª em 1957, por A Lenda da Estátua Nua, por Orgulho e Paixão e por A Lenda dos Desaparecidos; 19ª em 1958, por Tentação Morena, por A Orquídea Negra, por Desejo e por A ChavePosteriormente em Musas retroativas: 14ª em 1961, por El Cid; 6ª em 1962, por Boccaccio ’70; 4ª em 1963, por Ontem, Hoje e Amanhã; 8ª em 1964, por Matrimônio à Italiana e por A Queda do Império Romano; 14ª em 1966, por Arabesque; 20ª em 1967, por A Condessa de Hong Kong.; 5ª em 1972, por O Homem de La Mancha.

5 – BRIGITTE BARDOT, por A Verdade

Anteriormente em Musas retroativas: 15ª em 1952, por Manina; 1ª em 1956, por E Deus Criou a Mulher; 3ª em 1958, por Amar É Minha Profissão e por Vingança de MulherPosteriormente em Musas retroativas: 2ª em 1963, por O Desprezo; 6ª em 1965, por Viva Maria!; 11ª em 1968, por Shalako; 10ª em 1973, por Se Don Juan Fosse Mulher.

6 – ANNIE GIRARDOT, por Rocco e Seus Irmãos

 

7 – JEAN SIMMONS, por Spartacus e por Entre Deus e o Pecado

Anteriormente em Musas retroativas: 12ª em 1953, por O Manto Sagrado, por Papai Não Quer e por A Rainha Virgem; 15ª em 1954, por Desirée, o Amor de Napoleão; 8ª em 1958, por Da Terra Nascem os Homens.

8 – MARILYN MONROE, por Adorável Pecadora

Anteriormente em Musas retroativas: 4ª em 1952, por O Inventor da Mocidade, por Almas Desesperadas, por Só a Mulher Peca, por Travessuras de Maridos e por Páginas da Vida; 3ª em 1953, por Os Homens Preferem as Louras, por Torrentes de Paixão e por Como Agarrar um Milionário3ª em 1954, por O Mundo da Fantasia e por O Rio das Almas Perdidas; 1ª em 1955, por O Pecado Mora ao Lado; 4ª em 1956, por Nunca Fui Santa; 3ª em 1957, por O Príncipe e a Corista; 2ª em 1959, por Quanto Mais Quente MelhorPosteriormente em Musas retroativas: 2ª em 1961, por Os Desajustados; 1ª em 1962, por Something’s Got to Give.

 

9 – SHIRLEY MACLAINE, por Se Meu Apartamento Falasse e por Can Can

Anteriormente em Musas retroativas: 11ª em 1955, por O Terceiro Tiro e por Artistas e Modelos; 11ª em 1956, por A Volta ao Mundo em 80 Dias; 18ª em 1958, por Deus Sabe Quanto Amei, por Irresistível Forasteiro e por A Mercadora da FelicidadePosteriormente em Musas retroativas: 12ª em 1961, por Infâmia; 11ª em 1963, por Irma la Douce; 10ª em 1969, por Charity, Meu Amor; 19ª em 1970, por Os Abutres Têm Fome.

10 – ANITA EKBERG, por A Doce Vida

Anteriormente em Musas retroativas: 12ª em 1955, por Artistas e ModelosPosteriormente em Musas retroativas: 9ª em 1962, por Boccaccio’70.

11 – JANET LEIGH, por Psicose

Anteriormente em Musas retroativas: 17ª em 1952, por Scaramouche; 11ª em 1953, por O Preço de um Homem, por Que Delícia o Amor e por Houdini, o Homem Miraculoso; 6ª em 1958, por A Marca da Maldade.

12 – AUDREY HEPBURN, por O Passado Não Perdoa

Anteriormente em Musas retroativas: 1ª em 1953, por A Princesa e o Plebeu2ª em 1954, por Sabrina; 7ª em 1956, por Guerra e Paz; 2ª em 1957, por Cinderela em Paris e por Amor na Tarde; 10ª em 1959, por Uma Cruz à Beira do Abismo e por A Flor que Não MorreuPosteriormente em Musas retroativas: 1ª em 1961, por Bonequinha de Luxo e por Infâmia; 7ª em 1963, por Charada; 9ª em 1964, por My Fair Lady e por Quando Paris Alucina; 3ª, em 1966, por Como Roubar um Milhão de Dólares; 8ª em 1967, por Um Caminho para Dois e por Um Clarão nas Trevas; 16ª em 1976, por Robin e Marian.

13 – MICHELE MERCIER, por Atire no Pianista

Posteriormente em Musas retroativas: 7ª em 1964, por Angélica, a Marquesa dos Anjos; 11ª em 1965, por Maravilhosa Angélica; 6ª em 1966, por Angélica e o Rei; 11ª em 1967, por Indomável Angélica.

14 – ANNETTE VADIM, por Rosas de Sangue

Anteriormente em Musas retroativas: 11ª em 1959, por As Ligações Perigosas.

15 – ANGIE DICKINSON, por Onze Homens e um Segredo

Anteriormente em Musas retroativas: 4ª em 1959, por Onde Começa o InfernoPosteriormente em Musas retroativas: 12ª em 1962, por Candelabro Italiano; 15ª em 1966, por Caçada Humana; 7ª em 1967, por À Queima-Roupa; 17ª em 1980, por Vestida para Matar.

16 – ELSA MARTINELLI, por Rosas de Sangue

Anteriormente em Musas retroativas12ª em 1959, por A Longa Noite de LoucurasPosteriormente em Musas retroativas14ª em 1962, por Hatari!

17 – CLAUDIA CARDINALE, por Rocco e Seus Irmãos

Posteriormente em Musas retroativas: 11ª em 1961, por A Moça com a Valise; 1ª em 1963, por , por O Leopardo e por A Pantera Cor-de-Rosa; 4ª em 1966, por Os Profissionais; 2ª em 1968, por Era uma Vez no Oeste.

18 – KIM NOVAK, por O Nono Mandamento

Anteriormente em Musas retroativas: 4ª em 1955, por Férias de Amor; 8ª em 1956, por O Homem do Braço de Ouro e por Melodia Imortal; 4ª em 1957, por Meus Dois Carinhos; 2ª em 1958, por Um Corpo que CaiPosteriormente em Musas retroativas: 15ª em 1964, por Beija-me, Idiota e por Servidão Humana.

19 – ANOUK AIMÉE, por A Doce Vida

Posteriormente em Musas retroativas: 7ª em 1961, por Lola, a Flor Proibida; 15ª em 1963, por ; 10ª em 1966, por Um Homem, uma Mulher.

20 – LEA MASSARI, por A Aventura

Posteriormente em Musas retroativas: 16ª em 1961, por O Colosso de Rodes; 11ª em 1971, por Um Sopro no Coração.

 


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01-Audrey Hepburn-e

1 – AUDREY HEPBURN, por Bonequinha de Luxo e por Infâmia

Anteriormente em Musas retroativas: 1ª em 1953, por A Princesa e o Plebeu2ª em 1954, por Sabrina; 7ª em 1956, por Guerra e Paz; 2ª em 1957, por Cinderela em Paris e por Amor na Tarde; 10ª em 1959, por Uma Cruz à Beira do Abismo e por A Flor que Não Morreu; 12ª em 1960, por O Passado Não PerdoaPosteriormente em Musas retroativas: 7ª em 1963, por Charada; 9ª em 1964, por My Fair Lady e por Quando Paris Alucina; 3ª, em 1966, por Como Roubar um Milhão de Dólares; 8ª em 1967, por Um Caminho para Dois e por Um Clarão nas Trevas; 16ª em 1976, por Robin e Marian.

Audrey está linda como sempre em Infâmia, mas é claro que seu primeiro lugar se deve muito mais a Bonequinha de Luxo, que a brindou com uma das personagens seminais de sua carreira: Holly Goolightly. Entre a comédia, o romance e a melancolia, Holly encanta o espectador o tempo inteiro – do café da manhã degustado em frente à Tiffany’s após uma noitada até o beijo na chuva com um gato no colo, passando por um pesadelo noturno, “Moon river” na janela, um furto de brincadeira… Audrey está irresistível nesse seu primeiro primeiro lugar (de trás para a frente). Mas essa vitória também ficaria muito bem com a deslumbrante e frágil Marilyn Monroe de Os Desajustados, seu último filme completo e lançado. Considerando que Audrey é belga de nascimento, as europeias dominaram totalmente o top 10, com oito musas. Só Marilyn e Natalie Wood, terceira por dois filmes (lutando contra o desejo em Clamor do Sexo e como a Maria de Amor, Sublime Amor), levaram as americanas ao topo. Primeira aparição: Anna Karina, Stefania Sandrelli. Última aparição: Dorothy Malone, Doris Day, Harriet AnderssonÚnica aparição: Rita Moreno, Piper Laurie, Silvia PinalBrasileiras na lista: nenhuma.

2 – MARILYN MONROE, por Os Desajustados

Anteriormente em Musas retroativas: 4ª em 1952, por O Inventor da Mocidade, por Almas Desesperadas, por Só a Mulher Peca, por Travessuras de Maridos e por Páginas da Vida; 3ª em 1953, por Os Homens Preferem as Louras, por Torrentes de Paixão e por Como Agarrar um Milionário3ª em 1954, por O Mundo da Fantasia e por O Rio das Almas Perdidas; 1ª em 1955, por O Pecado Mora ao Lado; 4ª em 1956, por Nunca Fui Santa; 3ª em 1957, por O Príncipe e a Corista; 2ª em 1959, por Quanto Mais Quente Melhor; 8ª em 1960, por Adorável PecadoraPosteriormente em Musas retroativas: 1ª em 1962, por Something’s Got to Give.

 

3 – NATALIE WOOD, por Clamor do Sexo e por Amor, Sublime Amor

Anteriormente em Musas retroativas: 6ª em 1955, por Juventude Transviada; 10ª em 1958, por Até o Último AlentoPosteriormente em Musas retroativas: 10ª em 1962, por Em Busca de um Sonho; 3ª em 1964, por Médica, Bonita e Solteira;4ª em 1965, por A Corrida do Século; 13ª em 1966, por Esta Mulher É Proibida; 3ª em 1969, por Bob & Carol & Ted & Alice.

4 – ANNA KARINA, por Uma Mulher É uma Mulher

Posteriormente em Musas retroativas: 18ª em 1962, por Viver a Vida; 20ª em 1964, por Bande a Part; 9ª em 1965, por O Demônio das Onze Horas e por Alphaville.

11 - Monica Vitti

5 – MONICA VITTI, por A Noite

Anteriormente em Musas retroativas: 1ª em 1960, por A AventuraPosteriormente em Musas retroativas: 7ª em 1962, por Eclipse; 14ª em 1964, por O Deserto Vermelho; 5ª em 1966, por Modesty Blaise.

06 - Stefania Sandrelli

6 – STEFANIA SANDRELLI, por Divórcio à Italiana

Posteriormente em Musas retroativas: 9ª em 1970, por O Conformista; 4ª em 1974, por Nós que Nos Amávamos Tanto; 16ª em 1983, por A Chave.

7 – ANOUK AIMÉE, por Lola, a Flor Proibida

Anteriormente em Musas retroativas: 19ª em 1960, por A Doce VidaPosteriormente em Musas retroativas: 15ª em 1963, por ; 10ª em 1966, por Um Homem, uma Mulher.

8 – JEANNE MOREAU, por A Noite

Anteriormente em Musas retroativas: 4ª em 1958, por Os Amantes e por Ascensor para o Cadafalso; 13ª em 1959, por As Ligações PerigosasPosteriormente em Musas retroativas: 4ª em 1962, por Jules e Jim – Uma Mulher para Dois; 18ª em 1964, por Diário de uma Camareira; 10ª em 1965, por Viva Maria! e por Falstaff – O Toque da Meia-Noite.

9 – GINA LILLOBRIGIDA, por Quando Setembro Vier

Anteriormente em Musas retroativas6ª em 1952, por Fanfan la Tulipe; 8ª em 1953, por Pão, Amor e Fantasia e por O Diabo Riu por Último; 8ª em 1959, por Salomão e a Rainha de SabáPosteriormente em Musas retroativas: 14ª em 1971, por A Quadrilha da Fronteira.

10 – HARRIET ANDERSSON, por Através do Espelho

Anteriormente em Musas retroativas4ª em 1953, por Mônica e o Desejo e por Noites de Circo.

08-Claudia Cardinale

11 – CLAUDIA CARDINALE, por A Moça com a Valise

Anteriormente em Musas retroativas: 17ª em 1960, por Rocco e Seus Irmãos. Posteriormente em Musas retroativas: 1ª em 1963, por , por O Leopardo e por A Pantera Cor-de-Rosa; 4ª em 1966, por Os Profissionais; 2ª em 1968, por Era uma Vez no Oeste.

12 – SHIRLEY MACLAINE, por Infâmia

Anteriormente em Musas retroativas: 11ª em 1955, por O Terceiro Tiro e por Artistas e Modelos; 11ª em 1956, por A Volta ao Mundo em 80 Dias; 18ª em 1958, por Deus Sabe Quanto Amei, por Irresistível Forasteiro e por A Mercadora da Felicidade; 9ª em 1960, por Se Meu Apartamento Falasse e por Can CanPosteriormente em Musas retroativas: 11ª em 1963, por Irma la Douce; 10ª em 1969, por Charity, Meu Amor; 19ª em 1970, por Os Abutres Têm Fome.

13 – DOROTHY MALONE, por O Último Pôr-do-Sol

Anteriormente em Musas retroativas: 13ª em 1955, por Artistas e Modelos; 6ª em 1956, por Palavras ao Vento.

14 – SOPHIA LOREN, por El Cid

Anteriormente em Musas retroativas: 12ª em 1954, por Duas Noites com Cleópatra e por A Invasão dos Bárbaros; 11ª em 1957, por A Lenda da Estátua Nua, por Orgulho e Paixão e por A Lenda dos Desaparecidos; 19ª em 1958, por Tentação Morena, por A Orquídea Negra, por Desejo e por A Chave; 4ª em 1960, por Duas Mulheres, por Começou em Nápoles e por The MillionairessPosteriormente em Musas retroativas: 6ª em 1962, por Boccaccio ’70; 4ª em 1963, por Ontem, Hoje e Amanhã; 8ª em 1964, por Matrimônio à Italiana e por A Queda do Império Romano; 14ª em 1966, por Arabesque; 20ª em 1967, por A Condessa de Hong Kong; 5ª em 1972, por O Homem de La Mancha.

15 – RITA MORENO, por Amor, Sublime Amor

16 – LEA MASSARI, por O Colosso de Rodes

Anteriormente em Musas retroativas: 20ª em 1960, por A AventuraPosteriormente em Musas retroativas: 11ª em 1971, por Um Sopro no Coração.

17 – PIPER LAURIE, por Desafio à Corrupção

18 – DORIS DAY, por Volta, Meu Amor

Anteriormente em Musas retroativas: 3ª em 1955, por Ama-me ou Esquece-me; 12ª em 1956, por O Homem que Sabia Demais; 7ª em 1957, por Um Pijama para Dois; 15ª em 1958, por Um Amor de Professora e por O Túnel do Amor; 9ª em 1959, por Confidências à Meia-Noite e por A Viuvinha Indomável.

19 – SILVIA PINAL, por Viridiana

20 – JOANNE WOODWARD, por Paris Vive à Noite

Anteriormente em Musas retroativas8ª em 1957, por As Três Máscaras de Eva; 19º em 1959, por The Fugitive KindPosteriormente em Musas retroativas: 18ª em 1968, por Rachel, Rachel.

 


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01-Claudia Cardinale

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01-Claudia Cardinale-c

1 – CLAUDIA CARDINALE, por , por O Leopardo e por A Pantera Cor-de-Rosa

Anteriormente em Musas retroativas: 17ª em 1960, por Rocco e Seus Irmãos; 11ª em 1961, por A Moça com a Valise. Posteriormente em Musas retroativas: 4ª em 1966, por Os Profissionais; 2ª em 1968, por Era uma Vez no Oeste.

Três vezes Claudia Cardinale. Uma das mais deslumbrantes atrizes italianas de todos os tempos (na verdade, tunisiana de nascimento) teve seu grande ano em 1963: foi musa de Fellini como a etérea Claudia de , de Visconti, como a Angélica de O Leopardo e até de Blake Edwards, como uma princesa indiana em A Pantera Cor-de-Rosa. Talvez só assim, em dose tripla, para derrubar Brigitte Bardot, inesquecível musa de Godard em O Desprezo, de peruca preta ou perguntando na cama se Michel Piccoli gosta de cada uma das partes de seu corpo. Mas esse foi um dos grandes anos para as musas: ainda teve Liz Taylor como uma monumental Cleópatra e o antológico striptease de Sophia Loren em Ontem, Hoje e Amanhã (recriado décadas depois por Robert Altman, e com os mesmos Sophia e Marcello Mastroianni em Pret-a-Porter) – ambas possíveis vencedoras em outros anos. O ano ainda teve Ann-Margret, uma das melhores bondgirls (Daniela Bianchi), Audrey, Hitchcock descobrindo Tippi Hedren…

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2 – BRIGITTE BARDOT, por O Desprezo

Anteriormente em Musas retroativas: 15ª em 1952, por Manina; 1ª em 1956, por E Deus Criou a Mulher; 3ª em 1958, por Amar É Minha Profissão e por Vingança de Mulher; 5ª em 1960, por A VerdadePosteriormente em Musas retroativas: 6ª em 1965, por Viva Maria!; 11ª em 1968, por Shalako; 10ª em 1973, por Se Don Juan Fosse Mulher.

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Elizabeth Taylor em "Cleópatra"

3 – ELIZABETH TAYLOR, por Cleópatra

Anteriormente em Musas retroativas: 18ª em 1952, por Ivanhoé, o Vingador do Rei; 4ª em 1954, por No Caminho dos Elefantes e por A Última Vez que Vi Paris; 3ª em 1956, por Assim Caminha a Humanidade; 1ª em 1958, por Gata em Teto de Zinco Quente; 1ª em 1959, por De Repente, no Último Verão; 2ª em 1960, por Disque Butterfield 8Posteriormente em Musas retroativas: 15ª em 1965, por Adeus às Ilusões; 18ª em 1970, por Jogo de Paixões.

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04-Sophia Loren-d

4 – SOPHIA LOREN, por Ontem, Hoje e Amanhã

Anteriormente em Musas retroativas: 12ª em 1954, por Duas Noites com Cleópatra e por A Invasão dos Bárbaros; 11ª em 1957, por A Lenda da Estátua Nua, por Orgulho e Paixão e por A Lenda dos Desaparecidos; 19ª em 1958, por Tentação Morena, por A Orquídea Negra, por Desejo e por A Chave; 4ª em 1960, por Duas Mulheres, por Começou em Nápoles e por The Millionairess; 14ª em 1961, por El Cid; 6ª em 1962, por Boccaccio ’70. Posteriormente em Musas retroativas: 8ª em 1964, por Matrimônio à Italiana e por A Queda do Império Romano; 14ª em 1966, por Arabesque; 20ª em 1967, por A Condessa de Hong Kong; 5ª em 1972, por O Homem de La Mancha.

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5 – ANN-MARGRET, por Adeus, Amor

Posteriormente em Musas retroativas: 2ª em 1964, por Amor à Toda Velocidade; 3ª em 1971, por Ânsia de Amar.

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6 – DANIELA BIANCHI, por Moscou contra 007

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7 – AUDREY HEPBURN, por Charada

Anteriormente em Musas retroativas: 1ª em 1953, por A Princesa e o Plebeu2ª em 1954, por Sabrina; 7ª em 1956, por Guerra e Paz; 2ª em 1957, por Cinderela em Paris e por Amor na Tarde; 10ª em 1959, por Uma Cruz à Beira do Abismo e por A Flor que Não Morreu;12ª em 1960, por O Passado Não Perdoa; 1ª em 1961, por Bonequinha de Luxo e por Infâmia; Posteriormente em Musas retroativas: 9ª em 1964, por My Fair Lady e por Quando Paris Alucina; 3ª, em 1966, por Como Roubar um Milhão de Dólares; 8ª em 1967, por Um Caminho para Dois e por Um Clarão nas Trevas; 16ª em 1976, por Robin e Marian.

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8 – TIPPI HEDREN, por Os Pássaros

Posteriormente em Musas retroativas: 12ª em 1964, por Marnie – Confissões de uma Ladra.

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9 – SUSANNAH YORK, por As Aventuras de Tom Jones

Posteriormente em Musas retroativas: 7ª em 1969, por A Noite dos Desesperados; 9ª em 1978, por Superman – O Filme.

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10-Ursula Andress

10 – URSULA ANDRESS, por O Seresteiro de Acapulco

Anteriormente em Musas retroativas: 3ª em 1962, por 007 contra o Satânico Dr. No. Posteriormente em Musas retroativas: 18ª em 1965, por A Deusa da Cidade Perdida e por O que É que Há, Gatinha?; 18ª em 1966, por Crepúsculo das Águias; 12ª em 1967, por Cassino Royale; 19ª em 1979, por O Quinto Mosqueteiro.

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11 – SHIRLEY MACLAINE, por Irma la Douce

Anteriormente em Musas retroativas: 11ª em 1955, por O Terceiro Tiro e por Artistas e Modelos; 11ª em 1956, por A Volta ao Mundo em 80 Dias; 18ª em 1958, por Deus Sabe Quanto Amei, por Irresistível Forasteiro e por A Mercadora da Felicidade; 9ª em 1960, por Se Meu Apartamento Falasse e por Can Can; 12ª em 1961, por Infâmia. Posteriormente em Musas retroativas: 10ª em 1969, por Charity, Meu Amor; 19ª em 1970, por Os Abutres Têm Fome.

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12 – NANCY KOVACK, por Jasão e os Argonautas

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13 – SUZANNE PLESHETTE, por Os Pássaros

Anteriormente em Musas retroativas: 8ª em 1962, por Candelabro Italiano.

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14 – ODETE LARA, por Boca de Ouro e por Bonitinha, mas Ordinária

Posteriormente em Musas retroativas: 5ª em 1964, por Noite Vazia.

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15-Anouk Aimee-c

15 – ANOUK AIMÉE, por

Anteriormente em Musas retroativas: 19ª em 1960, por A Doce Vida; 7ª em 1961, por Lola, a Flor Proibida. Posteriormente em Musas retroativas: 10ª em 1966, por Um Homem, uma Mulher.

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16 – CAPUCINE, por A Pantera Cor-de-Rosa

Posteriormente em Musas retroativas: 19ª em 1965, por O que É que Há, Gatinha?.

***

17 – MADELEINE LEBEAU, por

***

Stella Stevens - Professor Aloprado

18 – STELLA STEVENS, por O Professor Aloprado

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19 – GUNNEL LINDBLOM, por O Silêncio

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20 – SARAH MILES, por O Criado

Posteriormente em Musas retroativas: 17ª em 1966, por Blow Up – Depois Daquele Beijo.

 


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